quarta-feira, 30 de abril de 2014

Hoje na História: 160 anos da Inauguração da Primeira Estrada de Ferro do Brasil

Origem da imagem: Associação Nacional de Preservação Ferroviária
A Estrada de Ferro Mauá, como é conhecida hoje é, oficialmente denominada Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis, foi a primeira ferrovia a ser estabelecida no Brasil.1 Foi inaugurada em 30 de abril de 1854 em seu trecho inicial, ligando o Porto de Mauá a Fragoso, no Rio de Janeiro, num trecho de 14,5 km. Mais tarde foi prolongada, chegando a 15,19 km. 

Foi construída pelo empreendedor brasileiro Irineu Evangelista de Sousa, o visconde de Mauá. O lançamento da pedra fundamental da E.F. Mauá, em 29 de agosto de 1852 contou com a presença de Dom Pedro II e diversas outras autoridades. 

A Baronesa, a primeira locomotiva do Brasil
 Fonte da imagem: Site Amantes da Ferrovia
O trecho ferroviário seguia da Estação Guia de Pacobaíba (antiga Estação Mauá, a estação recebeu esse nome após ser arrendada pela Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará), no atual município de Magé, até Fragoso, localidade de Inhomirim, também conhecida como Raiz da Serra. A extensão até Raiz da Serra (Vila Inhomirim) se deu em 1856, onde se iniciaria a subida por cremalheira para Petrópolis, e Areal, somente 30 anos mais tarde. Em 1962 o tráfego entre Pacobaíba e Piabetá foi suprimido. Em 1964, foi a vez do trecho de Vila Inhomirim a Três Rios ser desativado. Entretanto, ainda resta um pequeno trecho da primeira ferrovia do Brasil com tráfego de trens (trens de subúrbio operados pela Supervia, em uma extensão de sua linha que termina em Saracuruna) entre Piabetá e Vila Inhomirim. 


Link relacionado:
A Estrada de Ferro - Museu Imperial extraído de: http://www.museuimperial.gov.br/exposicoes-virtuais/3022.html‎

Série Pensadores: Herbert José de Souza (Betinho)


terça-feira, 29 de abril de 2014

Mito da Caverna: Uma reflexão atual

Por Pablo Fabiano Barbosa Carneiro*


O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido em “A República”, no livro VII. Na alegoria narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico.

Platão utilizou a linguagem mítica para mostrar o quanto os cidadãos estavam presos a certas crendices e superstições. Para lembrar, apresento uma forma reelaborada do mito. A história narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos, mas eles não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o mataram.

Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas realidades: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das ideias). O primeiro é o mundo da imperfeição e o segundo encontraria toda a verdade possível para o homem. Assim o ser humano deveria procurar o mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta.

Quando aplicada em sala de aula, tal alegoria resulta em boas reflexões. A tendência é a elaboração de reflexões aplicadas a diversas situações do cotidiano, em que o mundo sensível (a caverna) é comparado às situações como o uso de drogas, manipulação dos meios de comunicação e do sistema capitalista, desrespeito aos direitos humanos, à política, etc. Ao materializar e contextualizar o entendimento desse mito é possível debater sobre o resgate de valores como família, amizade, direitos humanos, solidariedade e honestidade, que podem aparecer como reflexões do mundo ideal.

É perfeitamente possível relacionar a filosofia platônica, sobretudo o mito da caverna, com nossa realidade atual. A partir desta leitura, é possível fazer uma reflexão extremamente proveitosa e resgatar valores de extrema importância para a Filosofia. Além disso, ajuda na formulação do senso crítico e é um ótimo exercício de interpretação de texto. A relevância e atualidade do mito não surpreende: muitas informações denunciam a alienação humana, criam realidades paralelas e alheias. Mas até quando alguns escolherão o fundo da caverna? Será que é uma pré-disposição ao engano ou puro comodismo? O Mito da Caverna é um convite permanente à reflexão.
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*Pablo Fabiano B. Carneiro é professor de Filosofia e História Geral e do Brasil para Ensino Médio. Coautor do livro “Coisas da Filosofia e Fatos Sociais”, Editora Allprint

Documentário Dossiê Jango


Dossiê Jango é um documentário brasileiro de 2013, escrito e dirigido por Paulo Henrique Fontenelle. Ele foi lançado nos cinemas brasileiros em 5 de julho de 2013

Sinopse: João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois do fato, o ex-presidente se refugiou na Argentina, onde morreu em 1976, quando estava planejando voltar ao Brasil. Imediatamente após a morte de João, ele foi enterrado, assim deixando as circunstâncias de sua morte no país vizinho sem muitas explicações até atualmente. Hoje em dia, acredita-se que foi um assassinato premeditado. Dossiê Jango traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Fonte: Wikipédia

sábado, 26 de abril de 2014

Brasil: Uma História Inconveniente


Além das comemorações dos "Brasil 500 anos", esse momento deve ser também, uma oportunidade de reflexão histórica, principalmente por parte de setores que nesses 5 séculos se fortaleceram, em detrimento da maioria da população, ontem indígena, negra-escrava e hoje representada por uma imensa camada de miseráveis e excluídos da "democracia" e do "Estado de Direito".
Uma das principais instituições ao longo de nossa história é a Igreja Católica. Presente no Brasil desde os primórdios do período colonial, a Igreja quase sempre esteve ao lado do poder, quer na Colônia, no Império ou na República. 
Os primeiros representantes da Igreja Católica, os padres jesuítas, chegaram ao Brasil em 1549, com o primeiro Governador Geral, Tomé de Souza, e fundaram o primeiro bispado na cidade de Salvador, então capital da colônia. 
A expansão da Igreja acompanhou a própria expansão da colonização na medida em que, a cada nova Vila fundada, uma capela era erguida.
No entanto, a principal ação dos jesuítas deu-se frente aos indígenas, que deveriam ser catequizados como parte do movimento de Contra Reforma, que seguindo as decisões do Concílio de Trento, procurava expandir o catolicismo para os vários povos de todos os continentes. A ação de catequese junto aos índios foi possível na medida em que a
Igreja de Roma havia chegado a conclusão de que os silvícolas possuíam alma, portanto poderiam ser salvos.
A partir de então, os jesuítas preocuparam-se em levar aos povos indígenas os ensinamentos cristãos e para isso foram organizadas as missões ( ou reduções) onde os indígenas aprendiam a língua portuguesa, os costumes e a moral católica, aprendiam ainda a trabalhar com os instrumentos trazidos pela nova cultura, apresentada como superior e responsável pela desagregação de várias tribos.
A força e influência política dos jesuítas e os interesses no tráfico de escravos negros, fez com que o Estado proibisse a escravidão indígena, permanecendo porém essa possibilidade a partir da "guerra justa", responsável pela escravidão do índio, mesmo que em menor número quando comparado com a escravidão negra.
A presença do jesuíta também teve grande importância nas cidades coloniais, onde as poucas escolas que existiam eram controladas por eles. Dessa forma, os filhos dos fazendeiros eram educados pelos padres e em parte essa situação reproduzia o que ocorria na metrópole, homens que ocupariam cargos públicos, explicando a atitude do Marquês de Pombal em 1759, que expulsou os jesuítas de Portugal e de todas as suas
colônias.
Durante o Primeiro Reinado (governo de D. Pedro I entre 1822 e 1831), a Constituição outorgada de 1824, determinou o catolicismo como religião oficial, ou seja, imposta e controlada pelo Estado, sendo que esta situação foi mantida até a Proclamação da República.
No dia 20 de março o jornal Folha de São Paulo conseguiu uma cópia de um documento guardado sob sigilo pela Igreja Católica no Brasil. Trata-se de uma carta de 21 páginas que circula desde o começo de março entre os bispos que formam o episcopado brasileiro.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Documentário Operação Condor


Sinopse: Condor foi o nome dado à sinistra "Operação Condor", conexão entre as ditaduras do cone sul nos anos 70 entre governos militares sul-americanos e com o apoio da CIA, que culminou com a morte de cerca de 30 mil pessoas nos anos 70. Outros 400 mil foram presos e 4 milhões exilados. Roberto Mader conta essa história através de depoimentos emocionantes e surpreendentes de generais e ativistas políticos, torturadores, vítimas e parentes dos desaparecidos. Condor foi filmado em quatro países e traz um material de arquivo, acompanhado de belas composições de Victor Biglione. Vencedor dos prêmios de Melhor Documentário no Festival do Rio e Prêmio Especial do Júri em Gramado em 2007.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O Descobrimento do Brasil - Filme de Humberto Mauro (1936)


"O Descobrimento do Brasil" é um filme brasileiro de Humberto Mauro, realizado em 1936 com trilha sonora de Heitor Vila-Lobos e agora em domínio público. 
Realizado na forma de documentário, narrado com textos extraídos da Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel I, descreve a chegada da frota portuguesa às costas brasileiras, em 1500.
Para a cena da primeira missa no Brasil, Humberto Mauro tentou reproduzir fielmente o famoso quadro de Victor Meirelles.
"Descobrimento do Brasil" representou o Brasil no Festival de Veneza de 1938. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Fatos Importantes de 21 de abril na História do Brasil


Filme O Triunfo


Descrição: Esse filme mostra o que o professor enfrenta em sala de aula, pois é uma das profissões mais difíceis, pois tem que procurar entender cada ser humano individualmente, pois ninguém é igual a ninguém

Tiradentes - Série "Construtores do Brasil" - TV Câmara


Sinopse do vídeo: Mártir da Independência 

Nasceu em São José Del-Rei (hoje cidade de Tiradentes), em Minas Gerais, no ano de 1746, e morreu em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro (RJ).

Líder da Conjuração Mineira de 1789, o alferes Joaquim José da Silva Xavier passou à história como um precursor idealista e ousado da Independência do Brasil. A Coroa portuguesa mandou executá-lo e esquartejá-lo, além de amaldiçoar seus descendentes.

sábado, 19 de abril de 2014

Documentário Conspirações: A História Secreta de Jesus



Sinopse: Ele curou os doentes, alimentou os famintos e ressuscitou os mortos. Ele realizou milagres e seus seguidores disseram que ele era o Filho de Deus. Três dias depois de sua morte, ele ressuscitou e proclamou a salvação do mundo. Seu nome… Apolônio de Tyana. E ele foi apenas um dos vários pregadores e milagreiros do Século I que competiram com a fama e a admiração das pessoas por Jesus. Quem foram estes “Rivals of Jesus”? Por que surgiram tantos messias na região do mediterrâneo naquela época? E por que a crença em Jesus saiu vitoriosa em relação as seitas similares daquele tempo? Neste episódio, examinaremos o Novo Testemento e os rivais históricos de Jesus para sabermos o que cria um Messias e como nasce uma religião.

Dados do documentário
Titulo Original: The Secret Bible – Rivals of Jesus
Gênero: Documentário
Duração: 45 Minutos
Diretor: National Geographic
Ano de Lançamento: 2011
Tamanho: 556 MB
Formato: MKV
Qualidade de Áudio:10
Qualidade de Vídeo: 10
Idioma: Português

Indígenas: a luta dos povos esquecidos


Existem 305 etnias indígenas no país, que integram uma população com cerca de 897 mil pessoas. Apesar de se reconhecerem como indígenas, nem todas os grupos conseguiram conquistar seu território. Os Guarani Kaiowá, por exemplo, ainda lutam pelo reconhecimento da terra sagrada, o Tekoha.
No Brasil, há 505 terras indígenas reconhecidas -- um total de 12,5% do território. A terra indígena Suruí foi demarcada em 1976, mas os índios só receberam a posse total sete anos depois. Parte do território fica em Mato Grosso e parte em Rondônia. Já se passaram trinta anos e os Suruí (ou Paiter, em tupi-mondé, como preferem ser chamados) ainda lutam para preservar seu território. Nos anos 80, metade da área acabou nas mãos de fazendeiros e empresas.
A principal ação conjunta do governo federal, o Programa de Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas, usou 652,6 milhões de reais no ano passado -- 70% do que havia sido autorizado no orçamento. Desse total, 92% foram para ações de saúde indígena. Sobrou pouco para outras áreas, como fiscalização, projetos sustentáveis e preservação dos conhecimentos.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mensagem de Páscoa


16 de abril de 1984: Diretas já reúne mais de 1 milhão em São Paulo

Por: Lucyanne Mano


No vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, 1 milhão 300 mil pessoas (1 milhão e 500 mil, segundo a Polícia Militar) reuniram-se no último e maior comício realizado no Brasil pela aprovação da emenda Dante de Oliveira, que restabeleceria eleições diretas para Presidente da República imediatamente. O povo reuniu-se às 17h30 na Praça da Sé e começou a dispersar-se cerca de três horas depois.


Além de Franco Montoro, de São Paulo, compareceram à passeata pelo centro da cidade os então governantes do Rio, Leonel Brizola, e de Minas Gerais, Tancredo Neves, os quais passaram momentos de tensão quando ficaram espremidos no meio da multidão. Montoro e Brizola foram vaiados alguns momentos antes de seus discursos. Tancredo Neves, o primeiro a falar, no entanto, foi muito aplaudido quando disse: “Chegou a hora de libertarmos esta pátria desta confusão que se instalou no país há 20 anos” e seguiu defendendo a aprovação da emenda no Congresso, afirmando que os parlamentares que votassem contra ela deveriam se retirar da Casa, já que não representavam mais a vontade do povo.

Em Brasília, o Presidente João Figueiredo, declarou numa reunião com senadores que as eleições diretas não aconteceriam imediatamente (em novembro do mesmo ano, como queria a Emenda Dante de Oliveira). “Não teremos eleições diretas já”, anunciou ele no Palácio do Planalto. 

Apoiado pelos militares, Figueiredo propôs outra emenda, com eleições diretas para a Presidência apenas em 1988, data considerada por ele precoce, mas que ficou estabelecida após um consenso entre membros do governo.

O movimento das “Diretas Já” teve início em 1983, em Pernambuco. Desde março deste ano, o movimento realizou passeatas em todo o país, terminando com a maior de todas, a do dia 16 de abril de 1984. Apesar da grande mobilização popular, a Emenda Dante de Oliveira não foi aprovada. As eleições diretas para escolher o Presidente da República só aconteceram em 1989 – um ano depois do que propusera Figueiredo. O “Diretas Já”, no entanto, garantiu uma grande vitória no ano seguinte de seu último protesto, quando um de seus líderes, Tancredo Neves, foi eleito indiretamente ao mais alto cargo do Executivo, ocupado por militares desde 1964.


Outras efemérides de 16 de abril
1909: O herói sir Ernest Shackleton
1973: Censura reexamina revistas
2007: O esporte brasileiro perde Maria Lenk, a rainha das piscinas

Fonte: Blog Hoje na História. CPDOC/Jornal do Brasil