quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A História do Twitter

Beatriz Portella Smaal em 19/2/2010 no site Baixaki

Ok, você sabe usar todas as ferramentas e marcações do Twitter, porém você conhece a história do microblog? Neste você entenderá todos os detalhes de como surgiu e em que pé está uma das grandes ferramentas da internet.

Desde os primórdios

Dois anos antes da fundação do Twitter, Evan Williams havia sido responsável pela criação do Blogger e, juntamente com Biz Stone, trabalhavam na gigante Google. Saíram de lá para formar a Odeo, uma empresa de podcasting que não trouxe resultados em sua área de atuação.

O Twitter foi fundado em março de2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone como um projeto paralelo da Odeo. A ideia surgiu de Dorsey durante uma reunião de discussão de ideias (brainstorming) em que ele falava sobre um serviço de troca de status, como um SMS.

simplesmente de Status, o pré-Twitter tinha como conceito exatamente o envio de mensagens curtas através do celular, em que você receberia um twich (vibração, em tradução livre) no seu bolso quando um update era enviado.

Entretanto, a palavra não agradou, pois não mostrava exatamente o que era o serviço. Ao buscar nomes parecidos no dicionário, Dorsey e os outros encontraram a palavra twitter, que em inglês tem dois significados: “uma pequena explosão de informações inconsequentes” e “pios de pássaros”. Ambos combinavam perfeitamente com o conceito.

O primeiro protótipo do Twitter era usado internamente na Odeo, sendo lançado em escala pública e completa (também para computadores) em julho do mesmo ano. Em agosto, os três fundadores e outros membros da Odeo fundaram a Obvious Corporation, que incluía o domínio Twitter.com. O microblog tornou-se uma companhia separada em abril de 2007.

Evolução

A explosão do Twitter aconteceu no mesmo ano em no South by Southewest (SXSW), um festival de música e filmes para novos talentos, que trouxe a tecnologia como foco através de conferências interativas. O festival atraiu muitos criadores e empresários do ramo tecnológico para mostrar suas ideias.

Neste ano especificamente, foram colocadas duas telas de 60 polegadas no principal local de encontro do evento, mostrando exclusivamente mensagens trocadas via Twitter. A ideia era que os usuários ficassem ligados no que acontecia durante o evento em tempo real, através da troca de mensagens curtas.

A propaganda e o sucesso durante o festival foi tão grande que o envio de mensagens diárias, que era em média 20 mil, chegou a 60 mil durante os dias de festa. Assim, os criadores do Twitter e a ferramenta receberam o prêmio Web Award, concedido pelos organizadores do SXSW, ao qual agradeceram em 140 caracteres.

140 caracteres? Que tortura!

Muita gente se pergunta o porquê do limite de 140 caracteres na hora de mandar mensagens pelo Twitter. Não, não é perseguição dos criadores!

A limitação de caracteres se dá exatamente pelo conceito inicial da ferramenta: mensagens SMS. Além disso, enviar mensagens curtas é o principal foco do serviço e principal difusor de sites encurtadores de URL, como o Bit.ly, Migre.me e outros.

Trending Topics

Uma das principais ferramentas do Twitter não foi lançada logo no começo. Os Trending Topics (ou tópicos da moda, em tradução livre) traz os assuntos mais discutidos no mundo do Twitter naquele momento.

A inserção de uma busca em tempo real de assuntos indexados no sistema se deu em abril de 2009, quando ao observar as marcações feitas pelos próprios usuários, a turma do site resolveu incorporar o que antes era um aplicativo em mais uma ferramenta própria através da compra da empresa responsável pelo mecanismo.

Até hoje em dia

Atualmente, o Twitter continua sem utilizar propaganda ou anúncios no site, o que pode ser algo um tanto quanto estranho, tendo em vista que nos tempos modernos nada se faz sem a garantia de um retorno.

Entretanto, estima-se que o valor do Twitter chegue a 1 bilhão de dólares, ou seja, nada mal para uma empresa que, teoricamente, não recebe dinheiro por seus serviços. Os mais de 1 milhão de usuários do microblog certamente agradecem a “falta” de mensagens comerciais.

Além disso, o Twitter não ficou parado no tempo. A cada dia surgem novas atualizações e novidades, como as listas de amigos e filtros de Trending Topics por países. O serviço não parou de evoluir e conta com usuários fiéis, que trocam diariamente cerca de três milhões de mensagens diariamente. Porém, nem tudo são flores no reino dos pássaros e baleias do Twitter.

Desaceleração

Com crescimento elevado nos primeiros meses de 2009, o Twitter parecia ir de vento em popa, com passarinhos voando para todos os lados. Entretanto, segundo estudo da HubSpot, a taxa de crescimento havia caído para 3,5% em outubro do ano passado.

O que se vê também é um crescimento de usuários fora dos Estados Unidos. O português, por exemplo, é a segunda maior língua utilizada no microblog, e o Brasil é o terceiro maior “tuitador” do mundo, atrás de EUA e Inglaterra.

Para os criadores da ferramenta, os números mostram que o usuário está utilizando-a com maior consciência e aproveitamento, ou seja, o uso do serviço está mais focado e melhorado. Entretanto, a queda na expansão preocupa, com uma taxa de crescimento muito baixa, de acordo com o blog especializado.

Com todo o histórico e essa mudança no comportamento do microblog, não é possível nem ao menos “chutar” qual será o futuro da empresa de @Ev, @Biz e @Jack. Só resta esperar e ver se o Twitter se estabiliza ou se o fenômeno foi apenas temporário.

Extraído de: http://www.baixaki.com.br/info/3667-a-historia-do-twitter.htm

sábado, 25 de setembro de 2010

Falando de História no Twitter

Tem novidade! Agora o Falando de História está no Twtter! Confira a nossa página no miniblog em: http://twitter.com/falandohistoria
Vale lembrar que ainda estamos arrumando a página, mas logo estará esta plataforma funcionando como o blog e o site!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Curso Metodologia de Pesquisa na UFRGS

O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, através do Departamento de Sociologia, promove o CURSO DE METODOLOGIA, PROJETO E TÉCNICAS DE PESQUISA ministrado pela Professora Tania Steren dos Santos (Doutora em Sociologia).
O curso possuí um total de horas/aula: 15H – 5 encontros de 3 horas cada um

DIAS: SÁBADOS – 25 de setembro; 2, 9, 16 e 23 de outubro
HORÁRIO: das 9h às 12h
LOCAL: Ramiro Barcelos 2600 - SALA 304 – Psico/Ex- Ciclo Básico

CURSO COM CERTIFICADO DA PROREXT/UFRGS
CONSULTE VALORES NO ANEXO OU NOS LINKS ABAIXO

INSCRIÇÕES: No site da FAURGS www.faurgs.ufrgs.br em “Cursos e Eventos”

ou no link

http://www.faurgs.ufrgs.br/cursos/curso1509.asp

Preencher os dados em “EFETUE A SUA INSCRIÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES: VER O ANEXO

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os gaúchos

por Arnaldo Jabor

O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.
Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.
Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"
Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.
Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais.
Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: "E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão." (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).
Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.
Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!!rss) Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?
Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá. Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!

História Contemporânea em vídeo

O vídeo abaixo mostra os principais fatos ocorridos nos séculos XIX e XX
. Esta é uma grata contribuição do meu colega Sepé Tiaraju da ULBRA!!!

Arca de Noé na Turquia

Um grupo de cientistas turcos e chineses afirma term localizado a Arca de Noé no monte Ararat, de acordo com a imprensa turca. O pesquisador chinês Yang Ving Cing diz que eles encontraram uma estrutura antiga de madeira em uma altitude de 4 mil m no monte que fica no leste da Turquia, na fronteira com o Irã.

O cientista é membro de uma organização internacional dedicada à busca pela arca em que, conforme a Bíblia, Noé e sua família escaparam do Dilúvio Universal. Segundo Cing, a estrutura encontrada tem 4,8 mil anos.

"Não é 100% seguro que seja a arca, porém pensamos que é 99,9%", disse Cing à agência turca Anadolu. "A estrutura do barco tem muitos compartimentos, o que indica que podem ser os espaços onde se localizavam os animais", afirmou.

O pesquisador disse ainda que pediu ao governo turco para que proteja a zona para poder iniciar as escavações. Além disso, ele afirmou que pediu à Unesco que coloque o local na sua lista de patrimônio da humanidade.

Não é a primeira vez que o grupo afirma ter encontrado a arca no Ararat, a montanha mais alta da Turquia e onde a Bíblia afirma que Noé desceu quando baixaram as águas do Dilúvio.

Confira as fotos em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4404652-EI8147,00-Cientistas+afirmam+ter+encontrado+Arca+de+Noe+na+Turquia.html#tarticle
Fonte: site Terra
Indicação do texto: Luciano Henrique Cristo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Alvorada e suas prefeituras

No dia 17 de setembro de 2007, foi publicado o texto abaixo sobre as sedes da Prefeitura de Alvorada, o texto foi publicado no jornal Zero Hora e foi escrito por mim e pela jornalista Ana Maria Madeira então Diretora de Comunicação Social da Prefeitura de Alvorada, apesar de não constar os nossos nomes no jornal!
Esta é uma singela homenagem a minha querida Alvorada!!! Feliz Aniversário, Terra de Trabalhadores!!!

Matéria publicada na seção Túnel do Tempo em 17/09/2007

Texto: Ana Maria Madeira
Foto antiga: acervo prefeito Carlos Brum
Foto atual: Sandro Rogério
Colaboração de pesquisa: Noé Gomes

Neste 17 de setembro, o município de Alvorada completa 42 anos de emancipação política e na sua história se destaca fato que aconteceu em dezembro de 1975 e curiosamente se repetiu em janeiro de 1976.
Um tornado havia causado pânico nos moradores e destruição na cidade em 15 de dezembro, e, um mês depois disso, mesmo com a comunidade ainda abalada, outro tornado ocorre no município causando mais devassa e inclusive acabando com a sede da Administração Municipal.
A sede era uma construção mista de madeira e alvenaria, como mostra a foto; eram quatro horas da tarde e os servidores da prefeitura estavam em pleno expediente. O então prefeito, Marne Feijó, estava no comando do Governo havia apenas 15 dias.
Os depoimentos de quem estava lá são unânimes quanto ao pavor de ver o teto da construção voar pelos ares e as paredes caírem.
Um galpão abrigou temporariamente o governo da cidade, enquanto se construia, no local do antigo prédio, a nova sede. Três anos e oito meses depois, em 20 de setembro de 1980, a obra foi inaugurada. O prédio ganharia um terceiro piso, em 1991, para receber a Câmara de Vereadores.

Texto também publicado no site da Prefeitura de Alvorada em 17/09/2007
Link relacionado: http://www.alvorada.rs.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=67377

Uma História de Segregação e Isolamento

O Hospital Colônia de Itapuã, criado com o objetivo de isolar doentes acometidos pela hanseníase, na maioria pessoas oriundas do meio rural, muitas delas descendentes de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul. Como outras instituições para abrigar leprosos, o hospital-colônia de Itapuã surgiu da parceria entre estado e sociedades beneficentes, no caso a Sociedade Pró-Leprosário Rio-Grandense, criada em Santa Cruz do Sul. É de estranhar num primeiro momento a razão pela qual a Sociedade, constituída em 1924 objetivando marcar o centenário da imigração alemã com uma ação social, tenha demorado tanto até construir o leprosário e o tenha feito numa distância de 200 km de sua sede. O temor que a doença provocava justifica as dificuldades que a Sociedade encontrou para comprar um terreno até que, por fim, com a interferência de um grupo liderado pela mãe do embaixador Oswaldo Aranha, Da. Luiza Aranha, o estado integrou-se ao projeto e adquiriu grande extensão de terras no município de Viamão, em uma ponta onde havia poucos habitantes e uma natureza ainda por ser desbravada, com duas lagoas (a Negra e a grande laguna dos Patos) que tornaria o isolamento mais garantido.
Há quinze anos a Secretaria Estadual de Saúde resolveu levar para o Hospital Colônia de Itapuã uma parte dos pacientes possuidores de transtornos mentais, internos do centenário Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre. Atualmente são mais de cem pacientes psiquiátricos que habitam alguns dos pavilhões que anteriormente estavam destinados aos mutilados em estado grave.

Aquele universo de exclusão passou desde então a contar com outra classe de excluídos, os condenados pelos seus próprios delírios e fantasias, por isso impossibilitados de viver em um meio social normal.

Na tentativa de relatar a história desses pacientes dentro da instituição, Artur Henrique Franco Barcelos1 (professor de Arqueologia da Universidade Federeral de Rio Grande) e Viviane Trindade Borges que desenvolveram uma pesquisa histórica com
uma perspectiva social, objetivando analisar o que foi feito para reintegrar estes
egressos do internamento compulsório à sociedade, ao longo dos 61 anos do Hospital
Colônia Itapuã. O título da pesquisa é: "Segregar para curar? A experiência do
Hospital Colônia Itapuã", que culminou em um artigo pode ser acessado em: http://www.esp.rs.gov.br/img2/v14n1_12segregar.pdf
Sobre o assunto, o programa Eu faço a diferença da TV Assembléia, fez interessante reportagem, que pode ser conferida no vídeo abaixo. Aproveito a oportunidade de indicar o blog do programa que é mantido por sua apresentadora, Juliana Carvalho em: http://facaadiferencaalrs.blogspot.com

O programa sobre o Leprosário de Itapuã, pode ser conferido em: http://facaadiferencaalrs.blogspot.com/2010/01/hospital-colonia-itapua.html

http://facaadiferencaalrs.blogspot.com/2010/01/hospital-colonia-itapua.html

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A obra de Érico Verissimo e o Rio Grande do Sul

A trilogia O Tempo e o Vento, do escritor brasileiro Erico Verissimo, é considerada por muitos a obra definitiva do estado do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil. Dividida em O Continente (1949) O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962), o romance representa a história do estado gaúcho, de 1680 até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará.
A obra de Verissimo é importantissíma na análise da História do Rio Grande do Sul, já que a primeira parte de O Tempo e o Vento foi publicada em Porto Alegre no ano de 1949 e narra a formação do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Cambará, Caré e Amaral. O ponto de partida é a chegada de uma mulher grávida na colônia dos jesuítas e índios nas Missões. Esta mulher dará à luz o índio Pedro Missioneiro, que depois de presenciar as lutas de Sepé Tiaraju através de visões e ver os portugueses e espanhóis dizimarem as Missões Jesuíticas, conhecerá Ana Terra, filha dos paulistas de Sorocaba Henriqueta e Maneco Terra, este filho de um tropeiro (Juca Terra) que ficou encantado com o Rio Grande de São Pedro ao atravessá-lo para comerciar mulas na Colônia do Sacramento e obtêm uma sesmaria na região do Rio Pardo.

Ana Terra terá um filho com o índio, chamado Pedro Terra. Logo que seu pai descobre sobre a gravidez, ele manda os irmãos de Ana matarem Pedro Missioneiro. Quando castelhanos invadem a fazenda da família Terra, matam pai e irmãos da moça e a violentam, mas ela conseguira esconder o filho, a cunhada e a sobrinha. Partem para Santa Fé, onde se passará o resto da ação de O Tempo e o Vento. Lá Pedro Terra cresce e tem uma filha, Bibiana Terra, que se apaixonará por um forasteiro, o capitão Rodrigo Cambará. Ana Terra e o capitão Rodrigo são até hoje considerados dois arquetipos da literatura brasileira.

Os sete capítulos de O continente podem ser lidos de diversas formas. Uma delas é a história da formação da elite riograndense, que culminará na Revolução Federalista de 1893/95. As lutas pela terra, as guerras internas (Farroupilha, Federalista) e externas (Guerra do Paraguai, Guerra contra Rosas) marcam definitivamente a vida e a personalidade daqueles gaúchos e ecoam de forma muito forte ainda hoje na identidade do Rio Grande do Sul.

Do ponto de vista histórico-literário, O continente está inserido no chamado Romance de 30, obras de cunha neo-realista que aliam a descrição denunciante do Realismo às investigações psicológicas das personagens e liberdades lingüísticas do narrador, frutos do Modernismo. Assim como O continente, muitas dessas obras são de cunho regionalista.

Os dois volumes de O continente são os mais lidos e conhecidos da trilogia. Parte de seu conteúdo teve adaptações para o cinema e a televisão. O sucesso do personagem Capitão Rodrigo nas telas levou a Editora Globo a publicar em separado o capítulo da obra a ele dedicado, Um certo Capitão Rodrigo.



Fonte: Wikipédia


Links relacionados:

Concepção geral de O Tempo e o Vento, Abrangência temporal, O sentido dos três livros, O sentido filsófico da trilogia (por Adauto Locatelli Taufer)

Google Books - O tempo e o vento: história, invenção e metamorfose, por Maria da Glória Bordini e Regina Zilberman

Jornadas Mercosul: memória, ambinete e patrimônio - UNILASSALE

Confira programação, clique aqui

60 anos da OSPA

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), comemora neste ano 60 anos e o auditório do Memorial do Rio Grande do Sul será o palco para o SEMINÁRIO 60 ANOS OSPA - 2010: Memória e História da OSPA O evento ocorrerá nos dias 15 e 17 de setembro, a partir das 18h30min.
Confira a programação, abaixo:

15/09/10 - Quarta-feira
- OSPA - OS ANOS DOURADOS
Dr. Arthur Torelly Franco

- A OSPA E A ÓPERA
Prof. Décio Andriotti


- PAIXÃO PELOS INSTRUMENTOS - MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO
Prof. Paulo Ricardo Paranhos


- A ARTE E A MEDICINA

Prof. Ivo Nesralla


17/09/10 - Sexta-feira

- OSPA E EDUCAÇÃO

Profa. Liane HENTSCHKE



-OSPA COMO IMPULSIONADORA DE NOVOS TALENTOS

Prof. Alexandre Dossin


- NOVA SALA DE CONCERTOS DA OSPA

Eng. Ismael Solé


- ENCERRAMENTO

Maestro Isaac Karabtchevsky


Fonte: Memorial do Rio Grande do Sul

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ULBRA Torres realiza 3º Seminário Imagens da História

Com o tema central Literatura, Cinema e História: identidades em construção, a graduação da ULBRA Torres está promovendo a 3ª edição do Seminário Imagens da História. Com o objetivo de levar o conhecimento para acadêmicos e comunidade em geral, o seminário segue a linha da Cultura Material, com aspectos multiculturais.

O seminário é dividido em três momentos. No dia 22 de setembro ocorre a palestra com o mestre Miguel Augusto Soares, que abordará o tema Modernidade, hedonismo e narcisismo na obra de Dorian Gray, de Oscar Wilde. No dia 21 de outubro, o mestre Carlos Augusto Falcão Filho falará sobre Liga extraordinária: uma releitura da era Vitoriana. E, encerrando o ciclo de palestras no dia 08 de novembro, a doutora Paulina Nóbilos explanará sobre Arqueologia antiga: o passado no presente (narrativas míticas).

As palestras iniciam às 18h e os participantes receberão atestado. As inscrições para o seminário estão abertas na coordenação do curso de História da ULBRA Torres (Rua Universitária, 1900 – Parque de Balonismo), ao valor de R$ 30,00. Mais informações pelo telefone (51) 3626.2000 – ramal 127.
Fonte: Site do Curso de História da ULBRA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sobre a Regulamentação da Profissão de Historiador

Uma importante conquista para nós foi a aprovação pela CAS (Comissão de Assuntos Internos) do Senado a profissão de historiador. O projeto de lei PLS 368/09, do senador Paulo Paim (PT-RS) e que teve como relator o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), foi aprovado em decisão terminativa.

Como sabemos esta aprovação não significa a proibição do exercício da atividade por aqueles que não possuem graduação ou mestrado ou doutorado em História, no entanto, garante, em concursos públicos, vagas aos indivíduos com formação na área. Vagas para o magistério estão incluídas nesta mudança, bem como estabelece-se a necessidade de participação do historiador na avaliação e seleção de documentos para preservação, na organização de informações para exposições, publicações e eventos, em serviços de pesquisa, e, ainda, a elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre temas históricos.

Apesar deste importante passo, isto não significa que a profissão de historiador esteja, ainda, regulamentada. O projeto continua a tramitar no Congresso Nacional. Resta, agora, acompanhar os próximos passos desta história. E o Blog Falando de História fará um acompanhamento sobre este importante assunto.

Sobre a profissionalização, a ANPHU Nacional, dedica uma página em sua home page, que pode ser acessada pelo seguinte endereço: http://www.anpuh.org/conteudo/view?ID_CONTEUDO=317




Texto: fragmentos da matéria publicada no site da Revista Tema Livre.


Links relacionados:


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvJJ2kz_zLAqoFFfViiUiZ7MBd0hRVwU_eEIajGwOlsDgEeNqeDIe2_SooW7cQYbQxs_CGzxKCVUwu_hagVsX3U4YtrYU8AYGrIV8D2emSf6EK_FfqFM5PfK2gtbts2KWSJ8MhyV52tlSA/s1600/historiador.png

Posição da ANPHU Nacional, sobre livro do Exército que louva a Ditadura Militar no Brasil

A ANPHU Nacional, através de seu sitio eletrônico exponhe a sua opinião sobre a matéria no Jornal Folha de São Paulo, edição do dia 13 de junho de 2010, intitulada "Livro do Exército ensina a louvar a ditadura", e que também foi repercutida neste blog, no dia 28 de agosto de 2010: Livro do exército ensina a louvar a ditadura . Confiram a opinião da ANPHU a respeito do assunto.

Fonte: site da ANPHU Nacional
Link relacionado: http://www.anpuh.org/informativo/view?ID_INFORMATIVO=949

Um atentado a memória do país

A ANPUH - Associação Nacional de História vem tornar público seu rechaço ao art. 967 do Projeto de Lei do Senado n. 166 que institui o novo Código do Processo Civil (Projeto de Lei nº 166), que foi apresentado em 8 de junho de 2010. Em total desrespeito ao direito de preservação da memória e das regras arquivísticas mais elementares,...

Leia documento completo.

Carta ao Presidente do Senado

Proposta de Emenda

O Projeto de Lei 166

ABAIXO ASSINADO

Fonte: site da ANPHU Nacional

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sugestão de leitura

Sugiro a leitura deste Blog, vale a pena conferir!
http://metodologiadahistoria.blogspot.com

O Inusitado Protesto da ARENA contra o AI-5

Sem acesso ao presidente, senadores deixam mensagem de protesto no portão do
Palácio Laranjeiras

O Ato Institucional número 5 editado em dezembro de 1968, como represália à decisão da Câmara que se negara a conceder licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves, não silenciou um forte grupo de senadores da Arena, então o Partido do Governo, que discordava da edida, adotada pelo Conselho de Segurança Nacional, liderado pelo Presidente Costa e Silva.

Plenário da Câmara Federal após a votação e rejeição do pedido de cassação do deputado Márcio Moreira Alves em 12 de dezembro de 1968 A decisão da Câmara tinha sido tomada um dia antes por expressiva maioria, mas setores militares não reconheciam a decisão, insistindo numa represália. O deputado Márcio Moreira Alves discursara num "pinga-fogo" (intervenção breve na tribuna) fazendo críticas aos militares e elas não foram absorvidas. Além de contarem com o apoio do ministro da Justiça, Gama e Silva. Não era esse, no entanto, o entendimento da Arena, partido que dava sustentação política ao governo, nem de seu presidente e principal liderança, o senador Daniel Krieger. Não viam dimensão para tal reação, identificando nela uma tentativa oportunista de radicalizar o quadro político.
O caso Márcio Moreira Alves acabou sendo o pretexto para editar o AI-5, desejado pelo sistema que aguardava apenas a obtenção da unidade militar para suprimir o estado de direito. O discurso de Márcio não teve a menor repercussão na imprensa, mas foi amplamente divulgado nos quartéis e explorado nos meios militares. Sobre a tentativa de retrocesso, o ex-presidente Castelo Branco, que resistia, já tinha alertado o senador Daniel Krieger, antes de sua viagem ao
Ceará, de cujo retorno foi vítima de acidente fatal.
Prevendo o pior
Krieger deixou Brasília, depois de várias tentativas para impedir o pior, fixando-se em Porto Alegre, mas se mantendo informado. A edição do Ato Institucional, logo após a rejeição da licença para processar Márcio Moreira Alves, trouxe de volta para o Rio, várias lideranças políticas da Arena e que divergiam da decisão. Sem tribuna, optaram por outra forma de exprimir sua reação: encaminhar (e divulgar) uma veemente mensagem ao Presidente Costa e
Silva.
"Exmo. Presidente Artur da Costa e Silva
Palácio Laranjeiras

Na impossibilidade de usar a tribuna parlamentar, os senadores que participam de encontro neste instante realizado no Palácio Monroe, hoje, dia 14 de dezembro, vimos manifestar a V.Excia. a nossa discordância da solução adotada pelo Poder Executivo, através do Ato Institucional número 5. Assim procedemos porque, permanecendo fiéis aos princípios democráticos, temos a convicção de que os postulados do Movimento de 31 de Março de 1964 acham-se satisfatoriamente incorporados à Constituição de 24 de janeiro de 1967, não nos parecendo justificável, portanto, um retrocesso político de conseqüências imprevisíveis.

Ex-presidente Castelo Branco já tinha alertado Daniel Krieger sobre conseqüências do discurso de Márcio Cumprindo o impostergável dever, a nós imposto pela representação popular de que estamos investidos, de assinalar as dimensões de responsabilidade assumida com a edição desse Ato, temos a certeza de que somente a prevalência dos valores jurídicos e sociais do Estado de
Direito assegura a estabilidade e o desenvolvimento do Brasil, hipótese em que V. Excia. poderá contar com nossa decidida atuação. Apresentamos a Vossa Excelência os protestos de elevada consideração.
Assinavam Gilberto Marinho, Daniel Krieger, Miltom Campos, Carvalho Pinto, Eurico Resende, Manoel Villaça, Wilson Gonçalves, Aloisio de Carvalho Filho, Antonio Carlos Konder Reis, Ney Braga, Mem de Sá, Rui Palmeira, Teotônio Vilela, José Cândido Ferraz, Leandro Maciel, Vitorino Freire, Arnon de Melo, Clodomir Milet, José Guiomard, Valdemar Alcântara e Júlio Leite.
O Presidente Costa e Silva respondeu à mensagem, dizendo que a medida surgira por falta de poio político ao governo. Nos meses seguintes formou uma comissão de juristas para elaborar uma nova Constituição, que revogaria o AI-5.
Adoeceu dias antes de assiná-la e foi substituído por uma Junta Militar. E mais tarde pelo general Médici que exerceu o governo, eleito como candidato único pelo Congresso, então reaberto. O AI-5 vigorou em todo seu governo e no de seu sucessor, o general Ernesto Geisel, ue o revogou antes de transmitir o cargo ao último dos generais do ciclo militar, o general João Figueiredo que governou sem ele."
Por Carlos Fehlberg

''O ESPAÇO DA GEOGRAFIA''



A partir de hoje, o blog Falando de História abre espaço para essa essencial disciplina : ''Geografia''

A estréia ocorre em uma data importante para a nação, nada mais justo que o 7 de setembro, dia da Independência, concretizada em 7 de setembro de 1822, com o Grito do Ipiranga", de Pedro Américo, segundo a versão positivista da História.


Mas de uma importância similar a da Independência do Brasil, temos a Geografia.


O que significa Geografia? Geo = Terra Grafia = Demarcar = Demarcar a terra

Bom a ciência geográfica tem um significado muito maior que a demarcação e delimitação da terra. Se voltarmos a Grécia antiga ou a idade média notaremos a importância da Geografia, desde a ocupação de territórios como na identificação de diferentes climas e nas orientações espaciais através dos astros. Com o avanço das diferentes formas de relação na sociedade e a evolução tecnológica a geografia teve que se adaptar a estes novos meios, pois e no espaço geográfico que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas. Por isso, compreender a organização e as transformações sofridas por esse espaço é essencial para a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo em que vive.

Contradições da História do Brasil

Já pararam para pensar sobre algumas contradições históricas do Brasil? Eis duas, que apresento neste humilde post:

1ª - Dia 07 de setembro, o RS comemora juntamente com o restante do país a "Independência do Brasil", depois de 13 dias, o Estado, comemora o movimento que o separou do Brasil, exaltando líderes de uma das principais revoltas do Período Regencial ( intervalo entre a saída de D. Pedro I e a posse de seu sucessor, D. Pedro II).

2ª - Em 17 de setembro de 1965, o então Passo do Feijó, 3° Distrito de Viamão, emancipa-se tornando-se Alvorada. No mesmo ano, o Governo Militar, liderado pelo Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, lança o chamado Ato Institucional 2 (AI-2).
O AI-2 entre no seu início, tem a seguinte citação: "A Revolução é um movimento que veio da inspiração do povo brasileiro para atender às suas aspirações mais legítimas: erradicar uma situação e uni Governo que afundavam o País na corrupção e na subversão", lançado um mês depois da Emancipação política de Alvorada, previa além do cancelamento de eleições entre outras coisas, tem um artigo que trata da criação de novos municipios, olhem isto:
Art 22 - Somente poderão ser criados Municípios novos depois de feita prova cabal de sua viabilidade econômico-financeira, perante a Assembléia Legislativa.
Como é sabido, Alvorada é uma das cidades mais pobres do Rio Grande do Sul e que na época, não havia condições fianceiras e que sempre teve grandes dificuldades de arrecadação.
Este ó Brasil, um páís cheio de contradições. Confiram também o ato de assinatura do AI-2:



Referências do texto: http://www2.fpa.org.br/o-que-fazemos/memoria-e-historia/1965-ato-institucional-n%C2%BA-2

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O que é competência?

Definições de competências

“A competência não se limita ao conhecer, mas vai além porque envolve o agir numa situação determinada. O agir competente inclui decidir e agir em situações imprevistas, mobilizar conhecimentos, informações e hábitos, para aplicá-los, com capacidade de julgamento, em situações reais e concretas...”
(Conselho Nacional de Educação, Parecer nº16/99, PCNb, 1999, p.32)

“... competência é a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar situações” (Perrenoud, 2000);

“... um conjunto identificável de conhecimentos (saberes), práticas (saber-fazer) e atitudes (saber-ser) que mobilizados podem levar a um desempenho satisfatório”. (Despresbiteris, 2003);


Faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (conhecimentos, habilidades e valores) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.

domingo, 5 de setembro de 2010

Curso de Espanhol gratuito na ULBRA

A ULBRA estará com inscrições abertas para o curso Espanhol para Todos – Preparando para a Copa de 2014, a partir da próxima quarta-feira (08/09). As aulas são gratuitas e desenvolvidas pelo curso de Letras, em parceria com a Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade.

Ao todo serão 80 vagas divididas em quatro turmas. As aulas, que iniciarão a partir do dia 11 de setembro, serão ministradas aos sábados e quartas-feiras, nos turnos da tarde e noite. Este projeto será desenvolvido em diversas regiões do Rio Grande do Sul, visando suprir a necessidade de capacitação para a realização de uma Copa do Mundo.

Os interessados em se inscrever deverão procurar o Espaço Extensão e Cultura, localizado no saguão do Prédio 6, do campus Canoas. Outras informações referentes às inscrições do curso podem ser obtidas pelo telefone (51) 3477.9103.
Fonte: Portal de Notícias do Ensino ULBRA
Extraído de: http://www.ulbra.br/noticiasdoensino/2010/09/curso-de-espanhol-gratuito-na-ulbra

Arqueofonia: primeira gravação completa 150 anos

Até março de 2008, a gravação mais antiga que se conhecia era a de Thomas Edison, feita em 1877, com o poema Mary has a little lamb. Os discos gravados em 1977 vinham com um selo impresso saudando os 100 anos do evento. No entanto, essa história mudou quando em março de 2008 foram decifrados 10 segundos de uma gravação ainda mais antiga, de 9 de abril de 1860, 17 anos antes de Edison.
O francês Edouard-Leon Scott de Martinville inventou um aparelho que ele chamou de “fonautógrafo”, que gravava ondas sonoras em uma folha de papel escurecida pela fumaça de uma lâmpada a óleo. Ele gravou, mas nunca conseguiu inventar um aparelho que reproduzisse a gravação. E, assim, o trecho de 10 segundos da canção Au clair de la lune ficou em silêncio por 148 anos.
A novidade veio à tona quando um pesquisador da organização americana First Sounds foi avisado de que havia possivelmente um registro sonoro em Paris. Os 10 segundos históricos foram decifrados mas estão, é claro, quase inaudíveis e ainda passam por sucessivos processos de restauração. No trecho, em meio a muitos ruídos, ouve-se uma mulher cantar “au clair de la lune, pierrot repondit” (“à luz da Lua, pierrô respondeu). Clique na seta acima do texto para escutar.
Na foto acima, o fonautógrafo.
Texto extraído do site Rádio Lab. Em: http://radioesfera.wordpress.com/2010/08/08/arqueofonia-primeira-gravacao-completa-150-anos
Confira o audio, clicando no link acima!!!

sábado, 4 de setembro de 2010

Conheça o projeto "Direito à Memória e à Verdade"

O projeto Direito à Memória e à Verdade da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República iniciou em 29 de agosto de 2006 com a abertura da exposição fotográfica “Direito à Memória e à Verdade – A ditadura no Brasil 1964 - 1985“, no hall da taquigrafia da Câmara dos Deputados, em Brasília. O projeto tem o objetivo de recuperar e divulgar o que aconteceu nesse período da vida republicana brasileira. São registros de um passado marcado pela violência e por violações de direitos humanos. Disponibilizar esse conhecimento é fundamental para o País construir instrumentos eficazes e garantir que esse passado não se repita nunca mais.

Atualmente o projeto tem quatro linhas de atuação:

Livro-relatório da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

Produzido a partir dos processos encaminhados a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP/SEDH), o livro conta história das vítimas da ditadura no Brasil. A trajetória de operários, estudantes, profissionais liberais e camponeses que se engajaram em organizações de esquerda para combater o regime militar aparece agora como documento oficial do Estado brasileiro.

O livro-relatório tem como objetivo contribuir para que o Brasil avance na consolidação do respeito aos Direitos Humanos, sem medo de conhecer a sua história recente. Ao registrar para os anais da história e divulgar o trabalho realizado pela CEMDP ao longo de 11 anos, a publicação representa novo passo numa caminhada de quatro décadas. Nessa jornada, uniram-se para um esforço conjunto

brasileiros que se opunham na arena política imediata. Sob a gestão de Nelson Jobim no Ministério da Justiça, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o Estado brasileiro reconheceu sua responsabilidade frente à questão dos opositores que foram mortos pelo aparelho repressivo do regime militar. Papel decisivo nessa conquista tiveram os familiares dos mortos e desaparecidos, com sua perseverança e tenacidade, e o futuro ministro José Gregori, então chefe de Gabinete do Ministério da Justiça.

O Executivo Federal preparou um projeto que o parlamento brasileiro transformou em Lei em dezembro de 1995, criando uma Comissão Especial com três tarefas: reconhecer formalmente caso por caso, aprovar a reparação indenizatória e buscar a localização dos restos mortais que nunca foram entregues para sepultamento. A Comissão Especial manteve uma coerente linha de continuidade atravessando, até o momento, quatro mandatos presidenciais. Durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei foi ampliada em sua abrangência e praticamente se concluiu o exame de todos os casos apresentados.

Uma dupla face deste Brasil que rompe o século 21 – com sonhos e desafios novos – saltará à vista dos leitores deste livro, sejam eles vítimas do período ditatorial, sejam eles apoiadores daquele regime, sejam juízes, procuradores, parlamentares, autoridades do Executivo, jornalistas, estudantes, trabalhadores, cidadãos e cidadãs de todas as áreas. Uma face é a do país que vem fortalecendo suas instituições democráticas há mais de 20 anos. É a face boa, estimulante e promissora de uma nação que parece ter optado definitivamente pela democracia, entendendo que ela representa um poderoso escudo contra os impulsos do ódio e da guerra, que sempre se alimentam da opressão.

A leitura também mostrará uma outra face. É aquela percebida nos obstáculos que foram encontrados por quem exige conhecer a verdade, com destaque para quem reclama o direito milenar e sagrado de sepultar seus entes queridos. Na história da humanidade, os povos mais sanguinários interrompiam suas batalhas em curtas tréguas para troca de cadáveres, possibilitando a cada exército, tribo ou nação prantear seus mortos, fazendo do funeral o encerramento simbólico do ciclo da vida. Nenhum espírito de revanchismo ou nostalgia do passado será capaz de seduzir o espírito nacional, assim como o silêncio e a omissão funcionarão, na prática, como barreira para a superação de um passado que ninguém quer de volta.

O livro foi lançado, em 29 de agosto de 2008, data que marcou os 28 anos da publicação da Lei de Anistia, em 1979, sinalizando a busca de concórdia, do sentimento de reconciliação e dos objetivos humanitários que moveram os 11 anos de trabalho da Comissão Especial.

A tiragem inicial de 3.560 exemplares foi distribuída para os familiares de mortos e desaparecidos citados no livro, bibliotecas públicas e entidades ligadas ao tema.

O estado de Pernambuco fez uma edição para distribuir para escolas e instituições que foi lançado em abril de 2008.

Atualmente, em parceria com o MEC – por meio do Projeto República da UFMG – o livro está sendo transformado em CD para ser distribuído para todas as escolas da rede pública do país. Esse CD vai ampliar o conteúdo do livro, com músicas, depoimentos, filmes e outros documentos da época.

Memoriais “Pessoas Imprescindíveis”

Há homens que lutam um dia, e são bons;

Há outros que lutam um ano, e são melhores;

Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;

Porém há os que lutam toda a vida

Estes são os imprescindíveis

(Bertold Brecht)

Um povo demonstra sua grandiosidade quando preserva na memória não somente sua história de honra e brios, como também os fatos que demonstrem suas contradições e conflitos. Com o objetivo de recuperar um pouco da história dos brasileiros e brasileiras que deram suas vidas na luta pela democracia no país, o projeto Direito à Memória e à Verdade criou os memoriais “Pessoas Imprescindíveis”. Os painéis e esculturas buscam unir forma e conteúdo para dar aos visitantes uma visão – mesmo que sintética – do que foram os “Anos de Chumbo” no país. Feitos em vidro, os painéis trazem imagens dos homenageados e de situações que representam a repressão violenta do regime às idéias contrárias à perda do estado de direito no período da ditadura militar no Brasil. O aço aplicado sobre o vidro com os nomes vazados remete para a brutalidade e frieza e para o ambiente claustrofóbico das prisões e dos porões pelos quais passaram. Por ser um metal tosco relaciona também o uso da força e das armas como forma de dominação. Vidro e aço. Transparência e brutalidade. Humanidade e primarismo. Delicadeza e violência. Um arcabouço sobre a verdade e a vida que se mostra por meio das fotos de época e a figura dos homenageados, neste caso, simbolizando as mais de 400pessoas assassinadas, torturadas e desaparecidas.

Para acessar o livro clique aqui

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A Importância da Produção de Blogs para o Ensino de História

PRODUÇÃO DE BLOGS: FERRAMENTA NO ENSINO DE HISTÓRIA

Amanda Corrêa de Lavra Pinto
Carla Beatriz Meinerz
Pedro Henrique Ermida Cruz

Linha de trabalho: Avaliação das próprias aprendizagens
Grupos de trabalho: grupos de estudo ou coletivos de professores; formação inicial; formação continuada
1 CONTEXTO DO RELATO
Este trabalho tem como objetivo apresentar a produção de blogs pelos bolsistas de História envolvidos no PIBID no ano de 2009. Durante o desenvolvimento das atividades nas escolas Dolores Alcaraz Caldas e Pe. Balduíno Rambo, os bolsistas foram motivados a criar cada um o seu blog com o intuito de registrar as atividades realizadas, produzir uma reflexão sobre as mesmas e divulgar as experiências, possibilitando o conhecimento e o diálogo entre bolsistas, professores das escolas envolvidas e os próprios alunos.
2 DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES
Um blog é semelhante a um diário, mas publicado na internet e com livre acesso a todos que desejarem lê-lo.
Cada nova postagem é ordenada de forma cronológica e seus leitores têm a possibilidade de interagir com o autor através da sessão “comentários”. Por ser uma ferramenta simples e bastante intuitiva, não exige conhecimentos de programação tornando possível que qualquer pessoa que saiba acessar a internet possa criar e manter atualizado seu próprio diário virtual.
Todas as configurações de um blog são abertas às alterações do autor e de todos a quem ele autorizar. Pode-se alterar o nome, o endereço, a descrição, a forma de publicação, a periodicidade dos arquivos, a aparência visual da página (seu formato, cores, imagens, etc), e, ainda, acoplar outras mídias e ferramentas. O próprio ambiente estimula a construção de conhecimentos necessários para realizar as alterações desejadas, tornando o usuário autor e organizador do seu próprio espaço. (MANTOVANI, 2006, p.335)
Não existe um número oficial sobre quantos blogs existem na internet. Segundo Gomes:
É possível encontrar milhares de blogs na Internet abrangendo toda a diversidade de temas, dos mais específicos aos mais gerais, criados com objectivos de natureza diversa (lúdica, informativa, política, de intervenção cívica, etc.), sendo encarados pelo seu autor como forma de expressão de natureza íntima e intimista (apesar de num espaço com um público potencial à escala mundial) ou procurando a notoriedade e a máxima divulgação das ideias expostas. Um blog pode ser para o seu autor um simples arquivo de links úteis enriquecido com comentários ou descrições do seu teor. Pode também constituir um registro digital das reflexões e/ou emoções do seu autor ou apresentar-se com um espaço de troca de ideias e confronto de perspectivas, procurando o escrutínio público e incentivando a participação dos “bloggers” que o visitam. (2005, p.312)
Os bolsistas de História criaram blogs na forma de diário de campo acerca de seu tema de trabalho e pesquisa em ensino de História. Os objetivos a serem alcançados eram: registrar o trabalho desenvolvido; refletir sobre sua prática; interagir com os colegas; disponibilizar as produções para todos os que se interessassem sobre a temática; e, decorrido o ano, ter realizado a sistematização de todas as ações.
Nesse sentido cada blog deveria ter como elementos fixos: apresentações pessoal; escola de atuação; modalidade de bolsa (PIBID ou PEAD); apresentação acerca dos objetos de pesquisa; explicitação dos temas de interesse na área do ensino de História; barra de vídeos; links para os blogs dos colegas. As postagens poderiam abranger diversas temáticas como: planejamento, relato e avaliação das atividades desenvolvidas; produção de materiais de ensino de História; relatos da trajetória pessoal; e indicações de leituras ou outras páginas virtuais sobre as temáticas de interesse.
Ao todo foram produzidos nove diferentes blogs sobre diversas temáticas da História. Apresento abaixo os endereços eletrônicos dos mesmos:
http://amanda-historia.blogspot.com/
http://historiaediscussao.wordpress.com/
http://historiaefutebol.blogspot.com/
http://historiandosemparar.wordpress.com/
http://otrompetedahistoria.blogspot.com/
http://umpoucodehistoria.wordpress.com/
http://www.diferentes-historias.blogspot.com/
http://www.ilustrandohistorias.blogspot.com/
http://www.paracontarhistorias.blogspot.com/
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DO RELATO
Ao visitar os blogs produzidos pelos bolsistas de História percebe-se a grande variedade de temáticas e ações desenvolvidas. Cada um, partindo de interesses pessoais e das demandas das escolas, realizou uma série de pesquisas e reflexões. Muitos aprendizados aconteceram nessa trajetória, desde a criação do próprio blog, visto que nenhum dos bolsistas tinha se aventurado anteriormente neste sentido. Mas também ao pesquisarmos imagens, vídeos e uma série de recursos que muitas vezes não são utilizados na sala de aula e podiam ser melhor explorados através dos blogs.
O blog foi uma importante ferramenta para o registro de atividades e reflexão sobre a prática. De outra maneira, muitos dos materiais produzidos estariam guardados e, em breve, esquecidos. Porém, não houve o mesmo sucesso no objetivo de proporcionar a interação entre os colegas. Não que esta não tenha ocorrido, pois através de reuniões semanais e troca constante de e-mails todos sempre opinaram e contribuíram no trabalho dos colegas. Mas a ferramenta dos blogs não foi utilizada neste sentido.
Um projeto que não chegou a ser concretizado, mas contribuiria para propiciar a interação, era a criação de um portal dos blogs de ensino de História. Este portal seria uma página que remeteria a todas as outras, trazendo as últimas postagens e informações sobre o grupo. Este projeto também tornaria as ações mais visíveis e disponibilizaria os materiais produzidos para um maior número de pessoas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a produção de blogs, percebeu-se ser possível ter ferramentas que superem o contato entre os envolvidos nos projetos somente nos momentos de reunião. Toda a riqueza e diversidade de ações desenvolvidas podem contribuir com outros estudantes e educadores. Segundo Gomes (2005, p.313): “A escola e as actividades nela realizadas ficam mais expostas ao escrutínio público, mas também mais próximas das comunidades em que se inserem e abrem-se novas oportunidades para o envolvimento e colaboração de diversos membros dessas comunidades”.
Este pode ser um caminho para pensarmos projetos interdisciplinares nas escolas do PIBID e para criar novas pontes com as escolas, educadores e estudantes.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMES, Maria João. Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica. 2005. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4499/1/Blogs-final.pdf> Acesso em: 8 de março de 2010.


GOMES, Maria João; SILVA, Ana Rita. A blogosfera escolar portuguesa: contributos para o conhecimento do estado da arte. 2006. Disponível em: http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/16_maria_joao_gomes_e_ana_rita_silva_prisma.pdf> Acesso em: 8 de março de 2010.


MANTOVANI, Ana Margô. Blogs na Educação: construindo novos espaços de autoria na prática pedagógica. 2006. Disponível em: http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/18_ana_margo_mantovani_prisma.pdf> Acesso em: 8 de março de 2010.

Extraído de: http://www.blogger.com/feeds/7203533452539840842/posts/default

Um pouco sobre a Independência do Brasil

Estamos próximos das comemorações da Independência do Brasil. Encontrei dois vídeos, com informações bastante interessantes sobre o assunto. Devemos ter uma posição crítica sobre este tipo de fato histórico.
Meus caros leitores, espero que gostem do material visual deste post!


A entrevista concedida do sociólogo Lucio Castelo Branco é muito esclarecedora! Afinal de contas, que independência é esta em que o Brasil teve? Que democracia é a nossa? Todas estas questões devem ser feitas por aqueles que estudam a História. Além de corajosa, propõem-nos uma reflexão sobre a construção histórica da sociedade brasileira. Um país que para ser "livre", teve que pagar muito caro. Isso é ser independente?

35 anos do Museu Hipólito José da Costa

O Museu da Comunicação Hipólito José da Costa comemora 36 anos com diversas atividades com o intuito de impulsionar a renovação da instituição. Assim, no dia 2 de setembro às 19 horas, o Ministério da Cultura, a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre realizam o ato de entrega das obras de restauração do museu, viabilizadas pelo Projeto Monumenta.

Neste mesmo evento, ocorre a inauguração da exposição As faces do olhar, com concepção e execução da arquiteta e designer Luciana Matiello, que aborda a evolução da comunicação através dos tempos; a assinatura de convênios entre a Associação de Amigos do Museu e os novos parceiros; além do lançamento do site www.museudacomunicacao.rs.gov.br.

O mês de setembro oferece ainda outras atrações: o ciclo de cinema A História Gaúcha do século XIX, entre os dias 4 e 25, aos sábados (16 horas), com quatro títulos em longa-metragem realizados no Rio Grande do Sul – com entrada franca; e o curso A obra de Alfred Hitchcook - os filmes, a técnica, o humor, as obsessões e a genialidade do Mestre do Suspense, ministrado por Carlos Primati, entre os dias 13 e 17 (às 19 horas), com inscrições abertas.
Texto extraído de: http://www.adonline.com.br/ad2005/rapidinhas_detalhe.asp?id=29424

Economia africana

A África pode ser o próximo Bric
JIM O'NEILL
A VISITA do presidente sul-africano, Jacob Zuma, à China, na semana passada, compreensivelmente atraiu muitos comentários. Ele sem dúvida está ávido por promover um relacionamento mais estreito com Pequim, já que a China no ano passado se tornou o maior parceiro comercial de seu país.
É diante desse cenário, em que vários países africanos parecem ter escapado aos efeitos mais adversos da crise, que me perguntam cada vez mais se o Bric não merece um "s" no final, para a África do Sul -e se a África como um todo não deve ser vista como dotada do mesmo futuro brilhante reservado aos brasileiros, aos russos, aos indianos e aos chineses que o formam.
Depois que a África do Sul sediou com sucesso a Copa do Mundo de futebol, mais e mais pessoas estão concentrando as atenções nas oportunidades que a África oferece.
O PIB (Produto Interno Bruto) combinado do continente é semelhante ao de Brasil e Rússia e ligeiramente superior ao da Índia.
Além disso, da lista dos "11 próximos" países -apelido que eu e meus colegas demos às nações populosas emergentes que vêm logo abaixo dos Bric em termos de perspectivas promissoras-, dois ficam na África: Egito e Nigéria.
Nesse contexto, e enquanto os dirigentes sul-africanos falam com entusiasmo sobre suas aspirações a uma situação como a dos Bric, decidi considerar mais a fundo o potencial da África para se tornar uma economia parecida com esse grupo.
Se considerarmos a África em termos coletivos, e a considerarmos sob os mesmos padrões que determinam nossos cenários para os Bric, os 11 próximos e as demais grandes economias em 2050, teremos uma economia tão grande quanto a de alguns dos Bric.
Se estudarmos o potencial das 11 maiores economias africanas para os próximos 40 anos (considerando fatores como demografia, mão de obra ativa e produtividade), seu PIB combinado em 2050 pode superar os US$ 13 trilhões, o que as tornaria maiores que o Brasil e a Rússia, mas não que a China ou a Índia.
Um aspecto interessante é que quase metade desse PIB se originaria do Egito e da Nigéria, de modo que o progresso desses países é crucial para o potencial do continente. Entre os 11, a África do Sul tem papel crítico, por ser mais desenvolvida e por servir de certa forma como portal para o sul da África.
A África do Sul, no entanto, não conta com população suficiente -tem só 45 milhões de habitantes- para ser um Bric de modo isolado.
Mas a Nigéria, com 180 milhões ou mais, está perto de abrigar 20% da população africana. Caso aja de maneira correta, sua economia pode superar as de Canadá, Itália e Coreia do Sul em 2050.
Caso a África deseje ser vista como equivalente aos Bric, a tarefa não seria tão difícil como se costuma imaginar. Mantemos um índice de 13 diferentes variáveis que são críticas para o crescimento sustentável e a produtividade. Designamos o método Boletim de Ambiente de Crescimento e estimamos dados anualmente para quase 180 países em todo o mundo.
As notas podem variar de 0 a 10; quanto mais altas, maior a produtividade ou o crescimento sustentável. Dos próximos 11 países, a Coreia do Sul tem nota 7,4, a mais elevada, e nível comparável aos melhores entre os países desenvolvidos. A Nigéria tem 3,5, a segunda mais baixa.
Isso pode parecer ruim, mas a nota das quatro economias do grupo Bric é de apenas 4,9. Para os 11 países africanos, a nota média é de 3,5. A fim de atingir seu potencial em 2050, os países africanos precisam elevar suas notas de maneira significativa. Políticas macroeconômicas estáveis, concentradas em baixa inflação e em evitar dívida pública e externa altas demais, talvez sejam as metas mais simples.
A África do Sul demonstrou ser uma anfitriã digna da Copa. Agora, cabe aos grandes países africanos e aos seus líderes avançar a partir dessa base. Transparência e fomento a um ambiente propício aos negócios são as tarefas em que Zuma e os demais líderes africanos deveriam se concentrar. De outra forma, o sonho de uma África em situação semelhante à dos Bric será apenas isso -um sonho.

JIM O'NEILL é economista-chefe do banco Goldman Sachs e cunhou a sigla "Bric". Este texto foi publicado originalmente no "Financial Times".
Texto: Folha de São Paulo de 29 de agosto de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Crise na ULBRA: capítulo anterior

Para todos que acessem este blog, deixo para relembra-los do horror que nós docentes da ULBRA começamos a passar desde do ano passado, assim como docentes e demais funcionários, a entrevista do ex-reitor Ruben Becker e do atual reitor Marcos Fernando Ziemer. Será que viveremos mais um capítulo de horror? ULBRA, por favor nos dê uma posição sobre estas últimas notícias!!!
Confiram as entrevistas de Ruben Becker Entrevista de Marcos Zieme dadas a Rádio Gaúcha, confira-os no link abaixo:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2480941.htm