quinta-feira, 29 de abril de 2010

Torturadores da Ditadura Militar no Brasil ficam impunes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou pela improcedência da ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que contesta a Lei de Anistia.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153 questiona a extensão do perdão a autores de crimes comuns como torturadores que atuaram na repressão política da ditadura militar (1964-1985).

Com o voto de Gilmar Mendes , o julgamento em andamento desempata com três votos contrários à revisão da Lei de Anistia (Mendes, Eros Grau e Cármen Lúcia); e dois votos favoráveis (Carlos Ayres Brito e Ricardo Lewandowski).

Em seu voto, Gilmar Mendes ressaltou que a Lei da Anistia foi “resultado de um compromisso constitucional que tornou possível a própria Constituição de 1988” e que “a OAB foi protagonista dessa construção”.

O julgamento teve início ontem e retomou por volta de 14h desta quinta-feira. No momento, segue agora com o voto da ministra Ellen Gracie.

Redação: Marielly Campos
Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=295749
Confira a notícia no site da Rádio Gaúcha em:http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=112481&channel=232

Cotas raciais: avanços e entraves - UNISC - 13 de maio - mudança de sala

No 13 de maio, cota racial será o assunto em questão

Para marcar a passagem do 13 de Maio, data cívica brasileira aludindo à abolição da escravatura em 1888, será promovido um painel com o tema "Cotas raciais: avanços e entraves", justamente no dia 13 de maio, às 19h, na "sala dos espelhos" do Ginásio Pedagógico da UNISC (bloco 41, campus de Santa Cruz). Toda a comunidade universitária e em geral está convidada. A entrada é franca, sem necessidade de inscrições previas.
Fonte: Mateus Silva Skolaude e Iris Germano (UNISC)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eros Grau vota contra revisão da Lei de Anistia para crimes comuns


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau votou contra a ação que contesta a Lei da Anistia (lei 6.683/1979). Em seu voto, o ministro, que é relator do processo considerou improcedente a ação e afirmou que não cabe ao STF legislar sobre a matéria nem revisar textos da anistia. Para ele, a anistia está integrada pela ordem estabelecida na Constituição de 1988.

Com o voto, o relator entende que não compete ao STF revisar a Lei da Anistia para decidir se alcança ou não agentes do Estado acusados de crimes comuns como abuso de autoridade, sequestro, tortura e lesões corporais, homicídio, desaparecimento forçado, estupro praticados contra opositores ao regime político da época.

A lei anistiou “todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes”, argumentou Grau.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153 foi ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e contesta o artigo 1º da Lei da Anistia. A Ordem questiona o perdão a crimes comuns praticados por militares e policiais que atuavam no sistema de repressão política da ditadura militar (1964-1985).
Eros Grau lembrou que a Lei de Anistia foi fruto de um acordo político com a participação inclusive da OAB. “Nesses autos encontramos a OAB de hoje contra a OAB de ontem”, comentou o ministro.

Em sua avaliação, o local de revisão da lei é o Congresso Nacional. O governo federal está preparando um projeto de lei para a instalação de uma Comissão da Verdade para apurar a ocorrência de violações aos direitos humanos depois do golpe militar de 1964.

Estiveram ausentes do julgamento os ministros Joaquim Barbosa (que está de licença médica) e José Antônio Dias Toffoli, que se declarou impedido. Toffoli estava à frente da AGU quando o órgão elaborou parecer contrário à arguição da OAB, considerando improcedente e defendendo que a ação fosse arquivada sem análise de mérito, por não haver controvérsia jurídica sobre a Lei da Anistia.

Antes do parecer do ministro Eros Grau, o plenário do STF rejeitou questionamentos processuais do Congresso Nacional, da AGU e do Ministério da Defesa.

Para o ministro Marco Aurélio, no entanto, a ação deveria ser extinta por falta de interesse processual. Também antes de tratar do mérito, Eros Grau negou o pedido da OAB de realização de uma audiência pública para debater o assunto.

Quando o julgamento for retomado os votos deverão ser proferidos na seguinte ordem: ministra Cármen Lúcia, e, na sequência, os ministros Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio, Celso de Mello. O ministro Cezar Peluso, presidente do STF, vota por último.

O julgamento iniciado por volta das 14h desta quarta-feira foi interrompido e deve ser retomado amanhã.

Lei

A Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) perdoou crimes comuns como sequestro, tortura, estupro e assassinato cometidos por policiais e militares que atuavam na repressão política durante a ditadura militar (1964-1985).

A ADPF 153 (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) é movida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que defende que a lei não pode beneficiar agentes públicos acusados de crimes comuns. A PFR (Procuradoria-Geral da República) e a Advocacia Geral da União já se posicionaram contra o entendimento da OAB.

Redação: Marielly Campos

Leia mais:

Modificações seção "Eventos"

A partir de 28 de abril de 2010, a seção eventos estará no Blog Falando de História e não mais no Portal Falando de História. Esta mudança ocorreu, pois é mais fácil atualizar a página no blog do que no Portal.
Porém, ainda permanecerá um link externo no Portal Falando de História da seção "Eventos".
Confira, a nova página através do link: http://falando-historia.blogspot.com/p/eventos.html

Exibições do documentário Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre

O documentário Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre traz Walter Calixto Ferreira, o Mestre Borel falando sobre suas memórias e experiências em Porto Alegre e ao redor do Brasil, ligadas a um itinerário negro nas cidades. Discorrendo sobre os saberes e fazeres de que é detentor, das culturas de matriz africana brasileira, ele narra os conhecimentos religiosos, históricos, mitológicos e artísticos oriundos das tradições africanas que remontam ao convívio com seus antepassados.
Mestre Borel ainda nos brinda com relatos sobre os percursos boêmios na cidade de Porto Alegre, ligados ao mercado público, a uma sociabilidade masculina e ao samba.
A narrativa de Borel passa por sua formação na religião, sua formação como alabè, mas principalmente o destaca como um pesquisador e profundo conhecedor da cultura afro-brasileira, o qual tem se dedicado durante toda a sua vida.
Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre é um documentário rico e que já nasce histórico. Oriundo de uma relação de escuta e respeito entre equipe de gravação e o entrevistado, Mestre Borel brinda a todos com suas profundas reflexões sobre a grandeza da religião, sobre a espiritualidade, sobre a memória dos bairros “negros” da cidade de Porto Alegre, sobre a vida e sobre a morte.
O documentário é co-dirigido por Baba Diba de Iyemonja, Conselheiro da CEDRAB-RS - Congregação em Defesa das Religiões Afro Brasileiras-RS, Coordenador do núcleo-RS da Rede Nacional de Religião Afro Brasileira e Saúde, Diretor da Ong Africanamente Centro de Pesquisa, resgate e preservação de Tradições Afro descendentes, Babalorixa da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo.
E é realizado pela mesma equipe que produziu o documentário 'Os Caminhos Invisíveis do Negro em Porto Alegre: A Tradição do Bará do Mercado' agraciado com o Prêmio Manuel Diégues Júnior, pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) na categoria Importância do tema para área, em 2008, na 13ª Mostra do Filme Etnográfico, no Rio de Janeiro.
Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre tem financiamento da Prefeitura de Porto Alegre – Secretaria Municipal da Cultura – FUMPROARTE, produção da Ocuspocus Imagens. Apoio do Restaurante Marco Zero, da Fitasul, do Banco de Imagens e Efeitos Visuais, da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo, do Memorial do Rio Grande do Sul, do Mercado Público de Porto Alegre.
Ficha Técnica do Documentário
Roteiro e pesquisa Ana Luiza Carvalho da Rocha Direção de Fotografia e Edição Rafael Devos Som Direto e Paisagem Sonora Viviane Vedana Fotografia Olavo Ramalho Marques Assistência de edição Guilherme Deporte Assistência de produção Inara Moraes Arte Gráfica Malu Rocha Transcrições Stéphanie Bexiga Produção executiva Anelise Gutterres Co-direção Baba Diba de Iyemonja Direção Anelise Gutterres
Nesta terça-feira, houve exibição e lançamento do documentário com a presença do Mestre Borel, nos altos do Mercado Público de Porto Alegre.
O documentário será exibido também nas datas e locais abaixo:
Dia: 29 de abril, às 16h

Local: Auditório do Memorial do Rio Grande do Sul

Rua Sete de Setembro, 1020 - Praça da Alfândega - Porto Alegre

Dia: 01 de maio, às 16h

Local: Comunidade Terreiro Ilê Asé Iyemonja Omi Olodô

Rua Nunes Costa n° 1137 – Bairro São José - Porto Alegre

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Evento 13 de maio na UNISC

A Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) , realizará evento alusivo ao 13 de maio. Será realizada uma reflexão sobre as cotas raciais, denominado
"COTAS RACIAIS: avanços e entraves - Liberdade e força de expressão"
O evento se realizará no 13 de maio, ás 19hs - sala 101 - UNISC. Serão painelistas:

Iris Germano - profa. Curso de História da Unisc

Vilmar Thomé - reitor da Unisc

Clédisson Júnior - diretor da Igualdade Racial da UNE

Confira mudança de sala em: http://falando-historia.blogspot.com/2010/04/cotas-raciais-avancos-e-entraves-unisc.html

domingo, 25 de abril de 2010

Blog Falando de História: nova interface

Neste domingo, dia 25 de abril de 2010, o Blog Falando de História, recebeu uma modificação em seu layout e na distribuição de páginas, além de exclusão de Gadget´s.

sábado, 24 de abril de 2010

Curso Entre as Linhas da História: Mulheres e Feminismos- CHIST/UFRGS

Ocorrerá nos dias Dias 27 e 28 de Abril no Campus do Vale/UFRGS
Palestras, oficinas e debates Curso com entrada franca ou R$ 5,00 se solicitar certificado (16h)

PROGRAMAÇÃO COMPLETA EM ANEXO

Inscrições:
Enviar por e-mail para chist.ufrgs@gmail.com as seguintes informações:
Nome:
RG:
N° cartão UFRGS: (se não for da UFRGS deixar em branco)
Data de nascimento:

Clique aqui e veja a programação do curso


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Datas comemorativas desta semana: comemorar ou celebrar?

Esta semana em termos históricos é recheada de datas históricas. Inicia-se com o dia 19 com o Dia do Índio, passando por ontem (dia 21) com o Dia de Tiradentes e culminando hoje com a Chegada de Cabral no Brasil há 510 anos atrás.
Neste interim, pergunto se devemos comemorar ou celebrar estas datas. Pois comemoração é relacionadom a eventos de cunho positivo, ao passo que a celebração se dá no contexto de fatos ou ocorrências não muito boas.
Então, hoje dia 22 de abril, no meu singelo ponto de vista, é uma data de celebração! Vamnos celebrar a invasão lusitana e a imvasão em terras brasileiras e sua matança crimimosa aos nativos (ou indígenas) e/ ou a humilhação ao povo negro. Também celebramos o descaso com os indios atualmente. E quem sabe a falta de heróis nacionais. que forjados como Tiradentes, acabam perdendo o seu sentido no contexto histórico.

sábado, 17 de abril de 2010

Para refletir: Crônica de uma morte anunciada: a sala de aula

Estamos no ano de 2160. Neste ano não existe mais sala de aula . Antigamente dava-se esse nome a reunião forçada de 30. 40 e 50 crianças ou jovens entre quatro paredes, havendo em média um espaço de um metro e meio entre cada um. Esse fato é hoje estudado como se estuda com espanto, as antigas celas onde ficavam os padres nos mosteiros medievais.
Para entender o que era uma sala de aula, são estudados fragmentos arqueológicos relativos às práticas realizadas nesses locais. Impressiona-nos hoje a insensibilidade das pessoas da época que não percebiam ser biologicamente impossível manter a ordem nesses lugares, tendo organismos tão agitados como crianças e jovens; ser fisicamente impossível manter a serenidade em pessoas, com a capacidade de gerar e acumular tanta energia. E nos espantamos mais ainda com o fato de vários locais desse tipo terem conseguido, por métodos misteriosos e desconhecidos, manter tantas crianças e jovens parados, assentados e “atentos” por quatro ou seis horas todos os dias!
Hoje nos perguntamos: o que faziam lá?
Não se sabe ao certo o que faziam nelas. Algumas pesquisas antropológicas teimam em afirmar que eram dadas aulas: longos discursos de especialistas ouvidos passivamente pelas pessoas assentadas. Pesquisas recentes refutam essas teorias. Já foi demonstrado ser impossível a um jovem ficar mais de uma hora ouvindo alguma coisa sem, ter fortes dores no corpo ou compulsão irresistível para andar, correr ou pular. Baseados nessas pesquisas, cientistas políticos defendem a tese de que essas construções de salas eram equipamentos políticos de controle de massas de jovens, objetivando manter a situação de grupos dominantes na época.
De qualquer forma, educadores, de modo geral, concordam que essas estranhas construções podiam servir para vários fins, menos para a educação. Para um aproveitamento de 30% de um discurso, um jovem necessita participar com diálogo pelo menos 30% do tempo desse mesmo discurso. O jovem aprende quando pergunta, critica, refuta, duvida.
Num lugar fechado com mais de 40 pessoas e apenas um discursando, é impossível que esse índice de aprendizagem ocorra. Dessa forma, se o aprendizado era abaixo de 30%, esses lugares poderiam ser qualquer coisa, menos uma sala de educação.
Em outros sítios arqueológicos foram encontrados escombros desse tipo de instituição com mais de 100 salas. Admite-se que havia instituições que possuíam mais de 5 mil jovens reclusos, ao mesmo tempo, num período de cinco horas.
Fragmentos de objetos marcados por símbolos, tidos como forma de comunicação, mostram que ensinavam rudimentos de Filosofia, destacados como como especialidades, denominadas Matemática, Física, Química, entre outras. Especialistas discutem se é possível construir um discurso lógico e inteligível sobre qualquer uma dessas especialistas sem referencia a outras, como fazemos hoje nesse saber que chamamos Filosofia. Parece que no século XIX, os saberes eram isolados, possuindo identidade própria, sem uma referência mútua explicita.
Sabe-se, por exemplo, que os números, o que na época eram denominadas Matemática ou Calculo, eram estudados sem a prática da música. É provado que a música, não era admitida nesses locais com regularidade, pois em pouquíssimas instituições foi encontrado algum fragmento de instrumento musical.
De qualquer forma, o grande enigma dessas instituições continuava sendo o que ocorria nas salas. Simulações realizadas nos processadores da realidade virtual cruzaram variáveis referentes ao clima (clima médio de uma aglomeração populacional da época, em torno de 30 graus), nível de ruído, energia produzida e dissipada por 40 jovens de 17 anos, variáveis compartimentais, variáveis psicológicas e um ponto de referencia , que seria o adulto responsável pelo discurso.. O resultado visual dessa simulação uma cena em que, no período de uma hora, esse centro de referencia ( o adulto que fazia o discurso) é reconhecido por todos ao mesmo tempo, em média, durante apenas 5 minutos. Nos outros 55 minutos,em média apenas 10% das 40 pessoas reconhecem o adulto como centro de atenção. Os outros 90% dos ouvintes, em média, olham para outras coisas, menos para o adulto. Com o passar das horas o adulto fica cada vez mais esquecido, de tal modo que, na terceira hora, ninguém mais percebe com atenção a sua existência.
Enfim, a existência de um dispositivo educacional chamado de sala de aula, no século XIX, é um enigma . Da mesma forma o adulto responsável pelo discurso aos jovens, o educador, é um mistério. Muitos dizem que não existia educador na época. Pelos conflitos que a história nos informa, pela desorganização daquelas sociedades, guerras, degradação ecológica e outros fatores de degradação social, torna-se efetivamente difícil demonstrar que havia pessoas exclusivamente dedicadas à educação. Ou, hipótese levantada pelos filósofos sociais, foi exatamente graças a esses profissionais da educação que aquelas sociedades não atingiram um estágio de barbárie. Afirmam que foi graças a eles que a destruição total, que sabemos ter sido possível tecnologicamente naquela época, não ocorreu.
(Volker, 1998) Estamos no ano de 2160. Neste ano não existe mais sala de aula . Antigamente dava-se esse nome a reunião forçada de 30. 40 e 50 crianças ou jovens entre quatro paredes, havendo em média um espaço de um metro e meio entre cada um. Esse fato é hoje estudado como se estuda com espanto, as antigas celas onde ficavam os padres nos mosteiros medievais.
Para entender o que era uma sala de aula, são estudados fragmentos arqueológicos relativos às práticas realizadas nesses locais. Impressiona-nos hoje a insensibilidade das pessoas da época que não percebiam ser biologicamente impossível manter a ordem nesses lugares, tendo organismos tão agitados como crianças e jovens; ser fisicamente impossível manter a serenidade em pessoas, com a capacidade de gerar e acumular tanta energia. E nos espantamos mais ainda com o fato de vários locais desse tipo terem conseguido, por métodos misteriosos e desconhecidos, manter tantas crianças e jovens parados, assentados e “atentos” por quatro ou seis horas todos os dias!
Hoje nos perguntamos: o que faziam lá?
Não se sabe ao certo o que faziam nelas. Algumas pesquisas antropológicas teimam em afirmar que eram dadas aulas: longos discursos de especialistas ouvidos passivamente pelas pessoas assentadas. Pesquisas recentes refutam essas teorias. Já foi demonstrado ser impossível a um jovem ficar mais de uma hora ouvindo alguma coisa sem, ter fortes dores no corpo ou compulsão irresistível para andar, correr ou pular. Baseados nessas pesquisas, cientistas políticos defendem a tese de que essas construções de salas eram equipamentos políticos de controle de massas de jovens, objetivando manter a situação de grupos dominantes na época.
De qualquer forma, educadores, de modo geral, concordam que essas estranhas construções podiam servir para vários fins, menos para a educação. Para um aproveitamento de 30% de um discurso, um jovem necessita participar com diálogo pelo menos 30% do tempo desse mesmo discurso. O jovem aprende quando pergunta, critica, refuta, duvida.
Num lugar fechado com mais de 40 pessoas e apenas um discursando, é impossível que esse índice de aprendizagem ocorra. Dessa forma, se o aprendizado era abaixo de 30%, esses lugares poderiam ser qualquer coisa, menos uma sala de educação.
Em outros sítios arqueológicos foram encontrados escombros desse tipo de instituição com mais de 100 salas. Admite-se que havia instituições que possuíam mais de 5 mil jovens reclusos, ao mesmo tempo, num período de cinco horas.
Fragmentos de objetos marcados por símbolos, tidos como forma de comunicação, mostram que ensinavam rudimentos de Filosofia, destacados como como especialidades, denominadas Matemática, Física, Química, entre outras. Especialistas discutem se é possível construir um discurso lógico e inteligível sobre qualquer uma dessas especialistas sem referencia a outras, como fazemos hoje nesse saber que chamamos Filosofia. Parece que no século XIX, os saberes eram isolados, possuindo identidade própria, sem uma referência mútua explicita.
Sabe-se, por exemplo, que os números, o que na época eram denominadas Matemática ou Calculo, eram estudados sem a prática da música. É provado que a música, não era admitida nesses locais com regularidade, pois em pouquíssimas instituições foi encontrado algum fragmento de instrumento musical.
De qualquer forma, o grande enigma dessas instituições continuava sendo o que ocorria nas salas. Simulações realizadas nos processadores da realidade virtual cruzaram variáveis referentes ao clima (clima médio de uma aglomeração populacional da época, em torno de 30 graus), nível de ruído, energia produzida e dissipada por 40 jovens de 17 anos, variáveis compartimentais, variáveis psicológicas e um ponto de referencia , que seria o adulto responsável pelo discurso.. O resultado visual dessa simulação uma cena em que, no período de uma hora, esse centro de referencia ( o adulto que fazia o discurso) é reconhecido por todos ao mesmo tempo, em média, durante apenas 5 minutos. Nos outros 55 minutos,em média apenas 10% das 40 pessoas reconhecem o adulto como centro de atenção. Os outros 90% dos ouvintes, em média, olham para outras coisas, menos para o adulto. Com o passar das horas o adulto fica cada vez mais esquecido, de tal modo que, na terceira hora, ninguém mais percebe com atenção a sua existência.
Enfim, a existência de um dispositivo educacional chamado de sala de aula, no século XIX, é um enigma . Da mesma forma o adulto responsável pelo discurso aos jovens, o educador, é um mistério. Muitos dizem que não existia educador na época. Pelos conflitos que a história nos informa, pela desorganização daquelas sociedades, guerras, degradação ecológica e outros fatores de degradação social, torna-se efetivamente difícil demonstrar que havia pessoas exclusivamente dedicadas à educação. Ou, hipótese levantada pelos filósofos sociais, foi exatamente graças a esses profissionais da educação que aquelas sociedades não atingiram um estágio de barbárie. Afirmam que foi graças a eles que a destruição total, que sabemos ter sido possível tecnologicamente naquela época, não ocorreu.
(Volker, 1998) Estamos no ano de 2160. Neste ano não existe mais sala de aula . Antigamente dava-se esse nome a reunião forçada de 30. 40 e 50 crianças ou jovens entre quatro paredes, havendo em média um espaço de um metro e meio entre cada um. Esse fato é hoje estudado como se estuda com espanto, as antigas celas onde ficavam os padres nos mosteiros medievais.
Para entender o que era uma sala de aula, são estudados fragmentos arqueológicos relativos às práticas realizadas nesses locais. Impressiona-nos hoje a insensibilidade das pessoas da época que não percebiam ser biologicamente impossível manter a ordem nesses lugares, tendo organismos tão agitados como crianças e jovens; ser fisicamente impossível manter a serenidade em pessoas, com a capacidade de gerar e acumular tanta energia. E nos espantamos mais ainda com o fato de vários locais desse tipo terem conseguido, por métodos misteriosos e desconhecidos, manter tantas crianças e jovens parados, assentados e “atentos” por quatro ou seis horas todos os dias!
Hoje nos perguntamos: o que faziam lá?
Não se sabe ao certo o que faziam nelas. Algumas pesquisas antropológicas teimam em afirmar que eram dadas aulas: longos discursos de especialistas ouvidos passivamente pelas pessoas assentadas. Pesquisas recentes refutam essas teorias. Já foi demonstrado ser impossível a um jovem ficar mais de uma hora ouvindo alguma coisa sem, ter fortes dores no corpo ou compulsão irresistível para andar, correr ou pular. Baseados nessas pesquisas, cientistas políticos defendem a tese de que essas construções de salas eram equipamentos políticos de controle de massas de jovens, objetivando manter a situação de grupos dominantes na época.
De qualquer forma, educadores, de modo geral, concordam que essas estranhas construções podiam servir para vários fins, menos para a educação. Para um aproveitamento de 30% de um discurso, um jovem necessita participar com diálogo pelo menos 30% do tempo desse mesmo discurso. O jovem aprende quando pergunta, critica, refuta, duvida.
Num lugar fechado com mais de 40 pessoas e apenas um discursando, é impossível que esse índice de aprendizagem ocorra. Dessa forma, se o aprendizado era abaixo de 30%, esses lugares poderiam ser qualquer coisa, menos uma sala de educação.
Em outros sítios arqueológicos foram encontrados escombros desse tipo de instituição com mais de 100 salas. Admite-se que havia instituições que possuíam mais de 5 mil jovens reclusos, ao mesmo tempo, num período de cinco horas.
Fragmentos de objetos marcados por símbolos, tidos como forma de comunicação, mostram que ensinavam rudimentos de Filosofia, destacados como como especialidades, denominadas Matemática, Física, Química, entre outras. Especialistas discutem se é possível construir um discurso lógico e inteligível sobre qualquer uma dessas especialistas sem referencia a outras, como fazemos hoje nesse saber que chamamos Filosofia. Parece que no século XIX, os saberes eram isolados, possuindo identidade própria, sem uma referência mútua explicita.
Sabe-se, por exemplo, que os números, o que na época eram denominadas Matemática ou Calculo, eram estudados sem a prática da música. É provado que a música, não era admitida nesses locais com regularidade, pois em pouquíssimas instituições foi encontrado algum fragmento de instrumento musical.
De qualquer forma, o grande enigma dessas instituições continuava sendo o que ocorria nas salas. Simulações realizadas nos processadores da realidade virtual cruzaram variáveis referentes ao clima (clima médio de uma aglomeração populacional da época, em torno de 30 graus), nível de ruído, energia produzida e dissipada por 40 jovens de 17 anos, variáveis compartimentais, variáveis psicológicas e um ponto de referencia , que seria o adulto responsável pelo discurso.. O resultado visual dessa simulação uma cena em que, no período de uma hora, esse centro de referencia ( o adulto que fazia o discurso) é reconhecido por todos ao mesmo tempo, em média, durante apenas 5 minutos. Nos outros 55 minutos,em média apenas 10% das 40 pessoas reconhecem o adulto como centro de atenção. Os outros 90% dos ouvintes, em média, olham para outras coisas, menos para o adulto. Com o passar das horas o adulto fica cada vez mais esquecido, de tal modo que, na terceira hora, ninguém mais percebe com atenção a sua existência.
Enfim, a existência de um dispositivo educacional chamado de sala de aula, no século XIX, é um enigma . Da mesma forma o adulto responsável pelo discurso aos jovens, o educador, é um mistério. Muitos dizem que não existia educador na época. Pelos conflitos que a história nos informa, pela desorganização daquelas sociedades, guerras, degradação ecológica e outros fatores de degradação social, torna-se efetivamente difícil demonstrar que havia pessoas exclusivamente dedicadas à educação. Ou, hipótese levantada pelos filósofos sociais, foi exatamente graças a esses profissionais da educação que aquelas sociedades não atingiram um estágio de barbárie. Afirmam que foi graças a eles que a destruição total, que sabemos ter sido possível tecnologicamente naquela época, não ocorreu.
(Volker, 1998) Estamos no ano de 2160. Neste ano não existe mais sala de aula . Antigamente dava-se esse nome a reunião forçada de 30. 40 e 50 crianças ou jovens entre quatro paredes, havendo em média um espaço de um metro e meio entre cada um. Esse fato é hoje estudado como se estuda com espanto, as antigas celas onde ficavam os padres nos mosteiros medievais.
Para entender o que era uma sala de aula, são estudados fragmentos arqueológicos relativos às práticas realizadas nesses locais. Impressiona-nos hoje a insensibilidade das pessoas da época que não percebiam ser biologicamente impossível manter a ordem nesses lugares, tendo organismos tão agitados como crianças e jovens; ser fisicamente impossível manter a serenidade em pessoas, com a capacidade de gerar e acumular tanta energia. E nos espantamos mais ainda com o fato de vários locais desse tipo terem conseguido, por métodos misteriosos e desconhecidos, manter tantas crianças e jovens parados, assentados e “atentos” por quatro ou seis horas todos os dias!
Hoje nos perguntamos: o que faziam lá?
Não se sabe ao certo o que faziam nelas. Algumas pesquisas antropológicas teimam em afirmar que eram dadas aulas: longos discursos de especialistas ouvidos passivamente pelas pessoas assentadas. Pesquisas recentes refutam essas teorias. Já foi demonstrado ser impossível a um jovem ficar mais de uma hora ouvindo alguma coisa sem, ter fortes dores no corpo ou compulsão irresistível para andar, correr ou pular. Baseados nessas pesquisas, cientistas políticos defendem a tese de que essas construções de salas eram equipamentos políticos de controle de massas de jovens, objetivando manter a situação de grupos dominantes na época.
De qualquer forma, educadores, de modo geral, concordam que essas estranhas construções podiam servir para vários fins, menos para a educação. Para um aproveitamento de 30% de um discurso, um jovem necessita participar com diálogo pelo menos 30% do tempo desse mesmo discurso. O jovem aprende quando pergunta, critica, refuta, duvida.
Num lugar fechado com mais de 40 pessoas e apenas um discursando, é impossível que esse índice de aprendizagem ocorra. Dessa forma, se o aprendizado era abaixo de 30%, esses lugares poderiam ser qualquer coisa, menos uma sala de educação.
Em outros sítios arqueológicos foram encontrados escombros desse tipo de instituição com mais de 100 salas. Admite-se que havia instituições que possuíam mais de 5 mil jovens reclusos, ao mesmo tempo, num período de cinco horas.
Fragmentos de objetos marcados por símbolos, tidos como forma de comunicação, mostram que ensinavam rudimentos de Filosofia, destacados como como especialidades, denominadas Matemática, Física, Química, entre outras. Especialistas discutem se é possível construir um discurso lógico e inteligível sobre qualquer uma dessas especialistas sem referencia a outras, como fazemos hoje nesse saber que chamamos Filosofia. Parece que no século XIX, os saberes eram isolados, possuindo identidade própria, sem uma referência mútua explicita.
Sabe-se, por exemplo, que os números, o que na época eram denominadas Matemática ou Calculo, eram estudados sem a prática da música. É provado que a música, não era admitida nesses locais com regularidade, pois em pouquíssimas instituições foi encontrado algum fragmento de instrumento musical.
De qualquer forma, o grande enigma dessas instituições continuava sendo o que ocorria nas salas. Simulações realizadas nos processadores da realidade virtual cruzaram variáveis referentes ao clima (clima médio de uma aglomeração populacional da época, em torno de 30 graus), nível de ruído, energia produzida e dissipada por 40 jovens de 17 anos, variáveis compartimentais, variáveis psicológicas e um ponto de referencia , que seria o adulto responsável pelo discurso.. O resultado visual dessa simulação uma cena em que, no período de uma hora, esse centro de referencia ( o adulto que fazia o discurso) é reconhecido por todos ao mesmo tempo, em média, durante apenas 5 minutos. Nos outros 55 minutos,em média apenas 10% das 40 pessoas reconhecem o adulto como centro de atenção. Os outros 90% dos ouvintes, em média, olham para outras coisas, menos para o adulto. Com o passar das horas o adulto fica cada vez mais esquecido, de tal modo que, na terceira hora, ninguém mais percebe com atenção a sua existência.
Enfim, a existência de um dispositivo educacional chamado de sala de aula, no século XIX, é um enigma . Da mesma forma o adulto responsável pelo discurso aos jovens, o educador, é um mistério. Muitos dizem que não existia educador na época. Pelos conflitos que a história nos informa, pela desorganização daquelas sociedades, guerras, degradação ecológica e outros fatores de degradação social, torna-se efetivamente difícil demonstrar que havia pessoas exclusivamente dedicadas à educação. Ou, hipótese levantada pelos filósofos sociais, foi exatamente graças a esses profissionais da educação que aquelas sociedades não atingiram um estágio de barbárie. Afirmam que foi graças a eles que a destruição total, que sabemos ter sido possível tecnologicamente naquela época, não ocorreu.
(Volker, 1998) Estamos no ano de 2160. Neste ano não existe mais sala de aula . Antigamente dava-se esse nome a reunião forçada de 30. 40 e 50 crianças ou jovens entre quatro paredes, havendo em média um espaço de um metro e meio entre cada um. Esse fato é hoje estudado como se estuda com espanto, as antigas celas onde ficavam os padres nos mosteiros medievais.
Para entender o que era uma sala de aula, são estudados fragmentos arqueológicos relativos às práticas realizadas nesses locais. Impressiona-nos hoje a insensibilidade das pessoas da época que não percebiam ser biologicamente impossível manter a ordem nesses lugares, tendo organismos tão agitados como crianças e jovens; ser fisicamente impossível manter a serenidade em pessoas, com a capacidade de gerar e acumular tanta energia. E nos espantamos mais ainda com o fato de vários locais desse tipo terem conseguido, por métodos misteriosos e desconhecidos, manter tantas crianças e jovens parados, assentados e “atentos” por quatro ou seis horas todos os dias!
Hoje nos perguntamos: o que faziam lá?
Não se sabe ao certo o que faziam nelas. Algumas pesquisas antropológicas teimam em afirmar que eram dadas aulas: longos discursos de especialistas ouvidos passivamente pelas pessoas assentadas. Pesquisas recentes refutam essas teorias. Já foi demonstrado ser impossível a um jovem ficar mais de uma hora ouvindo alguma coisa sem, ter fortes dores no corpo ou compulsão irresistível para andar, correr ou pular. Baseados nessas pesquisas, cientistas políticos defendem a tese de que essas construções de salas eram equipamentos políticos de controle de massas de jovens, objetivando manter a situação de grupos dominantes na época.
De qualquer forma, educadores, de modo geral, concordam que essas estranhas construções podiam servir para vários fins, menos para a educação. Para um aproveitamento de 30% de um discurso, um jovem necessita participar com diálogo pelo menos 30% do tempo desse mesmo discurso. O jovem aprende quando pergunta, critica, refuta, duvida.
Num lugar fechado com mais de 40 pessoas e apenas um discursando, é impossível que esse índice de aprendizagem ocorra. Dessa forma, se o aprendizado era abaixo de 30%, esses lugares poderiam ser qualquer coisa, menos uma sala de educação.
Em outros sítios arqueológicos foram encontrados escombros desse tipo de instituição com mais de 100 salas. Admite-se que havia instituições que possuíam mais de 5 mil jovens reclusos, ao mesmo tempo, num período de cinco horas.
Fragmentos de objetos marcados por símbolos, tidos como forma de comunicação, mostram que ensinavam rudimentos de Filosofia, destacados como como especialidades, denominadas Matemática, Física, Química, entre outras. Especialistas discutem se é possível construir um discurso lógico e inteligível sobre qualquer uma dessas especialistas sem referencia a outras, como fazemos hoje nesse saber que chamamos Filosofia. Parece que no século XIX, os saberes eram isolados, possuindo identidade própria, sem uma referência mútua explicita.
Sabe-se, por exemplo, que os números, o que na época eram denominadas Matemática ou Calculo, eram estudados sem a prática da música. É provado que a música, não era admitida nesses locais com regularidade, pois em pouquíssimas instituições foi encontrado algum fragmento de instrumento musical.
De qualquer forma, o grande enigma dessas instituições continuava sendo o que ocorria nas salas. Simulações realizadas nos processadores da realidade virtual cruzaram variáveis referentes ao clima (clima médio de uma aglomeração populacional da época, em torno de 30 graus), nível de ruído, energia produzida e dissipada por 40 jovens de 17 anos, variáveis compartimentais, variáveis psicológicas e um ponto de referencia , que seria o adulto responsável pelo discurso.. O resultado visual dessa simulação uma cena em que, no período de uma hora, esse centro de referencia ( o adulto que fazia o discurso) é reconhecido por todos ao mesmo tempo, em média, durante apenas 5 minutos. Nos outros 55 minutos,em média apenas 10% das 40 pessoas reconhecem o adulto como centro de atenção. Os outros 90% dos ouvintes, em média, olham para outras coisas, menos para o adulto. Com o passar das horas o adulto fica cada vez mais esquecido, de tal modo que, na terceira hora, ninguém mais percebe com atenção a sua existência.
Enfim, a existência de um dispositivo educacional chamado de sala de aula, no século XIX, é um enigma . Da mesma forma o adulto responsável pelo discurso aos jovens, o educador, é um mistério. Muitos dizem que não existia educador na época. Pelos conflitos que a história nos informa, pela desorganização daquelas sociedades, guerras, degradação ecológica e outros fatores de degradação social, torna-se efetivamente difícil demonstrar que havia pessoas exclusivamente dedicadas à educação. Ou, hipótese levantada pelos filósofos sociais, foi exatamente graças a esses profissionais da educação que aquelas sociedades não atingiram um estágio de barbárie. Afirmam que foi graças a eles que a destruição total, que sabemos ter sido possível tecnologicamente naquela época, não ocorreu.
(Volker, 1998)
Texto extraído de: http://www.falandodehistoria.com.br/index_arquivos/para_refletir_cronica_de_uma_morte_anunciada_a_sala_de_aula.htm

O negro no Rio Grande do Sul

Divulgo este artigo produzido pela minha ex-professora Iris Germano, a quem agradeço publicamente pelo apoio nesta empreitada de manter e criar este blog!!! Vale a pena conferir!
Acesse o artigo no link: www.pucrs.br/edipucrs/ahrs/rsnegro.pdf

Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre - convite

O documentário Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre traz Walter Calixto Ferreira, o Mestre Borel falando sobre suas memórias e experiências em Porto Alegre e ao redor do Brasil, ligadas a um itinerário negro nas cidades. Discorrendo sobre os saberes e fazeres de que é detentor, das culturas de matriz africana brasileira, ele narra os conhecimentos religiosos, históricos, mitológicos e artísticos oriundos das tradições africanas que remontam ao convívio com seus antepassados.
Mestre Borel ainda nos brinda com relatos sobre os percursos boêmios na cidade de Porto Alegre, ligados ao mercado público, a uma sociabilidade masculina e ao samba.
A narrativa de Borel passa por sua formação na religião, sua formação como alabè, mas principalmente o destaca como um pesquisador e profundo conhecedor da cultura afro-brasileira, o qual tem se dedicado durante toda a sua vida.
Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre é um documentário rico e que já nasce histórico. Oriundo de uma relação de escuta e respeito entre equipe de gravação e o entrevistado, Mestre Borel brinda a todos com suas profundas reflexões sobre a grandeza da religião, sobre a espiritualidade, sobre a memória dos bairros “negros” da cidade de Porto Alegre, sobre a vida e sobre a morte.
O documentário é co-dirigido por Baba Diba de Iyemonja, Conselheiro da CEDRAB-RS - Congregação em Defesa das Religiões Afro Brasileiras-RS, Coordenador do núcleo-RS da Rede Nacional de Religião Afro Brasileira e Saúde, Diretor da Ong Africanamente Centro de Pesquisa, resgate e preservação de Tradições Afro descendentes, Babalorixa da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo.
E é realizado pela mesma equipe que produziu o documentário 'Os Caminhos Invisíveis do Negro em Porto Alegre: A Tradição do Bará do Mercado' agraciado com o Prêmio Manuel Diégues Júnior, pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) na categoria Importância do tema para área, em 2008, na 13ª Mostra do Filme Etnográfico, no Rio de Janeiro.
Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre tem financiamento da Prefeitura de Porto Alegre – Secretaria Municipal da Cultura – FUMPROARTE, produção da Ocuspocus Imagens. Apoio do Restaurante Marco Zero, da Fitasul, do Banco de Imagens e Efeitos Visuais, da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo, do Memorial do Rio Grande do Sul, do Mercado Público de Porto Alegre.
Ficha Técnica do Documentário
Roteiro e pesquisa Ana Luiza Carvalho da Rocha Direção de Fotografia e Edição Rafael Devos Som Direto e Paisagem Sonora Viviane Vedana Fotografia Olavo Ramalho Marques Assistência de edição Guilherme Deporte Assistência de produção Inara Moraes Arte Gráfica Malu Rocha Transcrições Stéphanie Bexiga Produção executiva Anelise Gutterres Co-direção Baba Diba de Iyemonja Direção Anelise Gutterres
Local: Altos do Mercado Público de Porto Alegre
Exibição especial de lançamento – com a presença do Mestre Borel

No dia 27 de abril, terça-feira, às 17h ocorrerá nos Altos do Mercado Público de Porto Alegre Exibição especial de lançamento – com a presença do Mestre Borel.
Confira, também outros dias de exibição do documentário

Dia: 29 de abril, às 16h

Local: Auditório do Memorial do Rio Grande do Sul

Rua Sete de Setembro, 1020 - Praça da Alfândega - Porto Alegre


Dia: 01 de maio, às 16h

Local: Comunidade Terreiro Ilê Asé Iyemonja Omi Olodô

Rua Nunes Costa n° 1137 – Bairro São José - Porto Alegre

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Saiba em quem não votar!!!!




Você pode classificar por nome, cargo, partido e acusação. Nós enquanto professores e historiadores, temos que divulgar este tipo de fato! Se quisermos um país melhor, temos que não votar em sujeitos como os que estão nesta lista!!!

NOME
CARGO
PARTIDO
ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE

1
ABELARDO LUPION
Deputado
PFL-PR
Sonegação Fiscal

2
ADEMIR PRATES
Deputado
PDT-MG
Falsidade Ideológica

3
AELTON FREITAS
Senador
PL-MG
Crime de Responsabilidade e Estelionato

4
AIRTON ROVEDA
Deputado
PPS-PR
Peculato

5
ALBÉRICO FILHO
Deputado
PMDB-MA
Apropriação Indébita

6
ALCESTE ALMEIDA
Deputado
PTB-RR
Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

7
ALEX CANZIANI
Deputado
PTB-PR
Peculato

8
ALMEIDA DE JESUS
Deputado
PL-CE
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

9
ALMIR MOURA
Deputado
PFL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

10
AMAURI GASQUES
Deputado
PL-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

11
ANDRÉ ZACHAROW
Deputado
PMDB-PR
Improbidade Administrativa

12
ANÍBAL GOMES
Deputado
PMDB-CE
Improbidade Administrativa

13
ANTERO PAES DE BARROS
Senador
PSDB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha

14
ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO
Deputado
PSDB-SP
Crime de Responsabilidade

15
ANTÔNIO JOAQUIM
Deputado
PSDB-MA
Improbidade Administrativa

16
BENEDITO DE LIRA
Deputado
PP-AL
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

17
BENEDITO DIAS
Deputado
PP-AP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

18
BENJAMIN MARANHÃO
Deputado
PMDB-PB
Crime Eleitoral

19
BISPO WANDERVAL
Deputado
PL-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

20
CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS)
Deputado
PMDB-MG
Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

21
CARLOS ALBERTO LERÉIA
Deputado
PSDB-GO
Lesão Corporal

22
CELSO RUSSOMANNO
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral, Peculato e Agressão

23
CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT)
Deputado
PL-PR
Crime Eleitoral

24
CIRO NOGUEIRA
Deputado
PP-PI
Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação

25
CLEONÂNCIO FONSECA
Deputado
PP-SE
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

26
CLÓVIS FECURY
Deputado
PFL-MA
Crime Contra a Ordem Tributária

27
CORIALANO SALES
Deputado
PFL-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

28
DARCÍSIO PERONDI
Deputado
PMDB-RS
Improbidade Administrativa

29
DAVI ALCOLUMBRE
Deputado
PFL-AP
Corrupção Ativa

30
DILCEU SPERAFICO
Deputado
PP-PR
Apropriação Indébita

31
DOUTOR HELENO
Deputado
PSC-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

32
EDSON ANDRINO
Deputado
PMDB-SC
Crime de Responsabilidade

33
EDUARDO AZEREDO
Senador
PSDB-MG
Improbidade Administrativa

34
EDUARDO GOMES
Deputado
PSDB-TO
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

35
EDUARDO SEABRA
Deputado
PTB-AP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

36
ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO
Deputado
PRONA-SP
Falsidade Ideológica

37
EDIR DE OLIVEIRA
Deputado
PTB-RS
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

38
EDNA MACEDO
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

39
ELAINE COSTA
Deputada
PTB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

40
ELISEU PADILHA
Deputado
PMDB-RS
Corrupção Passiva

41
ENIVALDO RIBEIRO
Deputado
PP-PB
Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

42
ÉRICO RIBEIRO
Deputado
PP-RS
Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita

43
FERNANDO ESTIMA
Deputado
PPS-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

44
FERNANDO GONÇALVES
Deputado
PTB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

45
GARIBALDI ALVES
Senador
PMDB-RN
Crime Eleitoral

46
GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO)
Deputado
PL-PR
Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro

47
GONZAGA PATRIOTA
Deputado
PSDB-PE
Apropriação Indébita

48
GUILHERME MENEZES
Deputado
PT-BA
Improbidade Administrativa

49
INALDO LEITÃO
Deputado
PL-PB
Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda

50
INOCÊNCIO DE OLIVEIRA
Deputado
PMDB-PE
Crime de Escravidão

51
IRAPUAN TEIXEIRA
Deputado
PP-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

52
IRIS SIMÕES
Deputado
PTB-PR
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

53
ITAMAR SERPA
Deputado
PSDB-RJ
Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

54
ISAÍAS SILVESTRE
Deputado
PSB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

55
JACKSON BARRETO
Deputado
PTB-SE
Peculato e Improbidade Administrativa

56
JADER BARBALHO
Deputado
PMDB-PA
Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro

57
JAIME MARTINS
Deputado
PL-MG
Crime Eleitoral

58
JEFERSON CAMPOS
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

59
JOÃO BATISTA
Deputado
PP-SP
Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

60
JOÃO CALDAS
Deputado
PL-AL
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

61
JOÃO CORREIA
Deputado
PMDB-AC
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

62
JOÃO HERRMANN NETO
Deputado
PDT-SP
Apropriação Indébita

63
JOÃO MAGNO
Deputado
PT-MG
Lavagem de Dinheiro

64
JOÃO MENDES DE JESUS
Deputado
PSB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

65
JOÃO PAULO CUNHA
Deputado
PT-SP
Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato

66
JOÃO RIBEIRO
Senador
PL-TO
Peculato e Crime de Escravidão

67
JORGE PINHEIRO
Deputado
PL-DF
Crime Ambiental

68
JOSÉ DIVINO
Deputado
PRB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

69
JOSÉ JANENE
Deputado
PP-PR
Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral

70
JOSÉ LINHARES
Deputado
PP-CE
Improbidade Administrativa

71
JOSÉ MENTOR
Deputado
PT-SP
Corrupção Passiva

72
JOSÉ MILITÃO
Deputado
PTB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

73
JOSÉ PRIANTE
Deputado
PMDB-PA
Crime Contra o Sistema Financeiro

74
JOVAIR ARANTES
Deputado
PTB-GO
Improbidade Administrativa

75
JOVINO CÂNDIDO
Deputado
PV-SP
Improbidade Administrativa

76
JÚLIO CÉSAR
Deputado
PFL-PI
Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica

77
JÚLIO LOPES
Deputado
PP-RJ
Falsidade Ideológica

78
JÚNIOR BETÃO
Deputado
PL-AC
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

79
JUVÊNCIO DA FONSECA
Deputado
PSDB-MS
Improbidade Administrativa

80
LAURA CARNEIRO
Deputada
PFL-RJ
Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

81
LEONEL PAVAN
Senador
PSDB-SC
Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão

82
LIDEU ARAÚJO
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral

83
LINO ROSSI
Deputado
PP-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

84
LÚCIA VÂNIA
Senadora
PSDB-GO
Peculato

85
LUIZ ANTÔNIO FLEURY
Deputado
PTB-SP
Improbidade Administrativa

86
LUPÉRCIO RAMOS
Deputado
PMDB-AM
Crime de Aborto

87
MÃO SANTA
Senador
PMDB-PI
Improbidade Administrativa

88
MARCELINO FRAGA
Deputado
PMDB-ES
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

89
MARCELO CRIVELA
Senador
PRB-RJ
Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica

90
MARCELO TEIXEIRA
Deputado
PSDB-CE
Sonegação Fiscal

91
MÁRCIO REINALDO MOREIRA
Deputado
PP-MG
Crime Ambiental

92
MARCOS ABRAMO
Deputado
PP-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

93
MÁRIO NEGROMONTE
Deputado
PP-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

94
MAURÍCIO RABELO
Deputado
PL-TO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

95
NÉLIO DIAS
Deputado
PP-RN
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

96
NELSON BORNIER
Deputado
PMDB-RJ
Improbidade Administrativa

97
NEUTON LIMA
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

98
NEY SUASSUNA
Senador
PMDB-PB
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

99
NILTON CAPIXABA
Deputado
PTB-RO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

100
OSMÂNIO PEREIRA
Deputado
PTB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

101
OSVALDO REIS
Deputado
PMDB-TO
Apropriação Indébita

102
PASTOR AMARILDO
Deputado
PSC-TO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

103
PAULO AFONSO
Deputado
PMDB-SC
Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa

104
PAULO BALTAZAR
Deputado
PSB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

105
PAULO FEIJÓ
Deputado
PSDB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

106
PAULO JOSÉ GOUVEIA
Deputado
PL-RS
Porte Ilegal de Arma

107
PAULO LIMA
Deputado
PMDB-SP
Extorsão e Sonegação Fiscal

108
PAULO MAGALHÃES
Deputado
PFL-BA
Lesão Corporal

109
PEDRO HENRY
Deputado
PP-MT
Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

110
PROFESSOR IRAPUAN
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral

111
PROFESSOR LUIZINHO
Deputado
PT-SP
Lavagem de Dinheiro

112
RAIMUNDO SANTOS
Deputado
PL-PA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

113
REGINALDO GERMANO
Deputado
PP-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

114
REINALDO BETÃO
Deputado
PL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

115
REINALDO GRIPP
Deputado
PL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

116
REMI TRINTA
Deputado
PL-MA
Estelionato e Crime Ambiental

117
RIBAMAR ALVES
Deputado
PSB-MA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

118
RICARDO BARROS
Deputado
PP-PR
Sonegação Fiscal

119
RICARTE DE FREITAS
Deputado
PTB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

120
RODOLFO TOURINHO
Senador
PFL-BA
Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira

121
ROMERO JUCÁ
Senador
PMDB-RR
Improbidade Administrativa

122
ROMEU QUEIROZ
Deputado
PTB-MG
Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro

123
RONALDO DIMAS
Deputado
PSDB-TO
Crime Eleitoral

124
SANDRO MABEL
Deputado
PL-GO
Crime Contra a Ordem Tributária

125
SUELY CAMPOS
Deputada
PP-RR
Crime Eleitoral

126
TATICO (JOSÉ FUSCALDI CESÍLIO)
Deputado
PTB-DF
Crime Contra a Ordem Tributária, Declaração Falsa de Imposto de Renda e Sonegação Fiscal

127
TETÉ BEZERRA
Deputado
PMDB-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

128
THELMA DE OLIVEIRA
Deputada
PSDB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha

129
VADÃO GOMES
Deputado
PP-SP
Improbidade Administrativa e Crime Contra a Ordem Tributária

130
VALDIR RAUPP
Senador
PMDB-RO
Peculato, Uso de Documento Falso, Crime Contra o Sistema Financeiro, Crime Eleitoral e Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira

131
VALMIR AMARAL
Senador
PTB-DF
Apropriação Indébita

132
VANDERLEI ASSIS
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

133
VIEIRA REIS
Deputado
PRB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

134
VITTORIO MEDIOLI
Deputado
PV-MG
Sonegação Fiscal

135
WANDERVAL SANTOS
Deputada
PL-SP
Corrupção Passiva

136
WELLINGTON FAGUNDES
Deputada
PL-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

137
ZÉ GERARDO
Deputado
PMDB-CE
Crime de Responsabilidade

138
ZELINDA NOVAES
Deputada
PFL-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

139
Ângela Guadagnin
Deputada
PT-SP
Dançarina do Plenário da Câmara, comemorando absolvição de corrupto

140
Antônio Palocci
Ex-Ministro
PT-SP
Quebra de Sigilo Bancário

141
Carlos Rodrigues
Ex-Deputado
PL-RJ
Bispo Rodrigues

142
Delúbio Soares
Tesoureiro
PT-GO
Ex Tesoureiro do PT

143
José Dirceu
Ex-Deputado
PT-SP
Coordenador do Mensalão

144
José Genoíno
Ex-Deputado
PT-SP
Mensalão, Dólares na Cueca

145
José Nobre Guimarães
DeputadoEst.
PT-CE
Dólares na Cueca (Agora Candidato a Dep. Federal)

146
Josias Gomes
Deputado
PT-BA
Mensalão, CPI dos Correios

147
Luiz Gushiken
Ex-Ministro
PT-SP
CPI dos Correios

148
Paulo Salim Maluf
Ex
PPB-SP
Corrupção, Falcatruas, Improbidade Administrativa, Desvio de Dinheiro Público, Lavagem de dinheiro

149
Paulo Pimenta
Deputado
PT-RS
Compra de Votos, Mensalão, CPI Correios

150
Pedro Corrêa
Ex-Deputado
PP-PE
Cassado em associação ao Escândalo do Mensalão, Compra de Votos

151
Roberto Brant
Deputado
PFL-MG
Crime Eleitoral, Mensalão, CPI Correios

152
Roberto Jefferson
Ex-Deputado
PTB-RJ
Mensalão

153
Severino Cavalcanti
Ex-Deputado
PP-PE
Escândalo do Mensalinho (Renuncio para evitar a cassação)

154
Silvio Pereira
SecretárioPT
PT
Mensalão

155
Valdemar Costa Neto
Exc-Deputado
PL-SP
Mensalão (renunciou para evitar a cassação)
A lista acima, foi extraída de: http://www.portalcaldeiraopolitico.net/colunistas.php?mostrar=noticiacompleta&id=7758ce93fa

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sancionado reajuste de 6% para o magistério do RS

A governadora Yeda Crusius sancionou nesta quarta-feira, 7, lei que reajusta em 6% o vencimento básico do magistério estadual e do quadro dos servidores de escola. Yeda ressaltou que tanto professores como funcionários da rede pública merecem o reconhecimento do Governo do Estado e de toda a sociedade pala relevância do trabalho prestado.

- O magistério tem uma importância social muito grande, o que faz com que lutemos por uma escola pública com cada vez mais qualidade. Valorizar a categoria, através de melhores condições de trabalho e de salários mais dignos, é uma obrigação de todo o gestor público. Estamos lutando para conseguir isso, sem que comprometa o equilíbrio financeiro que conseguimos obter no Estado, numa demonstração clara de respeito a toda a sociedade, assinalou a governadora.

O secretário estadual da Educação, Ervino Deon, reiterou o compromisso do Governo do Estado em oferecer melhores condições salariais ao magistério. O secretário ressaltou que nos últimos três anos os professores receberam reajuste salarial de 26%, referente ao cumprimento da Lei Britto e ao pagamento de percentual deixado pelo governo anterior.

Serão 4% de reajuste, em setembro, e 2%, em dezembro deste ano. O vencimento básico correspondente à Classe A / Nível 1, do Plano de Carreira do Magistério Público do Estado, instituído pela lei 6.672/74; e o Quadro Único do Magistério Público do Estado, em extinção, ficam reajustados, cumulativamente, pelos índices e prazos especificados na lei.

O vencimento básico dos cargos de provimento efetivo do Quadro dos Servidores de Escola, de que trata a lei 11.407/00, ficam, assim, reajustados nas mesmas datas e índices previstos no artigo 1, desta lei. As disposições desta lei aplicam-se, no que couber, aos extranumerários, inativos e pensionistas.
Fonte: Secretatia da Educação do RS
Extraído de: http://www.seduc.rs.gov.br/pse/html/noticias_det.jsp?ID=5562

Conversas sobre Idade Média

O GT Estudos Medievais da ANPHU-RS, realizará o evento Conversas sobre Idadade Média, que contará com a medievalista Cybele Crossetti de Almeida que analisará imagens de Joana d´Darc. Também ocorrerá o lançamento do V Seminário de Estudos Medievais que ocorrerá em julho.
O evento se realizará no dia 14/04/2010 ás 19h na Livraria Palavraria na Vasco da Gama, 165 - Porto Alegre.

sábado, 10 de abril de 2010

FestiPoa Literária - 2010



De 20 a 25 de abril acontece em Porto Alegre a terceira edição da FestiPoa Literária – a festa da literatura da Capital gaúcha. Serão seis dias de intensa festividade literária, em que mais de 50 escritores, poetas e artistas gaúchos e nacionais participam de painéis, debates, saraus, oficinas, exposições, espetáculos, lançamentos de livros, sessões de autógrafos e shows.

A programação é gratuita e acontece nas livrarias Palavraria (Av. Vasco da Gama, 165) e Letras & Cia (Av. Osvaldo Aranha, 444), Espaço Cultural Casa dos Bancários e CineBancários, (Rua Gen. Câmara, 424), Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (Rua Riachuelo, 1257), Sala Álvaro Moreira (Av. Érico Veríssimo, 307), Zelig Bar (Rua Sarmento Leite, 1086), Pé Palito Bar (Rua João Alfredo, 577) e OX/Ocidente (Av. Osvaldo Aranha, 960).

Neste ano, o evento presta uma homenagem ao ficcionista e tradutor alegretense Sergio Faraco, que participará de atividade de abertura da FestiPoa, falando sobre conto e tradução. Também é destaque a presença do coletivo Dulcinéia Catadora, que fará três lançamentos: coletâneas de crônicas de Fabrício Carpinejar e de contos de Altair Martins e Monique Revillion.

A coordenadora do coletivo, a artista plástica Lúcia Rosa, virá pela primeira vez a Porto Alegre para promover esses três primeiros títulos de autores gaúchos lançados pela Dulcinéia. Haverá, ainda, no dia 13 de abril, antecipando o evento, o lançamento da coletânea “O melhor da festa, vol. 2”, que reúne contos, crônicas, poemas e tiras de quadrinhos de trinta escritores que participaram da edição 2009 da FestiPoa.

No Cinebancários, no dia 21 de abril, acontecerá a estreia em Porto Alegre do filme “Só dez por cento é mentira” – desbiografia oficial do poeta Manoel de Barros. No dia seguinte, dia 22, também no Cinebancários, haverá uma homenagem ao poeta Ferreira Gullar, que completa 80 anos em 2010, com a exibição dos filmes “O canto e a fúria”, “Necessidade da Arte”, de Zelito Viana, e “Por acaso Gullar”, de Rodrigo Bittencourt e Maria Rezende.

Nos dias 22 e 23, a sala Álvaro Moreira será palco das leituras de “Diálogos espectrais”, espetáculo de Ivo Bender, e de poemas da poeta Ana Mariano, pela atriz Sofia Salvatori.

Entre os participantes desta edição já estão confirmadas as presenças de Alexandre Rodrigues, Altair Martins, Amilcar Bettega, Ana Mariano, Antonio Xerxenesky, Cardoso, Cíntia Moscovich, Clô Barcelos, Edgar Vasques, Fabriano Rocha, Ivo Bender, Jorge Furtado, Laís Chaffe, Lima Trindade, Luís Dill, Luis Paulo Faccioli, Luis Serguilha, Luis Turiba, Lúcia Rosa, Marcelino Freire, Marcelo Spalding, Marco Cena, Monique Revillion, Nanni Rios, Nei Lopes, Pena Cabreira, Ronald Augusto, Xico Sá e Wladimir Cazé.

A programação completa do evento será divulgada no início de abril.

A FestiPoa Literária é idealizada e coordenada por Fernando Ramos, editor do jornal Vaia (www.jornalvaia.com.br), que produz o evento em parceria com as livrarias Letras & Cia e Palavraria.
Mais informações em www.festipoaliteraria.com

Revista Identidade

As Faculdades EST, possui a Revista Identidade, um periódico on-line com exelentes artigos. Vale a pena conferir os textos contidos nas suas edições. Fica aí uma dica de leitura.
Para acessar a Revista, cole o endereço abaixo:
http://www.est.edu.br/index.php?option=com_revista&task=identidade&Itemid=220&n1=215&n2=220&nParent=52&

Curso de História ULBRA/Gravataí promove curso de extensão

O curso de História da ULBRA campus Gravataí promove curso de extensão entre os dia 12 e 17 de março, com a temática "PATRIMÔNIO E MEMÓRIA: MUSEU E ARQUIVO". Entre 12 a 16 de março, os encontros serão realizados das 14 ás 17h, na sede do campus Gravataí: av.Itacolomi, 3600 - Bairro São Vicente.

Confira o cronograma do evento:

Dia: 12/04 (segunda-feira) - Introdução a Museologia
Juliane Maria Puhl Gomes*

Dia: 13/04 (terça-feira) - Abordagens teóricas sobre patrimônio e memória;
Alexandre Pena Matos**

Dia: 14/04 (quarta-feira) - A função social dos museus; Questões de ensino e museologia no currículo de História.
Alexandre Pena Matos

Dia: 15/04 (quinta-feira) - Arquivos: pesquisa histórica, métodos de pesquisa.

Viviana Benetti***

Dia: 16/04 (sexta-feira) - História Oral e patrimônio.
Juliane Maria Puhl Gomes

O curso contará no seu encerramento, com uma palestra do professor da UFRGS, David Minuzzo no sábado (dia 17/04), pela manhã, a partir das 8h30min, provavelmente no Auditório da ULBRA campus Gravataí.

Dúvidas, entre em contato através dos seguintes e-mails: casadomato@gmail.com, vbenetti@gmail.com
Observação importante: o curso é gratuito!!!!
__________________________________________________________
* Juliane Maria Puhl Gomes: professora de Pré-História e Estágio III da ULBRA Campus Gravataí.
** Alexandre Pena Matos: graduado em História ULBRA Gravataí, mestrando em História na UPF.
*** Viviana Benetti: professora e coordenadora do curso de História da ULBRA Campus Gravataí.

Novo ancestral do homem é descoberto na África do Sul
























Crânio do Australopithecus sediba é apresentado na África do Sul
Foto: Reuters

Dois esqueletos parciais fossilizados de uma espécie de hominídeo, com quase dois milhões de anos, foram descobertos na África do Sul, levantando o véu sobre uma nova etapa da evolução humana, segundo trabalhados divulgados nesta quinta-feira pela revista americana Science.

Este hominídeo foi batizado de Australopithecus sediba. Dois espécimes - uma mulher adulta e um homem - foram encontrados numa caverna, perto um do outro e muito bem conservados. Caminhavam erguidos e compartilhavam vários traços das primeiras espécies conhecidas, o que poderá ajudar a responder a alguns questionamentos científicos, enfatizaram os pesquisadores.

Estes dois fósseis têm de 1,95 a 1,78 milhão de anos e a estrutura de seu esqueleto é similar à das primeiras espécies Homo, como a famosa "Lucy", de 3,2 milhões de anos e durante muito tempo considerada o ancestral comum da humanidade até descoberta de Ardi (Ardipithecus ramidus), de 4,4 milhões de anos.

Os dois novos fósseis sul-africanos são um hominídeo surgido um milhão de anos depois de Lucy. Suas características mostram que a transição entre os primeiros hominídeos e o gênero Homo aconteceu muito lentamente. "Não é possível estabelecer de forma precisa a posição filogenética - relações de parentesco - do Sediba em relação às diferentes espécies desde o início do gênero Homo", explicou Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand em Johannesburgo, principal autor do estudo.

"Podemos, no entanto, concluir que esta nova espécie compartilha mais traços com os primeiros hominídeos do que qualquer outro Australopithecus", acrescentou.

Extraúdo de: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4370033-EI238,00-Novo+ancestral+do+homem+e+descoberto+na+Africa+do+Sul.html

terça-feira, 6 de abril de 2010

Falecimento de István Jancsó

No dia 23 de março faleceu o historiador István Jancsó (1939 – 2010), Coordenador- geral do Projeto Brasiliana da Universidade de São Paulo - USP, o historiador István Jancsó faleceu em março deixando um importante legado historiográfico sobre a Conjuração Baiana, também denominada Revolta dos Búzios. Professor titular do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, István desenvolvia atualmente a pesquisa “A formação do Estado e da nação brasileiros (1780-1850)”.

Nascido na Hungria, ele foi alfabetizado em um acampamento de refugiados de guerra e chegou ao Brasil com apenas nove anos. Aprendeu com a família a rejeitar os ideais de esquerda. Desaprendeu tudo na faculdade. Convidado para lecionar na Bahia em meados da década de 1960, tornou-se amigo íntimo de João Ubaldo Ribeiro e começou seu engajamento nos movimentos de resistência ao regime militar.
Editou publicações sindicalistas, foi preso e teve seus estudos apreendidos pela polícia. Entre outros temas, István Jancsó se dedicou a pesquisar a Conjuração Baiana, ajudando no reconhecimento das forças populares que moveram a revolta. Segundo ele, esta característica teria sido um dos fatores determinantes para o episódio ser menos conhecido do que a Inconfidência Mineira.
Fonte: Adriano Belisário, Revista de História da Biblioteca Nacional.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ciclo de Palestras - "A Docência em debate"

Ocorrerá na ULBRA Gravataí, o ciclo de palestras "A Docência em debate", que ocorrerá na ULBRA Gravataí, no seu auditório, com horário de inicio previsto para áa 19h30min. Confira a prpgramação do evento:
Dia: 12 de abril de 2010 (segunda-feira)
Evento: Ciclo de Palestras - "A Docência em debate"
Palestrante: Prof. Almir Mentz/Professor da ULBRA Campus São Jerônimo/Mestre em Letras PUCRS
Dia: 30 de junho de 2010 (quarta-feira)
Evento: Ciclo de Palestras - "A Docência em debate"
Palestrante: Cons. Dilamar de Souza Soares/Conselheiro Tutelar de Gravataí/Licenciado em História ULBRA Gravataí
INSCRIÇÕES (gratuitas) junto às secretarias dos respectivos cursos
Vagas Limitadas
VÁLIDO PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES

domingo, 4 de abril de 2010

Grupo de Discussão Falando de História



A partir de 04 de abril de 2010, o Projeto Falando de História contará com mais uma plataforma de comunicação. Trata-se do Grupo de Discussão Falando de História. É mais uma forma de interação com os colegas. Para pariticipar do Grupo é necessário aprovação do idealizador do projeto, Noé Gomes.
O endereço do grupo é o seguinte: http://groups.yahoo.com/group/falandodehistoria

Nova seção no Portal Falando de História

O Portal Falando de História, conta a partir de 04/04/10 com uma nova seção: trata da seção eventos onde serão divulgadas palestras, seminários, cursos entre outros que recebemos a informação. Os eventos serão divulgados de forma paralela com o Blog Falando de História. A nova seção, localiza-se no seguinte endereço: www.falandodehistoria.com.br/eventos.htm
Se quiser divulgar o seu evento neste espaço, envie um e-mail para: contato@falandodehistoria.com.br.

Atualização em Cultura Gaúcha: Palestra sobre a história da medicina do RS

No dia 06 de abril, terça-feira a partir das 18h no auditório do Memorial do RS, ocorrerá dentro do Curso Atualização em Cultura Gaúcha, a palestra "História da Medicina do RS". Maiores informações, confira no arquivo postado na página: wwww.falandodehistoria.com.br/eventos.htm
Fonte: Memorial do Rio Grande do Sul

Questão Indígena no Memorial do RS

Seminário sobre a questão indígena
O evento visa contemplar temáticas que envolvem a história indígena no Rio Grande do Sul e no Brasil. Tem como objetivo apresentar ao público interessado as relações existentes entre as pesquisas e as vivências da cultura indígena em nossa formação cultural, educacional e social, além de motivar o debate em torno da aplicação da Lei 11.645, que instaurou nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio a obrigatoriedade do estudo da história indígena. Aspectos jurídicos sobre a questão também serão abordados.

Público alvo: educadores, professores, acadêmicos e interessados.

Em anexo, programação completa.

Informações: 51-3286-6190 ou 3224-7210

Memorial do RS.

www.memorial.com.br

Faça o download da programação deste evento no link do Portal Falando de História
www.falandodehistoria.com.br/rogramacao_memorial_rs_questao_indigena.pdf

As várias fomes da Marina


*Por** José Ribamar Bessa Freire*

“Ai, meu Deus! / O que foi que aconteceu / Com a música popular brasileira”?

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores,
cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas
famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política. A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.

“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito de roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não agüentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas
escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal. Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem….e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”. O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil.

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.

♦ O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós- Graduação em Memória Social (UNIRIO).
Extraído de: http://www.noticiasdabahia.com.br/colunas.php?cod=1564

O que é História Oral?

Iniciada na década de 70 do século XX no Brasil, esta metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) através do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), tem sido um referencial neste método que vem crescendo desde os anos 1990.
Uma boa dica, para quem não conhece esta maneira de se trabalhar com a História mais recente é acessar o sitio do CPDOC, bem como Associação Brasileira de História Oral. Clique nos links abaixo e inteire-se desta metodologia:
http://cpdoc.fgv.br/acervo/historiaoral
http://www.cpdoc.fgv.br/abho

Site relacionado: CPDOC - Fundação Getúlio Vargas

sábado, 3 de abril de 2010

Mensagem da ANPHU sobre a Regulamentação da Profissão de Historiador

Por que somos favoráveis à regulamentação da profissão de historiador?

No último dia 10 de março foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal o projeto de lei n. 368/2009 de autoria do Senador Paulo Paim que regulamenta a profissão de historiador. O projeto segue agora para a Câmara Federal onde deverá ser analisado.

No processo de mobilização para a votação desta proposta surgiram algumas vozes discordantes em relação à regulamentação da profissão. Respeitamos profundamente a opinião de todos aqueles que adotaram tal posição. Uma democracia é feita através da manifestação livre de todas as ideias, do debate público e qualificado de todas as posições, por isso apresentamos a seguir o ponto de vista que pautou a atuação da atual diretoria da ANPUH – Associação Nacional de História quando do processo de votação dessa matéria e que pautará sua atuação agora que o projeto tramitará na Câmara dos Deputados.

O que significa regulamentar? Significa definir legalmente os contornos do exercício profissional, significa fixar requisitos para que esse exercício se faça, significa precisar as competências e as habilidades que o profissional deve ter para exercer uma dada profissão, ou seja, regulamentar significa dar estatuto legal a uma profissão, significa o Estado reconhecer a sua existência e, portanto, significa dar uma identidade jurídica e pública ao exercício de uma dada profissão. Regulamentar, em síntese, significa passar a existir de fato e de direito como profissional.

Para a ANPUH a regulamentação da profissão de historiador significa, portanto, o reconhecimento social e jurídico do historiador como um profissional, a quem passa-se a atribuir dados direitos e dadas obrigações perante a sociedade. Para nós, o Estado brasileiro milita em uma contradição ao não reconhecer a profissão de historiador e, ao mesmo tempo, regular, reconhecer e avaliar cursos universitários que formam profissionais nesta área. Se o Estado reconhece que para ser historiador é preciso ter uma dada qualificação, que deve-se exigir determinadas habilidades e competências definidas nos Projetos Político-Pedagógicos dos cursos de História por ele aprovados, deve reconhecer também que nem todo mundo pode ser historiador e, portanto, é preciso que uma lei defina os contornos de nossa profissão. O mesmo raciocínio se aplica àqueles que são habilitados por diplomas de cursos superiores para atuarem na área de História e àqueles que estão nos bancos escolares das instituições de ensino superior cursando História: como podem ser contrários ao reconhecimento legal daquilo que fazem, como podem ser contrários que se definam limites para o exercício profissional, como podem ser contrários a que o Estado reconheça sua existência como profissional com uma qualificação específica que lhe confere a competência para o exercício de dadas atividades? A ANPUH é favorável à regulamentação e, não poderia ser diferente, porque quer que os profissionais que representa tenham existência jurídica, sejam reconhecidos pelo Estado e pela sociedade brasileira.

A Constituição Federal em seu artigo quinto, inciso décimo terceiro, define que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendida à qualificação profissional que a lei estabelecer. A lei que regulamenta a profissão de historiador nada mais faz do que cumprir o mandato constitucional definindo que qualificação deve ter aquele que exerce esta atividade: a exigência de diploma de curso superior em História, ou diploma de Mestrado e Doutorado em História. Este mesmo artigo da Constituição Federal prevê que no interesse da sociedade pode-se criar restrições a esta ampla liberdade de exercício profissional, quando ela possa causar sérios danos à sociedade. Entendemos que o exercício do ensino e da pesquisa em história feito por profissionais não habilitados causa sério dano à sociedade, à medida que não se tem um ensino e uma pesquisa de qualidade, feitas com as necessárias competências e com os necessários conhecimentos teóricos e práticos.

O movimento em torno da regulamentação das profissões remonta ao imediato pós-Segunda Guerra Mundial, como resposta às crescentes demandas dos trabalhadores pelo reconhecimento de seus direitos. Ele é contemporâneo e está relacionado à criação da Organização Internacional do Trabalho, do estabelecimento das primeiras convenções da OIT, da emergência dos Estados de Bem-Estar Social. No Brasil, foi neste contexto que as primeiras profissões foram regulamentadas. Tendo como exceção a profissão de leiloeiro que foi regulamentada ainda em 1932, a maioria das profissões consideradas de maior prestígio social foi regulamentada ente as décadas de 1940 e 1960: contabilista (1946), economista (1951), químico (1956) médico (1957), geólogo (1962), psicólogo (1962), estatístico (1965), farmacêutico (1966) , engenheiro, arquiteto e agrônomo (1966), jornalista (1969), entre outras. Ao contrário, portanto, do que alguns afirmam, a regulamentação profissional não é um tema do discurso ou da “ideologia neoliberal”. O neoliberalismo, pelo contrário, vem sendo responsável pela crescente resistência por parte do Congresso Nacional e por parte do Judiciário brasileiro em regulamentar as profissões. O episódio recente da desregulamentação da profissão de jornalista por parte do Supremo Tribunal Federal a pedido dos grandes grupos econômicos que dominam os meios de comunicação do país é exemplar da prevalência desta forma de pensamento em setores das elites brasileiras. Um dos princípios fundamentais do neoliberalismo é, justamente, o da flexibilização e da desregulamentação profissional, levando a uma precarização do trabalho e à possibilidade do pagamento de salários mais baixos a profissionais ditos flexíveis ou despreparados.

Por isso, a ANPUH é favorável à regulamentação profissional. Ela vai na contramão da vaga neoliberal que aposta na precarização jurídica das profissões visando a aviltar as condições de trabalho e de exercício profissional, permitindo a maximização dos lucros das empresas que contratam estes profissionais. Quem conhece a realidade das empresas de educação, do ensino privado e mesmo do ensino público, em dadas áreas do país, sabe que a regulamentação de nossa profissão é não só uma necessidade premente, como sabe que danos esta não regulamentação causa aos nossos profissionais. Não é mera coincidência que a bancada ligada ao ensino privado no Congresso Nacional seja reativa a qualquer iniciativa que vise a regulamentar profissões como a nossa. Como o próprio projeto aprovado no Senado reconhece, sem a regulamentação fica-se sujeito a que pessoas não qualificadas tecnicamente ou não habilitadas para o exercício profissional do ensino, da pesquisa, da assessoria, do planejamento e da gestão na área da História possam ser contratadas para exercer estas atividades mediante uma remuneração aviltada em seus valores.

A luta pela regulamentação da profissão de historiador já se arrasta por quarenta e dois anos, desde 1968 (no site da ANPUH está disponível um dossiê que historia todo este tortuoso processo). Nove projetos neste sentido já foram apresentados à Câmara dos Deputados. E há quem diga que não ocorreu ainda o necessário debate, que adotamos uma posição pragmática e de afogadilho. Cremos que as instituições, notadamente aquelas que agrupam historiadores ou futuros historiadores, devem possuir memória. Não se pode a cada nova diretoria eleita começar-se o debate sobre dadas questões como se não houvesse toda uma história de lutas anteriores. Sabemos que as posições podem ser modificadas mediante novas conjunturas, mas mesmo nesse caso deve-se levar em conta a trajetória anterior da instituição. No âmbito da ANPUH há toda uma história de debates em torno da regulamentação profissional. Diretorias anteriores participaram ativamente do debate e da elaboração de propostas neste sentido. Em nenhuma instância oficial da entidade foi votada e aprovada posição contrária à regulamentação, portanto, cabia a esta diretoria, quando surgiu a iniciativa vinda do Senado, se empenhar para sua aprovação. Mediante carta aberta a toda a comunidade de historiadores, a Associação deixou clara qual seria sua estratégia, ou seja, a de não propor qualquer modificação no texto neste momento. Fazer política requer perceber os momentos favoráveis, definir estratégias viáveis, sob pena de nunca se conseguir o que se quer. Avaliamos que o contexto era favorável, mas por estarmos num ano eleitoral, se a votação não ocorresse este semestre não seria feita este ano e sendo o final de uma legislatura, o projeto não sendo aprovado em 2010, seria arquivado, tal como manda o Regimento Interno do Senado. Esta é a situação do projeto que tramita atualmente na Câmara dos Deputados. Ele caminha para ser arquivado ao final do ano com o fim da legislatura sem que sequer tenha recebido um parecer favorável ou contrário dos sete relatores que já foram para ele designados. Ter um projeto aprovado no Senado era estrategicamente fundamental, pois, agora, ele não pode mais ser arquivado ao final das legislaturas. A Câmara terá que obrigatoriamente analisá-lo, se posicionando contra ou a favor. Podemos agora prosseguir o debate em torno de um projeto já aprovado para aperfeiçoá-lo. Uma circular neste sentido foi enviada a todas as nossas Seções Regionais, solicitando que a regulamentação seja tema de discussão e deliberação nos Encontros Estaduais da ANPUH, que ocorrerão este ano, onde todas as posições poderão ser colocadas.

Consideramos que a regulamentação da profissão de historiador é uma questão de justiça e de equidade de direitos, já que outras profissões da mesma natureza que a nossa já foram regulamentadas, algumas das quais mantendo clara interface com as atividades que exercemos, como por exemplo, as profissões de geógrafo, de sociólogo, de museólogo e de arquivista. Somos uma das áreas de formação profissional mais antiga do país e com uma importância social indiscutível, já que exercemos nossa atividade no âmbito da educação, da cultura, da memória, do patrimônio histórico e artístico que são áreas de interesse social prioritário. O Congresso Nacional aprovou recentemente a regulamentação de profissões como de enólogo (2007), garimpeiro (2008,) oceanógrafo (2008), bombeiro civil (2009), moto taxista e moto boy (2009) e turismólogo (2010), o que reforça a nossa reivindicação em torno do reconhecimento profissional de uma categoria das mais numerosas do país.

O projeto aprovado tem o mérito, a nosso ver, de ser singelo e, ao mesmo tempo, de garantir a maioria das nossas históricas reivindicações. Somos de opinião de que um projeto de lei quanto mais detalhado, buscando a situação ideal e prevendo todas as situações particulares possíveis de ocorrer, favorece aqueles que são contrários à regulamentação no Congresso Nacional, pois quanto mais detalhado é um projeto mais ele abre margem para ser contestado. Às vezes um pequeno dispositivo pode favorecer a contestação e a derrubada do projeto. Cremos que a concisão e a objetividade são um dos méritos da proposta aprovada. Ao mesmo tempo ele garante reivindicações históricas nossas como: o reconhecimento de que o historiador é tanto o bacharel quanto o licenciado em história; reconhece como atribuições do historiador não só a pesquisa e o ensino de história, mas o planejamento, a organização, a implantação e a direção de eventos ou exposições que envolvam temas históricos; a assessoria na avaliação e seleção de documentos para fins de preservação; a emissão de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos e que os estabelecimentos que prestam serviços na área de História deverão manter em seus quadros profissionais habilitados nesta área. Há manifestações de apreensão quanto aos desdobramentos burocráticos e de controle que a regulamentação implica. É sabido que a institucionalização da profissão conduz ao reconhecimento profissional, significa existirmos enquanto profissão, podendo, por exemplo, ser realizados concursos específicos para provimento do cargo de historiador em instituições públicas e privadas, o que não pode ocorrer enquanto não tivermos a profissão regulamentada. O projeto aprovado reserva o provimento de cargos, funções ou empregos de historiador aos portadores de Diplomas de graduação, mestrado ou doutorado em história. Isso implica o necessário registro profissional que, no projeto aprovado no Senado Federal, deverá ser feito junto às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego do local onde o profissional irá atuar, ou seja, a única burocracia que a regulamentação profissional trará será a de ter o historiador que comparecer, após o término da graduação ou do curso de pós-graduação que o habilita como profissional de história, munido do diploma, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e registrar-se como profissional. O projeto não prevê e nem a ANPUH pensa em reivindicar a criação de Conselhos Nacional e Regionais para fiscalizar o exercício da profissão, muito menos a realização de uma prova como a exigida pela OAB para a concessão do registro profissional. A ANPUH não pretende tornar-se órgão de fiscalização profissional e sim continuar sendo entidade de representação profissional. Os profissionais de História, atuando no ensino ou na pesquisa, já são submetidos a constantes processos de avaliação de suas habilidades e competências. Para a entrada no serviço público, seja em que nível for, são submetidos a concursos públicos e seu desempenho é acompanhado pelas diferentes modalidades e formas de avaliação do ensino e da pesquisa instituídas pelos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Mesmo atuando na iniciativa privada, o profissional de história já está sujeito a periódicas avaliações, o que torna sem qualquer sentido a criação de instâncias de controle do desempenho. Os problemas éticos e jurídicos que podem envolver a atuação dos profissionais de história quando não já estão previstos na legislação, podem ser objeto de um código de ética específico, em debate atualmente no âmbito da ANPUH, sem que para isso seja necessária a criação de um aparato burocrático específico.

A luta pela regulamentação da profissão significa, portanto, para a ANPUH, a luta pelo reconhecimento profissional, a luta pela cidadania plena dos historiadores, a luta pela dignidade no exercício da profissão, o que não está em desacordo com a solidariedade necessária à luta de todos os trabalhadores pela dignidade do próprio trabalho e por seus direitos, mas, pelo contrário, é um capítulo desta luta, à medida que combate a precarização do trabalho, a desregulamentação das profissões, que só pode aparecer como um paraíso cor-de-rosa àqueles que defendem posições românticas e desligadas de uma análise mais atenta da realidade, já que não existe ordem social desinstitucionalizada ou possibilidade de se estar completamente fora do ordenamento social. O que não está institucionalizado, o que não está instituído nem por isso deixa de estar submetido ao ordenamento social, só que quase sempre de forma subalterna. Não estar regulamentado profissionalmente nada tem que ver com liberdade do trabalho, - a não ser com a liberdade do liberalismo que sabemos a quem serve -, mas quase sempre com uma subordinação e uma subalternidade ainda maior. Não somos contrários ao reconhecimento como historiadores, inclusive por parte da lei, com a proposição de uma emenda ao projeto aprovado no Senado, quando da tramitação na Câmara, daqueles profissionais com outras formações que militam há certo tempo, a ser definido em nossas discussões, no campo da história ou que possuem notório saber, adquirido através de uma prática durante anos, em nossa área do conhecimento. Mas somos contrários a que qualquer pessoa, sem a menor qualificação profissional, possa se dizer historiador e ocupar cargos, funções e empregos que devem ser reservados aos profissionais habilitados nesta área. Somos favoráveis à regulamentação da profissão porque valorizamos o trabalho que fazemos, porque sabemos todo o esforço que empreendemos para formar profissionais nesta área, porque como profissionais em atividade sabemos quão árdua foi toda a preparação que tivemos que fazer para exercer o nosso ofício com competência e com conhecimento de causa. Ser contrário à regulamentação é afirmar publicamente, para toda a sociedade, que nossa formação é dispensável, que os cursos que fizemos são desnecessários, que as habilidades e competências que tivemos que desenvolver mediante horas de estudo, de dedicação e de trabalho podem ser acessíveis a qualquer amador que se arvorar a freqüentar os arquivos e se dispor a ministrar aulas de história.
Fonte: ANPHU Nacional