sexta-feira, 7 de junho de 2013

O Príncipe Custódio

Foto: reprodução Porto História PH/Mercado Público: palácio do povo, de Rafael Guimarães.


José Custódio Joaquim de Almeida, o PRÍNCIPE CUSTÓDIO, desembarcou em Porto Alegre em 1901, com quase 70 anos, acompanhado de um séquito que incluia a esposa e oito filhos. Carregava uma história de curandeiro e líder religioso, e sua vida pretérita é envolta em mistério. Seu nome seria Osuanlele Okizi Erupê e seria bancado por uma pensão do governo britânico que ocupara seu país de origem. 

Instalado em um sobrado da rua Lopo Gonçalves, vivia com conforto, passeava de carruagem, falava francês e inglês, recebia a visita das elites de Porto Alegre. Ao mesmo tempo era um “babalorixá”, promovia consultas aos “orixás”, atendia pessoas necessitadas e promovia cultos às divindades em cerimônias que chegavam a durar três dias.
O assentamento do Bará no MERCADO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE é citado como obra do príncipe, assim como sua intervenção na tentativa de cura do câncer de garganta que vitimou Júlio de Castilhos, em 1903. A morte de Custódio, em maio de 1935, ganhou destaque nos jornais e uma multidão compareceu ao funeral.

Fonte: Porto História PH

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