No dia 24 de novembro de 1974, uma descoberta no vale Awash, do centro da Etiópia, lançaria uma nova luz sobre a evolução humana. Uma equipe de paleontólogos, liderada pelo norte-americano Donald Johanson, desenterrou os restos do esqueleto de um Australopithecus afarensis fêmea, um hominídeo bípede. Ela foi nomeada Lucy em homenagem à canção dos Beatles "Lucy in the Sky of Diamonds", que era tocada durante a celebração da descoberta da equipe de escavação. Os pesquisadores desenterraram mais de 200 ossos e fragmentos, o que representa mais de 40% do esqueleto de Lucy. Nenhum fragmento foi encontrado em duplicidade, o que indica que todos os ossos vieram de um único organismo vivo. Após uma reconstrução meticulosa do esqueleto, ficou claro que Lucy era uma mulher idosa e teria cerca de um metro de altura. Ela tinha um cérebro pequeno e, fisicamente, era parecida com um chimpanzé, com uma cabeça pequena saliente, braços longos e pernas curtas. A estrutura dos ossos nas costas e parte inferior do corpo indicam que ela era bípede, a característica de todas as espécies pertencentes aos gêneros Australopithecus e Homo. As tentativas de datar Lucy no momento da descoberta foram inconclusivas. Apenas na década de 1990, por um processo avançado de argônio, que analisou fragmentos de areia em que Lucy foi encontrada, mostrou que ela teria vivido há 3,2 milhões de anos. Desde a descoberta de Lucy, muitos outros exemplos de Australopithecus afarensis foram descobertos, lançando luz sobre o início de hábitos e comportamentos humanos.
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
#hojenahistoria | 24/11/1974| A Descoberta de Lucy
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