quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Onde estão as mulheres?


O papel da mulher na História ainda não está claro nem nos raros livros didáticos que dão espaço a essa discussão

Maria Mostafa


Fonte: Instituto Imersão Latina
A preocupação com a história das mulheres e das relações entre os sexos não é recente na escrita da História. Mas foram as pressões exercidas pelo movimento feminista, principalmente a partir da década de 1970, que marcaram, de forma definitiva, a inclusão da história das mulheres nos meios acadêmicos. No entanto, mesmo sendo uma área já consolidada dentro dos Departamentos de História das universidades brasileiras há algum tempo, é possível notar certa ignorância sobre o assunto nos conteúdos da História ensinada nas escolas, especialmente no ensino fundamental.

Algumas tentativas vêm sendo feitas para aproximar a história produzida nas universidades daquela ensinada na escola. Neste sentido, é relevante a orientação dada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Os PCNs têm como objetivo fundamentar uma base comum para os currículos escolares do país. Nos parâmetros para os ciclos finais do ensino fundamental (da 5ª à 8ª série), a questão da história das mulheres é abordada no volume intitulado “Temas Transversais”. São seis os temas transversais: ética, meio ambiente, orientação sexual, saúde e trabalho, pluralidade cultural e consumo. Contudo, os professores não são muito bem instruídos para lidar com esses temas, nem no seu local de trabalho, nem durante sua formação, inicial ou continuada, e acabam ficando reféns do modo como os livros didáticos incorporam essas orientações.



Os livros didáticos não são mero resultado dos PCNs, pois, como qualquer outro livro, devem ser percebidos como um produto cultural e mercadológico, resultado de diferentes interesses. Assim sendo, o Estado há muito tempo formula estratégias para controlar os conteúdos a serem ensinados – afinal, a educação é um importante meio de controle social.

Em 1985 foi criado o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Mas somente em 1996 o MEC iniciou um programa de avaliação de livros didáticos, estabelecendo critérios próprios, como a adequação aos propósitos dos PCNs, e subordinando a compra de livros didáticos pelo governo, para distribuição na rede pública de ensino, à inscrição no programa e sua avaliação.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/onde-estao-as-mulheres

E-book: As Melhores Listas de História


O professor Michel Goulart idealizador do Blog História Digital lança o E-book: As Melhores Listas de História. Em seu blog, o professor explica que: - Já faz um tempo que pretendia desenvolver uma versão para impressão ou leitura em dispositivos móveis. Neste caso, estamos publicando e disponibilizando, gratuitamente, as 10 listas mais visitadas e/ou comentadas do blog. Algumas são polêmicas, outras são engraçadas, mas todas interessantes e informativas.

Vale a pena conferir este material. Para acessa-lo. Basta clicar neste link: http://www.historiadigital.org/?wpdmact=process&did=Mi5ob3RsaW5r

A Ação Falando de História apóia homenagem às vítimas de Santa Maria. Junte-se a nós!!!



A Ação Falando de História apóia a Homenagem aos jovens de Santa Maria. Segue informações

Ponto de Partida: Arco do Parque da Redenção

Horário: 16 horas

Dia: Domingo, 3 de fevereiro

Objetivo do evento: direcionar energias e pensamentos positivos para as vitimas e familiares dos jovens.

Roupa: camiseta branca

O que levar: Balões BEM COLORIDOS (de preferência presos a cordões)!

Como funcionará: Estaremos concentrados no Arco da Redenção desde as 16 horas de domingo. As 17 horas faremos o pequeno trajeto do Arco ao Espelho da Água, no mesmo parque. Em seguida, ao chegar em torno do Espelho faremos dois círculos, onde daremos as mãos. Lá, faremos um minuto de silêncio e após uma oração. No trajeto cantaremos a música Dias Melhores da banda Jota Quest.

Estamos aguardando confirmação de outros possíveis acontecimentos durante nossa homenagem... Assim que confirmados, comunicaremos por este espaço!

AGUARDAMOS TODOS VOCÊS NO ARCO DA REDENÇÃO ÀS 16 HORAS NO DOMINGO!

Qualquer dúvida, entrar em contato com os organizadores pelo evento! :D

http://www.youtube.com/watch?v=SMFnq4HHrkk (Para quem quiser ouvir a música "Dias Melhores")


Mais informações: https://www.facebook.com/events/530817150281957/

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

30 de janeiro de 1948: Gandhi é assassinado em defesa da paz

Por: Lucyanne Mano


"Nada tenho de novo para ensinar ao mundo. A verdade e a não-violência são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticá-las na escala mais vasta que me é possível. Assim, errei algumas vezes e aprendi com meus erros". Gandhi

O chefe político Mohanda K. Gandhi, 78 anos, foi alvejado em Nova Deli, na Índia, por três tiros disparados por um jovem fanático hindu. Embora socorrido, não resistiu aos ferimentos e faleceu em sua residência.


Outras efemérides de 30 de janeiro
1933: Hitler é nomeado Chanceler alemão
1972: O Domingo Sangrento irlandês



Líder do nacionalismo hindu e profeta da não-violência, Gandhi foi um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano, proclamado independente um ano antes de sua morte. 



Defendendo o pacifismo e a desobediência civil como formas de resistência aos colonizadores ingleses, acabou preso várias vezes, mas nem mesmo as grades o impediam de agir. Sensibilizou a opinião pública com suas greves de fome, cujos boletins médicos atemorizavam a cúpula do governo britânico.


Exemplo de compaixão para o mundo


Recusou-se a tomar parte nas negociações finais pela independência do país, por não concordar com a sua divisão em dois - Índia e Paquistão - a partir da diferença religiosa entre hindus e muçulmanos. Acreditava que seguidores das duas religiões poderiam conviver em paz em um único país.

Uma multidão de todas as castas e crenças, acompanhou o funeral até as margens do Jumma onde realizou-se o ritual de cremação. Na última aparição, o corpo de Gandhi estava envolto no habitual manto branco de algodão, adornado por flores. E seu rosto, descoberto, mantinha a serenidade de sempre. Suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges.

A tragédia mergulhou o mundo em profundo pesar. Passados 60 anos, os ideais de Gandhi pelos direitos de inclusão social e pacifismo mantem-se essenciais para que a convivência pacífica da humanidade prevaleça.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Nota de Luto


Em nome da Ação Falando de História, os  seus integrantes demonstram o seu pesar perante à tragédia ocorrida em 27 de janeiro nas dependências da Boate Kiss em Santa Maria.  Estendemos os nossos sentimentos  de solidariedade  como aos familiares, amigos  envolvidos nesta tragédia.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Hoje na História: chegada de Maurício de Nassau no século XVII



No dia 23 de janeiro de 1637, João Maurício de Nassau chega em Recife, para administrar o chamado Brasil Holandês.

Quando chegou no Recife, Nassau encontrou uma população de cerca de 7 mil pessoas obrigada a conviver nas piores condições de higiene e conforto. Para enfrentar a falta de habitações, iniciou a construção, na Ilha de Antônio Vaz, do que veio a ser chamada de Cidade Maurícia.

Durante a sua administração, Recife tornou-se a cidade mais cosmopolita do continente. Holandeses, franceses, alemães, poloneses que integravam os quadros da Companhia das Índias Ocidentais viajavam para lá. A forte prostituição fez a cidade passar por um terrível surto de sífilis, doença de cidade grande.


Fonte: História Digital Extraido de: http://tinyurl.com/cyh9tjc

Comissão da OEA admite analisar caso Vladimir Herzog

Fonte da imagem: www.santovivo.net 
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) admitiu oficialmente o caso Vladimir Herzog, por meio de um relatório de admissibilidade aprovado em novembro de 2012 e divulgada nesta terça-feira (22). 


Em 2009, a Comissão Interamericana recebeu uma petição em que foi reivindicada a responsabilização internacional do Estado brasileiro pela detenção, tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog ocorrida em dependência do Exército em 25 de outubro de 1975 e a contínua impunidade dos autores devido à  Lei da Anistia.  O Estado alega nas respostas à petição que não há omissão, já que reconheceu sua responsabilidade pela morte de Herzog. 
G1 procurou a assessoria da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) na noite desta terça-feira, mas não localizou quem pudesse falar sobre a decisão da OEA.

Segundo o Instituto Vladimir Herzog, a decisão do órgão da OEA estabelece que não há empecilhos formais ao prosseguimento da denúncia e dá início a uma nova fase para definir quanto à responsabilidade internacional do Estado brasileiro pela tortura e morte do jornalista.

"A Comissão Interamericana enxerga que existem fatos suficientes para admitir essa ação da família contra o Estado brasileiro, pedindo justiça no caso do meu pai. Claro que agora tem de vir uma resposta do Estado brasileiro, mas basicamente, o Estado brasileiro não concordando, se coloca em uma situaçlão de oposição à comunidade internacional e à Organização dos Estados Americanos, da qual o Brasil é signatário", disse Ivo Herzog, filho de Wladimir Herzog e presidente do instituto que leva o nome do pai. 

O caso de Vladimir Herzog foi denunciado à CIDH em 2009 pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional, pela Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos e pelo Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo. Apesar das tentativas em âmbito interno, nenhum dos envolvidos na morte do jornalista foi responsabilizado penalmente pela tortura e morte de Herzog.

De acordo com o Instituto Vladimir Herzog, a decisão de admitir o caso segue a jurisprudência firme do Sistema Interamericano de Direitos Humanos no sentido de que “são inadmissíveis as disposições de anistia, as disposições de prescrição e o estabelecimento de excludentes de responsabilidade” que pretendam obstaculizar a investigação e o julgamento dos perpetradores de graves violações.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Carlo Ginzburg - Fronteiras do Pensamento


Descrição do vídeo: principais momentos da conferência do historiador, antropólogo e professor italiano Carlo Ginzburg no Fronteiras do Pensamento.

Título da conferência: "História na era Google"

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

'Rubens Paiva foi assassinado no Exército', diz membro de comissão



O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles, divulgará em fevereiro ou março um texto de sua autoria segundo o qual há provas documentais de que o deputado federal Rubens Paiva foi morto por agentes da ditadura militar no interior de um prédio do Exército no Rio.

Crítico da ditadura, Paiva desapareceu em janeiro de 1971, aos 41 anos de idade.

A versão oficial que o Exército mantém até hoje é que Paiva fugiu das mãos dos militares no Rio. Papéis que têm vindo a público ao longo dos anos e depoimentos testemunhais, contudo, indicam que Paiva foi morto sob tortura nas mãos do Exército.

Fonteles afirmou ao programa da jornalista Miriam Leitão, no canal GloboNews, e ao portal "iG" que há documentos no Arquivo Nacional que apontam para o assassinato de Paiva no interior do DOI-Codi, um dos principais centros da repressão militar à esquerda na época da ditadura (1964-1985).

O coordenador reconheceu que ainda não há pistas do destino dado ao corpo pelos militares nem os nomes dos autores do crime.

Em novembro, a Folha revelou que documentos entregues à Polícia Civil do Rio Grande do Sul pela família do coronel Júlio Miguel Molinas Dias, morto a tiros quando chegava em sua casa em Porto Alegre (RS), ajudariam a confirmar a morte de Paiva nas mãos da ditadura militar.

Dias comandou o DOI-Codi do Rio no fim da década de 70 e no início dos anos 80. Um dos documentos confirmou que Paiva chegou a dar entrada no DOI-Codi.


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Conheça o Conexão História


O site disponibiliza uma série de livros como Apologia da História de Marc Bloch, clássicos literários como Revolução dos Bichos e 1984 de George Orwell entre outras obras de grande relevância para o estudo da História. Além de livros também possui um acervo de filmes, fotos, vídeos do Youtube entre outros materiais que podem auxiliar também professores. 

Para acessar o  Conexão História basta digitar http://www.conexaohistoria.com.br. Vale a pena conferir também a sua página no Facebook, que é curtida por mais de 4000 mil pessoas 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Conheça a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais — RBHCS



A Revista Brasileira de História & Ciências Sociais — RBHCS — (ISSN 2175-3423) Qualis Capes B1 — A nacional — foi criada para atender a necessidade de maior circulação do conhecimento acadêmico e busca promover o diálogo entre a História & as Ciências Sociais.

Desenvolvida com o apoio de professores das mais distintas Instituições de Ensino Superior do país e do exterior, do Diretório Acadêmico Linho Cânhamo dos Estudantes de História, dos Departamentos de História e Ciências Sociais da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e do Centro de Memória da Amazônia, a RBHCS vem dar oportunidade para o público acadêmico publicar suas descobertas em um espaço com os pareceristas das mais renomadas revistas de História & Ciências Sociais do Brasil e do exterior.

A RBHCS é uma revista eletrônica de periodicidade semestral que busca promover o diálogo mais próximo entre a História & as Ciências Sociais, não objetivando que Historiadores façam trabalhos de Cientistas Sociais, nem o inverso, mas sim que as áreas do conhecimento sejam enriquecidas pelo diálogo oriundo das trocas de conhecimento e experiência.

Este periódico eletrônico possui quatro grandes eixos temáticos: Arqueologia/Antropologia, Historiografia & Teoria Social, Pensamento Social Brasileiro e Reflexões sobre a Antiguidade, a Modernidade e a Contemporaneidade. Possuindo quatro seções para a publicação de trabalhos: Artigos, Resenhas & Transcrições e Dossiê Temático, possuindo também um espaço para publicação de pesquisas em andamento ou já concluídas no Informe de Pesquisas.

Para acessar a revista clique aqui


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Receita de Ano Novo

Por: Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Extraído do site: Pensador.Info