segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mudanças no Portal Falando de História

Portal Falando de História com nova aparência

Como já havia anunciado, o Portal Falando de História está passando por modificações em sua estrutura. Está sendo reformulada a seção "Downloads" e estão sendo construídas as seções "Entrevistas" e  "Colunas".Até o final de março estas seções estarão funcionando normalmente.
Uma outra mudança que o site está sofrendo é o seu layout. Desde que o sitio foi ativado esta é a mudança de número 10 de sua aparência.
Por isso, é que lançamos a enquete sobre a aparência do site no  Blog Falando de História, com duas opções se os usuários gostaram das alterações ou não. Participe!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Seminários Debates 2011: A Questão Negra em Evidência no Memorial do Rio Grande do Sul

A Questão Indígena no Memorial do Rio Grande do Sul

Volta ás aulas 2011

Mais um ano letivo está aí! Mais uma espectativa de recomeço... Para este momento, lembrei daquela música "Roda Viva" do grande Chico Buarque. Realmente a vida é uma "roda viva", estamos em movimentos circulares e tudo termina e recomeça.
Penso que esta música é excelente para uma reflexão sobre a vida como um todo!

Mais:

Roda Viva

Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
 
Tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente

Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)

Chico Buarque e MPB4 na TV Record



Link relacionado:
Letra e vídeo de Roda Viva (Terra Letras)
Disponível em: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45167/

Exposição "60 Anos de Vida Pública de Leonel Brizola"

No ano de comemoração dos 50 anos da Campanha da Legalidade, o Memorial do Rio Grande do Sul iniciou nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, a exposição “60 anos de vida pública de Leonel Brizola”. A exposição terá entrada franca e ficará aberta ao público até o dia 31 de março, sempre de terças a sábados, das 10 às 18 horas.

Fonte: Memorial do Rio Grande do Sul

Disponível em; http://www.memorial.rs.gov.br/

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mini curso - Segurança em Acervos

Mini curso
SEGURANÇA EM ACERVOS

Datas: 13, 14 e 15 de abril de 2011

Local: Sala Oeste do Santander Cultural (Rua Sete de Setembro 1028, esquina General Câmara – Praça da Alfândega, Porto Alegre)

Horário: 14h às 18h15

Carga horária: 4hs por dia (12 horas)

Vagas limitadas!
Ministrante:
Solange Rocha – Conservadora e restauradora do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), Coordenadora Geral da Política de Preservação de Acervos Institucionais e Coordenadora do Curso de Segurança de Acervos Culturais do MAST.

Ementa
Conceitos de segurança: patrimonial, empresarial e mecânica. Ações preventivas: roubo, furtos, incêndio e vandalismo. Diagnósticos e mapeamento das áreas de risco dos museus. Treinamento e sensibilização dos funcionários. Prevenção e combate a incêndio.
Monitoramento eletrônico. Controle de acesso de público às áreas restritas. Segurança nas áreas expositivas e nas reservas técnicas. A documentação como segurança: inventário, catalogação e registro fotográfico. Segurança das Pessoas.
Laboratório: plano de segurança.

Inscrições:
Valor: R$ 45,00 até 08 de abril de 2011
1 – No Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) – Avenida Independência, 270 Centro Histórico, Porto Alegre;
2 – Depósito bancário – Associação dos Amigos do MUHM, Banco do Brasil Agência 1249-1 C.C 33061-2.
Após 08 de abril R$ 55,00 (havendo vagas)

A ficha de inscrição e demais informações encontram-se no endereço eletrônico www.acervosrs.blogspot.com ou pelo e-mail: gtacervos@gmail.com

Fonte: GT Acervos ANPHU/RS


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A última edição do Repórter Esso no rádio



Observação importante:
- A última transmissão radiofônica do Repórter Esso, teve como locutor  Dalmácio Jordão, pela Radio Globo de São Paulo, em 31 de Dezembro de 1968.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A História da RFFSA

Confram este  excelente documentário que estimula todos que lutam pelo resgate de nossa tão amada Ferrovia brasileira para fins de transporte de passageiro, ou para uso no turismo em curtas distâncias.




Mais:
Um pouco sobre o abandono ferroviário no Brasil - Post do Blog Falando de História : 14/07/2010
Disponível em: http://falando-historia.blogspot.com/2010/07/um-pouco-sobre-o-abandono-ferroviario.html

Afinal, para que serve a História?

No seu primeiro dia de aula, provavelmente na segunda fase do ensino fundamental, um professor de História entrou em sala para discutir a importância do estudo dessa matéria. Tal discussão, sem dúvida, é importante. Afinal, as questões e modos de se investigar o passado nessa nova fase do ensino passam a ser mais complexas e você, enquanto indivíduo em formação, já se mostra tentado a levantar algumas questões mais profundas sobre o que aconteceu no passado.

Sabemos que muitos por aí aprenderam que a História é importante para que não cometamos os mesmos erros do passado, para que tenhamos a oportunidade de organizar o agora e o porvir de modo mais seguro. Sob tal perspectiva, o estudo dos fatos consumados teria um valor estratégico. Em outras palavras, essa ideia sugere que a análise e a crítica do passado determinam o alcance de um futuro livre das mazelas que um dia nos afligiu.

De fato, ao observar esse tipo de uso para o passado, somos tentados a romantizar a História como ferramenta indispensável ao progresso. Contudo, seria mesmo correto dizer que a compreensão do passado garante verdadeiramente uma sociedade ou uma civilização mais aprimorada? Se assim fosse, toda a mazela que a Primeira Guerra Mundial trouxe para a Europa incutiria a “lição” de que uma Segunda Guerra Mundial não deveria acontecer. Mas não foi bem assim que as coisas se deram, não é?

Percebendo esse tipo de incoerência é que temos a chance de intuir que a História não tem essa missão salvadora de alertar ao homem sobre os erros que ele não pode cometer novamente. Na verdade, antes de acreditar que as sociedades e civilizações já cometeram um mesmo equívoco duas vezes, devemos entender que esses homens que são objetos de estudo do passado não pensam, sentem, acreditam ou sonham da mesma forma através dos dias, anos, décadas, séculos e milênios.

Sendo assim, a noção de progresso atribuída à História deve ser abandonada em favor de uma investigação dos valores, das relações sociais, conflitos e outros vestígios que nos mostram a transitoriedade e a mutação dos contextos em que os fatos históricos são consumados. É desse justo modo que passamos a entender que o homem e as sociedades que lutaram e sofreram na Primeira Guerra Mundial não são exatamente os mesmos que surgiram no cenário da Segunda Guerra Mundial.

Feita essa reflexão, não devemos chegar ao ponto de pensar que os contextos e períodos em que a História decorre são radicalmente distintos entre si. De uma época para outra, podemos notar que as sociedades não abandonam seu antigo modo de agir para incorporar uma postura completamente inovadora. Em cada período é necessário reconhecer as continuidades e descontinuidades que mostram a força que o passado possuiu enquanto referencial importante na formação dos indivíduos e das coletividades.
Ao realizar esses apontamentos, não devemos acreditar que o passado não passa de um jogo caótico controlado por jogadores (no caso, os homens) que não sabem definir suas próprias regras. Antes disso, é muito mais interessante notar que esse jogo tem feições múltiplas e que as formas de reconhecer a natureza de suas regras podem se transformar de acordo com a forma que olhamos para o passado.

Sendo assim, a investigação do passado se transforma em um grande debate em que cada interessado tem a oportunidade de mostrar uma riqueza inédita sobre um mesmo tema. Na medida em que isso acontece, não só temos a chance de pensar sobre aquilo que o homem já fez, mas também temos uma maneira curiosa, mesmo que seja pela completa diferença, de debater os nossos valores e questionar o agora com os “olhos” de nossos antepassados.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola

Fonte: Blog Aula de História Virtual

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Morre aos 80 anos o jornalista gaúcho Sérgio Jockymann

Ele estava internado em Campinas (SP) para tratar-se de uma insuficiência renal

Atualizada em 17/02/2011 às 04h30min

Jockymann foi poeta, escritor,
dramaturgo, jornalista e cronista.
Foto publicada no site do Jornal Zero Hiora


Morreu nesta quarta-feira, aos 80 anos, o poeta, escritor, dramaturgo, jornalista e cronista Sérgio Jockymann. Desde novembro, ele estava internado no Hospital da Unicamp, em Campinas (SP), para tratar-se de uma insuficiência renal.

Nascido em Palmeira das Missões em 1930, Jockymann tinha se mudado para a cidade do interior paulista para tratar seus problemas de saúde, que vinham de longa data e já haviam sido explicitados em uma coluna de seu colega no Jornal do Almoço, Paulo Sant'Ana. No texto, publicado em 13 de maio de 2009, Sant'Ana destacava seu quadro de insuficiência renal.

Além de escrever para diversos jornais como Zero Hora, Folha da Tarde e Correio do Povo, Jockymann também foi autor de telenovelas, seriados de TV e peças de teatro. Como político, foi deputado estadual e concorreu à prefeitura de Porto Alegre.

Sérgio Jockymann deixa a esposa, Simone, 70 anos, e cinco filhas, Iria (60 anos), Daphne (58 anos), Heliana (59 anos), Luelin (42 anos) e Karel (38 anos), além de netos e bisnetos.

Algumas obras

Literatura

Poemas em negro (1958)
Vila Velha — volume I (1975)
Vila Velha — volume I (1976)
Clô Dias & Noites (1982)
Sortilégio (2000)

TV

Confissões de Penélope (1969)
A gordinha (1970)
Na Idade do Lobo (1972)
O machão (1974)
O Sheik de Ipanema (1975)
Roda de Fogo (1978)

Fonte: Jornal Zero Hora
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3211571.xml

Encarte do professor: Revista de História da Biblioteca Nacional


A Revista de História da Biblioteca Nacional é uma excelente publicação! Com um visual muito interessante e conteúdo também, a Revista lança  2 encartes para utilizar a publicação em sala de aula.
Confira o post no Blog do Curso de História da UPF (Universidade de Passo Fundo), clique aqui

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

José D Assunção Barros apresenta novidades na Internet

Cabeçalhos dos blogs Construção Social da Cor e Conversas sobre História
O renomado historiador e professor José Costa D Assunção Barros, apresenta mais dois espaços na internet: trata-se  dos blogs Conversas sobre História e a Construção Social da Cor.
Ambos, apresentam textos de sua autoria. O Blog Conversa sobre História é voltado para a temática da pesquisa em História e o Construção Social da Cor, é voltado ao livro "A Construção Social da Cor", publicado pela Editora Vozes. "Pretendemos abrir uma rede de diálogos sobre o livro, disponibilizando trechos do livro e motivando uma discussão sobre as questões abordadas pela obra", explica o Barros.
José D´Assunção Barros terá uma coluna mensal no Portal Falando de História, além de publicar outros textos aqui no Blog Falando de História.
Atualmente, o historiador possui uma página especial no Portal Falando de História sob título "Escrita da História".

Mais:

Outros blogs de José D´Assunção Barros

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Conheça o Blog História Digital


O Blog História Digital surgiu com a intenção de divulgar e discutir tecnologias e metodologias utilizadas na educação e no ensino de História.

Trajetória do Blog

Criado em 15/08/2009, História Digital é um blog que surgiu com a intenção de divulgar e discutir (novas) tecnologias e metodologias utilizadas na educação e no ensino de História, assim como experiências criativas em sala de aula. Este blog faz parte de um projeto iniciado há mais ou menos 4 anos atrás, mas que foi interrompido por problemas pessoais.

Em seis meses de vida, e com um objetivo puramente educacional, o blog tem crescido bastante em número de visitantes, pageviews e relevância. Recentemente, foi referência no Instituto Claro, como um dos melhores blogs educacionais do país. Além disso, foi razão de entrevistas em rádios locais.

Sobre o autor

Michel Goulart é professor, arqueólogo, historiador, músico, cartunista e didata, já trabalhei em algumas das maiores escolas públicas e particulares de Santa Catarina. Começou a lecionar em 2001, sempre preocupado com um ensino caracterizado pela criatividade e inserção de novas tecnologias e metodologias variadas em sala de aula.


Nasceu em Criciúma, em 1978. Em 1996, ainda com 17 anos, foi para o Rio de Janeiro fazer o curso de Arqueologia, onde permaneceu  até os seus 21 anos. Como arqueólogo recém-formado, sem emprego e com a carreira em ruínas voltou para Criciúma onde resolveu tentar uma nova profissão. Em 2001, iniciou no
 curso de História na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). A partir daí, comecei minha carreira de professor, trabalhando em colégios de renome na cidade e no estado, como São Bento, Universitário, SATC e Energia.

Atualmente, está engajado na utilização didática do Iphone e Quadros Digitais nas aulas de História, entre outros projetos.

Confira o Blog História Digital, clique aqui

Saiba mais sobre os 65 anos do primeiro computador eletrônico digital

Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil


Hoje em dia um iPhone na mão de uma criança é um brinquedo manipulado com extrema naturalidade. Quem nasce na era do touch-screen não imagina que está diante de um velhinho que, nesta segunda-feira (14), completa 65 anos de vida: o computador digital. A data marca o lançamento do Eniac (abreviação de Electrical Numerical Integrator and Computer), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, entre 1943 e 1946. A importância do Eniac está em ser o primeiro computador eletrônico digital que calculava em larga escala.

"O Eniac foi o primeiro do tipo desenvolvido nos Estados Unidos em um projeto bem sucedido e predecessor de computadores importantes para a evolução dessas máquinas", afirma Maria Cristina Ferreira de Oliveira, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a professora, o projeto inicial previa o investimento de US$ 150 mil, mas acabou custando US$ 400 mil. "Na época, para criar qualquer máquina era necessário mihões de dólares", conta Maria Cristina.
Computadores e a guerra

Engana-se quem imagina que, na década de 1940, os pesquisadores pensavam em elaborar um computador para uso pessoal. Essas máquinas se desenvolveram significantemente com a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. O Eniac, por exemplo, foi criado para calcular tabelas balísticas. "Os americanos queriam saber como deveriam posicionar seus canhões para certar o alvo. Antes do Eniac, esses cálculos exigiam grande esforço humano, sistematizado e automatizado com o computador e que também reduziu erros", explica a professora.

O Eniac demandava muita mão de obra. Ele ocupava uma sala com 300 m2, tinha 2,5 m de altura e pesava 30 toneladas. Possuía 17.470 válvulas que esquentavam e , por queimarem, sempre tinham que ser substituídas. Ele era programado fisicamente por um painel repleto de plugues e chaves - conforme a posição delas, ele executava uma tarefa.

Os dados eram inseridos por meio de cartões perfurados, sendo que o resultado era apresentado em um painel repleto de luzes, chaves e cabos que acendiam ou apagavam de acordo com a função. Realizava cinco mil operações aritméticas por segundo. De acordo com o Computer History Museum, localizado na Califórnia, Estados Unidos, em uma década esse trambolho fez mais contas do que a humanidade inteira tinha feito até então. "Hoje, qualquer calculadora de engenharia é mais rápida que ele", conta Maria Cristina.

História do computador

No livro "Introdução à Programação com Ada 95", o autor Arthur Vargas Lopes conta que as avós dos computadores eram as máquinas de somar no início do século 17. Em meados de 1800, criou-se uma conhecida como "difference engine" que definiu o conceito de computador digital mecânico controlado por programa, que incorporava uma unidade aritmética, uma unidade de armazenamento, mecanismos para leitura e gravação de cartões perfurados para impressão".

Segundo o museu Computer History Museum, o censo de 1890 nos Estados Unidos, com cerca 63 milhões de habitantes, não teria terminado antes de 1900 se não fosse criada a máquina de tabulação que lia dados gravados em cartões perfurados. Inspirado na ideia, em 1934, o computador Mark 1, projetado na Universidade de Harvard, multiplicava dois números de 23 dígitos em seis segundos - um computador atual faz o mesmo em menos de um segundo.

Depois do Eniac, nasceu o Edvac com memória binária - como são os computadores atualmente -, marcando o aparecimendo dos modernos computadores digitais. O Edvac, diferentemente do antecessor, usava a mesma memória para armazenar dados e programas sem a necessadade de alterações na parte física (espécies de manivelas). Em seguida, veio o Univac, primeiro computador comercial. "Antes, os computadores eram essencialmente usados em ambientes acadêmicos e de pesquisa", explica Maria Cristina. "Países, bancos, grandes coorporações tinham interesse nele, já que fazia cálculos funcionando em diferentes contextos", completa.

A demanda pelo computador crescia em meados de 1950. Na época, os interessados reservavam horas para usá-lo. Até que vieram os mainframes, que poderiam ser comprados por um preço mais acessível, mas deveriam ser mantidos em salas refrigeradas. Para aplicações acadêmicas, foram criados os minicomputadores e, em seguida, os microcomputadores e os computadores pessoais (PCs). Até chegarmos ao que conhecemos hoje. Veja a evolução dos computadores, com fotos do Computer History Museum:












Fonte: Yahoo! Brasil
Disponível em: http://br.noticias.yahoo.com/s/11022011/48/tecnologia-saiba-65-anos-computador-eletronico.html

Livro reúne imagens históricas da MPB

Quem já teve a oportunidade de entrar no camarim de um artista sabe que, às vezes, esse ambiente proporciona momentos tão empolgantes quanto aos que podem ser vistos no palco. Encontros inesperados, abraços, saudações efusivas. Uma parte importante do que aconteceu nos palcos e nos bastidores da música brasileira está no livro Um olhar na música popular brasileira (Aeroplano Editora), da fotógrafa Cristina Granato.

Cristina começou fotografando as apresentações, depois, com muito jeito e respeito, foi “arrombando” as portas dos bastidores de teatros e casas de shows pelo Brasil. Passou a ficar conhecida entre os artistas e, com isso, conseguiu registrar momentos memoráveis, como o selinho da cantora Maria Bethânia no compositor Erasmo Carlos ou Caetano Veloso, de cuecas, trocando de roupa para entrar em cena.



Com tantas fotos em seu arquivo – e ela tem os diretos sobre elas –, Cristina teve que mergulhar em suas pastas para selecionar 360 imagens – cerca de 120 por década – para o livro. Entre os muitos registros, a profissional conta que se surpreendeu ao encontrar uma foto de Chico Buarque e do compositor João do Vale abraçados depois de uma partida de futebol, o esporte preferido de Chico. “Essa foto é emocionante, mostra os dois abraçados, suados, descalços”, diz Cristina, que levou três anos para colocar o livro na praça.

“Os artistas são as estrelas do meu livro. Sou um canal para mostrá-los para o público”, diz Cristina, que também registra outras artes além da música, como teatro, exposições, espetáculos de dança e lançamentos de livros. A fotógrafa conta que artistas como Claudia Gimenez, Regina Duarte, Ana Maria Botafogo cobraram suas fotos. “Mas o livro é só do pessoal da música. Agora estou devendo um do pessoal do teatro. Quero fazer”, diz. Um segundo volume sobre a MPB também seria possível. “Material não falta”, afirma a fotógrafa.


ÉPOCA - Você lembra qual foi o primeiro artista da música que você fotografou?
Cristina Granato - Foi a Maria Bethânia, no show Pássaro da Manhã, em 1977, no Teatro da Praia. Tem muito tempo isso...
ÉPOCA - Demorou para você criar essa relação de intimidade com os artistas?
Cristina – Sim. Foi dia a dia. Estabeleci uma relação de respeito com eles. Cada dia eu fui avançando mais um pouquinho...
ÉPOCA - Tem alguma foto no livro que você pode dizer que foi difícil de fazer?
Cristina – As fotos do livro, em geral, foram planejadas. Foram fotos encomendadas. Um exemplo é a da Cássia Eller (sentada no vaso sanitário). Tínhamos marcado, a ideia já era fotografá-la no banheiro. Por isso, não sei dizer alguma que foi mais fácil ou mais difícil de fazer...
ÉPOCA - A Cássia, apesar de toda a presença que tinha no palco, sempre se declarou uma pessoa muito tímida. Você conseguiu uma foto bem irreverente dela. Como rolou esse registro?
Cristina – Ela realmente era muito tímida. Mas ela sabia em quem podia confiar. Ela já me conhecia, sabia que eu não iria fazer nada de mau gosto. A morte da Cássia foi uma grande perda para a música brasileira.
ÉPOCA – Tem outros artistas que são tímidos?
Cristina – O Chico Buarque. A foto dele sem camisa, ao lado do João do Vale, eu acho especial. Ela é emocionante, mostra os dois abraçados, suados, descalços. Eu gosto das mãos dos dois dados, mostra um carinho entre eles. Foi algo surpreendente para mim, um achado no meu arquivo.
ÉPOCA - Algum artista já ficou bravo ou chateado por alguma foto que você tirou?
Cristina – Teve alguns momentos que eu não fotografei porque achei que eram delicados demais. Percebi que se eu fizesse a foto o artista não iria gostar. Eu tenho algo que aprendi nesses anos todos: saber em qual momento eu posso fotografar. Eu sinto isso, talvez pela experiência. Mas eu costumo lembrar só as horas que foram boas, como o sambista Nelson Sargento fazendo xixi no banheiro e me deixando entrar para fotografar. E não adianta querer “roubar” uma foto de uma situação delicada. Para o meu trabalho, isso não vai dar em nada. Não é importante para mim.
ÉPOCA - Teve alguém que escapou das suas lentes ou que você tem muita vontade de fotografar?
Cristina – Sim, eu lamento não ter fotografado a Elis Regina, apesar de tê-la visto cantar algumas vezes. Lamento também não ter fotografado o Raul Seixas. Mas não se pode querer tudo, né? Fico satisfeita de registros do Gonzagão, Dorival Caymmi, Zé Ketti...
ÉPOCA - Uma de suas “casas” era o Canecão (espaço para shows no Rio de Janeiro). Ficou triste com o fechamento do local?
Cristina – Fiquei muito chateada. Acho que o Canecão, que deu força à carreira de tantos artistas da nossa música, poderia abrir em outro lugar. Esse nome não deveria morrer.
ÉPOCA - Atualmente, os artistas têm uma equipe imensa de assessores, produtores, seguranças. Ficou mais difícil fotografar?
Cristina – No geral, pode até estar. Como eu já tenho muito tempo de profissão, as coisas não estão mais complicadas para mim, não. Em todos os lugares que eu chego para trabalhar, sou muito bem recebida. Claro que uma hora ou outra, um artista novo que não me conhece... Mas isso é uma loucura! Os grandes artistas jamais são indelicados com os profissionais da imprensa, com os fotógrafos. De repente, você está acostumada a lidar com a Fernanda Montenegro, que é um poço de generosidade, e depois chega um novato e já vai te atropelando, sem saber ao menos o que você está fazendo ali. Eu fico “p da vida”, mas deixo para lá. Nesses trinta anos de trabalho, eu já vi tanta gente começando, tanta gente sumindo...
ÉPOCA - O que você acha dessa onda de paparazzi no Brasil?
Cristina – Essa ideia veio para cá com a novela do Gilberto Braga (Celebridades - 2003) e com o acidente da princesa Diana. Mas isso não existe aqui! É uma onda importada, europeia. Lá fora, os paparazzi não são conhecidos. Eles pesquisam a vida das celebridades, fazem a foto, vendem para todos os tabloides e enchem o bolso de dinheiro. Depois disso, ficam mais um tempo sem trabalhar, justamente para não serem reconhecidos. Acho uma maluquice querer fazer isso aqui no Brasil. Vamos correr atrás de quem? Os fotógrafos não ganham para isso, vendem as fotos a preço de banana e estão todos os dias nos mesmos pontos, na praia. Sem falar que esses profissionais acabam ficando queimados no mercado.

Fonte: Revista Época

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Memórias de viagens de D. Pedro II ganham registro da Unesco

A visão do mundo por meio de relatos de um célebre viajante, Dom Pedro II, compõe um conjunto com 871 documentos da Casa Imperial do Brasil, que recebeu no início do mês o Registro Nacional do Comitê do Programa Memória do Mundo, concedido pela Unesco. A nomeação é o primeiro passo para que uma obra possa se tornar Patrimônio Histórico da Humanidade. Para isso, pesquisadores trabalham no Museu Imperial, em Petrópolis, na análise de outros 50 mil documentos deixados pelo monarca, à procura de mais relatos referentes às suas jornadas.


Para se tornar Patrimônio Histórico da Humanidade, a obra deve ter um tema que seja relevante para diferentes partes do mundo. Dom Pedro viajou pelos quatro continentes, em dezenas de países. De cada lugar ele fez um relato minucioso. Por isso, esperamos ser contemplados em 2012 com o título — diz a historiadora Neibe Machado da Costa, responsável pelo arquivo da Casa Imperial do Brasil.

Além dos diários, o conjunto conta com projetos e despesas de viagens, correspondências do imperador, programas de concertos, convites de eventos e jornais da época. Segundo Neibe, Dom Pedro II era um exímio narrador. Bastava um pedaço de papel avulso para que ele fizesse relatos sobre o que estava ocorrendo.

Ele escrevia o dia todo, desde o que estava vestindo até o que ia comer. Na leitura dos diários, é possível visualizar como eram as cidades, as pessoas e os costumes da época. Além disso, ele fazia desenhos da paisagem de onde estava — conta a historiadora.

Depois de concluída a leitura do restante dos documentos, a Casa Imperial do Brasil planeja lançar publicações digitais e convencionais e catálogos educativos. Também está prevista uma grande exposição para 2014.

No ano em que o mundo estará voltado para o Brasil, devido à Copa do Mundo, queremos mostrar um pouco da história do imperador que se voltou para o mundo — conclui Neibe.

Um observador crítico

Viajar era, sem dúvida, uma paixão para Dom Pedro II. Num de seus diários, ele afirma que preferia não ter sido imperador para poder se dedicar mais ao turismo. O trecho diz: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências, e, ocupar posição política, preferiria a de presente da República ou ministro à de imperador. Se ao menos meu pai imperasse ainda estaria eu há 11 anos com assento no Senado e teria viajado pelo mundo.”


Por meio dos 871 documentos já analisados pelas pesquisadoras da Casa Imperial do Brasil, sabe-se que ele passou por países de culturas completamente distintas, como o Canadá, a Rússia, a Turquia, a Alemanha e a Itália.

 Temos documentos de pessoas que influenciaram Dom Pedro a conhecer determinado país. Ele tinha grandes amigos nos EUA, por exemplo. O que queremos é demonstrar as interligações pessoais e diplomáticas do imperador — explica a historiadora Neibe Machado da Costa, responsável pelo arquivo da casa.

Uma de suas viagens mais marcantes ocorreu em 1876, justamente para os EUA, para onde ele foi como convidado de honra para a Exposição Universal, na Filadélfia, Pensilvânia. Foi lá que o imperador conheceu o telefone e se encantou, trazendo-o para o Brasil, que foi o  segundo país a ter a invenção. Como presente aos anfitriões, ele levou um hino feito pelo maestro Carlos Gomes especialmente para os americanos. Em outra correspondência, com Guilherme Capanema, o Barão de Capanema, o imperador pede que ele compre três casas em Viena, na Áustria, onde pretendia montar o Museu da Cultura Brasileira. O projeto acabou não se concretizando.

O Brasil não ficou de fora do roteiro de Dom Pedro II. Ele passou por diversas cidades do país e fez relatos detalhados de como era a vida nesses lugares. Um costume que tinha era o de, em cada município, visitar a Câmara, a cadeia e a escola. Em uma de suas viagens ao Espírito Santo, ele teve contato com os índios puris. Na ocasião, fez um pequeno glossário traduzindo termos do seu dialeto para o português.

Dom Pedro também tinha o costume de relatar passagens engraçadas que vivia ao chegar em lugares diferentes. Na viagem que fez em 1859 à Paraíba, ele diz: “Receberam-me com entusiasmo muito cordial e gritando um — Viva o imperador que não hei de vê-lo mais!. Outro replicou — porque não, já sabe o caminho!”. Em outra passagem, o imperador fala sobre um problema que até hoje afeta Petrópolis: as enchentes. Ele pede que um engenheiro vá até a cidade e descubra a causa do problema.
Os documentos são referentes a 50 anos da vida do imperador. Ainda estamos começando, mas a expectativa é que até 2012 o trabalho esteja concluído para que possamos divulgar essas passagens da vida dessa personalidade da História brasileira — conclui a pesquisadora.

Além dela, a equipe de pesquisa conta com a arquivista Thais Cardoso Martins e a historiadora Alessandra Figueiredo Fraguas.

Siga o Bairros.com no Twitter: @Bairrospontocom.
Extraído do site Bairros.com do Jornal O Globo

Fonte: Site Café História

Agenda: GT Acervos ANPHU/RS



O GT ACERVOS: HISTÓRIA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO da ANPHU/RS informa que a primeira reunião de 2011, será realizada no dia 19 de março no Museu Joaquim José Felizardo (Museu de Porto Alegre), Rua João Alfredo, 582 - Cidade Baixa, Porto Alegre - RS. O encontro está previsto para ser iniciado às 14h e o término ás 16h.

O GT, também divulga relação de eventos:

VI ENCONTRO REGIONAL SUL DE HISTÓRIA ORAL - NARRATIVAS, FRONTEIRAS E IDENTIDADES

Universidade Federal de Pelotas - 24 a 27 de maio de 2011


CURSO DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MÓVEIS E OBJETOS EM MADEIRA

Instrutor: Eduardo de Castro Menna Barreto
Período de realização: abril a julho de 2011
Carga horária: 60 horas/aula = 15 encontros

Fonte GT Acervos ANPHU/RS

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Google homenageia Thomas Edison com doodle especial


O doodle inspirado em Thomas Edison
é interativo

Thomas Edison é hoje homenageado pelo Google , que - como já vem sendo hábito para celebrar efemérides - usou o "doodle" para relembrar o nascimento de um dos pioneiros no desenvolvimento tecnológico e científico.

Thomas Edison (foto) ficou conhecido
por invenções como a lâmpada elética
Onze de fevereiro de 1847 é a data que assinala o nascimento de Thomas Edison, que ficou conhecido por invenções como a lâmpada elétrica incandescente, o cinetógrafo (máquina de filmar), o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio e o microfone a carvão para o telefone.

O Google baseou-se nessas invenções e hoje surpreende os internautas com um "doodle" animado. Passe por cima dele com o rato (mouse) e divirta-se a ver as alterações da imagem.

Fonte: Jornal AEIOU EXPRESSO - Portugal
Disponível em: http://aeiou.expresso.pt/google-homenageia-thomas-edison=f631544
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Não há demanda por uma educação de maior qualidade",

No dia 09 de fevereiro, o economista Gustavo Ioschpe, concedeu uma entrevista a Lasier Martins que me pareceu bastante interessante para uma reflexão. Não concordo com muitos dos seus pontos de vista, mas é preciso ouvir para podermos emitir uma opinião.
Por isso que publicamos o artigo "Mudar os professores ou quem fala sobre eles"  de autoria do Prof. Helcio Mello, como uma forma de protesto contra todos aqueles que não atuam em sala de aula e que emitem opiniões nos meios de comunicação.
Penso ser válido para uma reflexão escutarmos esta entrevista, para um levantamento das nossas opiniões.
Mas uma coisa tem que ser dita. Porquê não há professores que falem sobre educação em colunas especializadas nos grandes jornais, rádios e mídia em geral?

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Sinopse da Entrevista (site Rádio Gaúcha):
Levantamento de ONG revela que a distorção entre a idade dos estudantes e a série que frequentam coloca o Rio Grande do Sul em posições modestas em ranking nacional. O maior obstáculo é o problema da chamada distorção série-idade. Nos colégios públicos, 35% dos alunos não estão na série em que deveriam estar - o que deixa o Estado em 11º lugar no ranking nacional. Na particular, o desempenho é seis vezes melhor, 5,9%, mas, ainda assim, os gaúchos ocupam apenas a 7ª posição na comparação com o mesmo sistema das demais regiões. O especialista em Economia da Educação, Gustavo Ioschpe, diz que a maioria da população está satisfeita com o setor e não há uma demanda por uma educação de maior qualidade. O economista também afirma que um professor da escola particular tem uma missão muito mais fácil do que um de escola da rede pública

Mudar os professores ou quem fala sobre eles

Por Prof. Hélcio Mello

 
Artigo em resposta a artigo de Gustavo Ioschpe publicado pela revista Veja. Tema: educação e os baixos salários dos professores
 

Ao ler o artigo de Gustavo Ioschpe entitulado "Mudar os professores ou mudar de professores" na Veja de 02/06/2010, finalmente constato que vivemos a era dos "homo economicus". Esta era em que o fascinío pelos números do "custo/benefício" econômico supera (e não auxilia ou não se soma a) qualquer outra explicação complexa que utilize variáveis psicológicas, pedagógicas, sociais, históricas, enfim, "humanas". Não desmerecendo a análise econômica (que por si só é incrivelmente complexa) e também não desvinculando a Economia do rol das ciências "humanas" (apesar do desejo dos economistas e visto que - e não nos esqueçamos: a própria matemática é uma linguagem humana para desvendar a realidade, não se confundindo com a própria realidade).

Esforço-me no objetivo de compreender esse processo social não facilmente percebido pelos "peixes de aquário": nós, cidadãos comuns. Processo que se traduz em realidade quando, por exemplo, é escolhida uma economista paulista para cuidar da educação carioca ou quando a revista Veja escolhe um economista filho de banqueiro, graduado e pós-graduado no exterior para redigir sobre educação nacional. Nada contra paulistas! Muito menos, contra economistas milionários! Escrevo um texto livre de preconceitos! Acredito que a secretária pode realizar um bom secretariado. Mais ainda: acredito que alguém que nunca entrou numa sala de aula no Brasil (ou que escreva melhor em inglês que na língua nativa) tem o direito de escrever um artigo para a Veja; e a Veja, de publicá-lo. A busca pela compreensão desse processo levou-me a uma resposta "natural" de tão óbvia, a democracia. Salve a democracia! Um sentimento que me impele a escrever: a esperança que a voz dos professores seja ouvida e publicada também pela mesma Veja, com o mesmo peso e medida do artigo do já referido autor.

Avisto o espectro do "homo economicus". Sintetizando: torna-se triste encontrar artigos na Veja cuja explicação do real baseia-se tão e somente numa análise econômica simplista. Vejamos o argumento do autor: negar a existência da relação entre aprendizagem e a motivação do professorado gerada pelo pagamento de salários dignos. Para isso, baseia-se em somente um documento: uma pesquisa da Unesco publicada no livro O Perfil dos Professores Brasileiros, segundo a qual "apenas 12% se dizem insatisfeitos com a carreira (...), 48% estava mais satisfeita no momento da pesquisa do que no início de sua carreira e só 11% dos entrevistados gostariam de se dedicar a outra profissão no futuro próximo". Assim, conclui que os professores já se encontram satisfeitos e motivados, sem, contudo, alterar o nível estatístico de aprendizagem.

O problema de se lidar com dados, com números, está na coleta e na interpretação deles. Em nenhum momento foi apontado quem são esses professores: do privado, do público, de ambos? De quais Estados? De quais municípios? De quais bairros? Aleatórios? Outra coisa: qual é o conceito de "satisfação" utilizado pelo autor? Puramente econômica? Abrangeria a área pessoal? Quiçá, emotiva? É extremamente vago quanto a isso e conclui a seu bel prazer. Eu, por exemplo, poderia muito bem concluir, com os mesmos dados, que os 48% estão muito satisfeitos por representarem algo de positivo na vida individual do aluno e na vida do todo social e, por isso, não se vêem em outra profissão, como os 11%. E ainda, note bem, o autor usou o mesmo tratamento para duas variáveis distintas; "estar mais satisfeito" (a dos 48%) e "as dos que gostariam de ter outra profissão" (a dos 11%). É possível estar plenamente satisfeito a nível profissional com o ofício e estar infeliz a nível financeiro com o mesmo.

Ainda tenta fundamentar o seu argumento no fato de que "a partir da década de 90, ocorreu um aumento substancial de salário nas regiões mais pobres do país através do Fundef, porém, não houve melhoria na qualidade de educação. De fato, ela piorou: o Saeb, teste do MEC para aferir a qualidade do ensino básico, mostra que em 2007 estávamos pior que em 1995." Porém, um fato omitido ou esquecido pelo autor do artigo é que uma onda, ou melhor, uma verdadeira tsunami de pessoas que estavam abaixo do nível mínimo de dignidade social foi integrada aos projetos sociais dos governos Lula que utilizam o espaço físico e os serviços educacionais das escolas e dos professores públicos. Ou seja, não há meios de se comparar o alunado de 1995 com o de 2007. Foram incorporadas milhões de crianças e adolescentes de famílias das classes D e E com inúmeras, diferentes e incrivelmente mais profundas necessidades sociais que as existentes em 1995, ainda no primeiro ano do primeiro governo FHC. Professores e a escola pública tão e somente não são a panacéia universal para o desespero social. Usar esse argumento para basear a argumentação de que um professor bem remunerado não é um fator importante para melhorar a aprendizagem é uma grande covardia.

Outra grande covardia é o uso na matéria de uma foto de uma aluna dormindo sobre um livro numa sala de aula com a seguinte insinuante legenda: "Quem vai acordá-la?". Posso imaginar uma longa lista de motivos para ela estar dormindo. O professor pode com certeza estar entre esses motivos, mas não é o único, como pretende subjetivamente a matéria. Minha lista pode ir desde o mal-estar, passando pela falta de limites familiares com os horários de sono, o trabalho infantil, a destruição da relação familiar de respeito e atenção, traumas, falta de estrutura física da sala de aula que propicie um aprendizado mais leve e antenado com as novas tendências tecnológicas, etc...

Poderia tecer uma série de outros problemas no artigo. Citarei rapidamente apenas mais dois para, enfim, concluir. O autor, em certo momento, usa de forma errada o conceito de evolução de Charles Darwin, confundindo-o com um conceito mesclado de uma pretensa evolução social rumo a algum tipo de progresso social. Ocorre quando o autor relaciona a evolução biológica do homem (a capacidade de linguagem) com a criação da democracia (uma invenção social). É tolerável que um cidadão de educação média confunda e misture os conceitos de evolução e progresso (coisas tão diferentes quanto feijão e chocolate!), mas vindo de um economista com formação internacional... E o autor não usa essa "mistura"de forma metafórica; usa-a cientificamente. Bem... esse uso conceitual "misturado" não é mais seriamente utilizado no meio acadêmico desde os finais do XIX. É algo que beira o darwinismo social. Uma visão ultra-iluminista da realidade. E ainda, quando afirma que esse tipo de progresso (e aí não dá pra saber se é a capacidade de fala ou a de democracia ou de ambas) se deu através de processos evolutivos, e não revolucionários. O autor deve lembrar que o conceito de evolução de Darwin não necessariamente é positivo para o ser mutante e que as mutações são na verdade "revoluções" sim, visto que tais mutantes se diferenciam dos demais entes da mesma espécie. Uma "revolução" no DNA.

Diagnosticar o segundo problema não requer grande energia intelectual. O economista afirma em seu artigo que: "Centenas de estudos, feitos ao longo de décadas, indicam que existem muitos caminhos baratos ou gratuitos para melhorar o aprendizado de nossas crianças: a prescrição e correção de dever de casa, a utilização de testes constantes para medir a aprendizagem e corrigir erros, o uso de bons livros didáticos, o conhecimento aprofundado do professor sobre a matéria que ensina, a abolição de tarefas mecânicas, como a cópia de material de quadro negro, (...). A existência dessas alternativas nos impõe a obrigação de tentá-las, antes de partir para soluções caras e incertas" (leia-se: maiores salários para professores).

Diagnóstico: o autor nunca entrou numa sala de aula da rede pública com infiltração; mofo; chão alagado; suja; cadeiras, janelas, portas e ventiladores quebrados; elétrica em curto; um calor infernal; bebedouros e banheiros sujos e quebrados; um quadro negro, giz e, talvez uma tv de 20 polegadas com um dvd para uma turma de 40 alunos que receberam e recebem uma educação cotidiana (através do meio familiar, de sua vizinhança e da mídia) que desvaloriza qualquer empreendimento sério na sua educação (no sentido amplo e restrito da palavra), valorizando por vezes a pornografia, a violência e o consumo - vide os filmes da tv e as manchetes dos jornais de massa. O autor nunca entrou nessas nossas salas de aula para averiguar que já procedemos cotidianamente, há décadas, aquilo que ele chama de "muitos caminhos baratos ou gratuitos para melhorar o aprendizado de nossas crianças". O que não ocorre, há décadas, é aquilo que ousou chamar de "soluções caras e incertas" que dignificariam o trabalho do profissional de educação - da merendeira, passando pelo porteiro e chegando ao professor. Vale lembrar que a remuneração total de um professor 20h/aula do Estado do RJ em início de carreira gira em torno de 700 reais e a de um do Município do RJ, em torno de 1300 reais.

Conclusão: Achar que melhorar tão e somente o salário do professor acarretará diretamente a melhoria na aprendizagem é ingenuidade. Culpar unicamente o professor por receber bem e não conseguir ser um "soldado da cidadania" e\ou alterar o quadro de desespero social e aprendizagem é covardia. Culpar o professor, recebendo um salário indigno, por ele não conseguir ser um "soldado da cidadania" pelo simples fato de não se perceber um cidadão pleno, é criminalizá-lo.

Nunca nadar com o "cardume" foi tão solitário como na época do "homo economicus". Ser levado pela correnteza a concordar com as análises econômicas simplistas (maqueadas com o discurso de objetivismo e pragmatismo) não por imposição de um Estado, mas, antes, pelo discurso homogeneizado (conscientemente ou não) da sociedade globalizada de mercado: aquele supostamente democrático, porém, alinhado a interesses produtivos (ou empresariais, como queira) e reproduzido pela grande mídia.

Tenho a intenção de sensibilizar a revista quanto à necessidade de serem mais conseqüentes ao se referirem ao campo da educação. Para tanto apresento a seguir algumas situações que colecionei na minha memória de professor da rede privada e pública com anos de experiência profissional. São situações similares que vivenciei e ainda vivencio na minha trajetória profissional. Os nomes que utilizo no texto abaixo são fictícios.

Enquanto o autor se aquecia em algum café parisiense; enquanto ele entrava em contato com seus frios números, saboreando um croissant de damasco com brie ao enviar seu artigo para a revista, eu encontrava-me no calor da sala de aula convivendo com o calor de meus alunos:

Helena* veio me abraçar, como de costume. Ela não conseguia aprender por não ter ingerido proteína e calorias suficientes pelo cordão umbilical maternal durante a sua gestação em algum canto do Ceará. E depois dela também. Helena teve seu desenvolvimento cerebral comprometido. Ainda assim, poderia aprender, salvo motivo de estar sempre muito cansada devido a sua condição retirante e escrava infantil na casa de sua "tia" carioca.

Senti falta de Brenda* na sala. Ela largou o colégio: estava grávida. Grávida pela segunda vez. Grávida de seu padrasto. Pela segunda vez, seria mãe e irmã de seu filho.

O Diogenes* veio sorrindo me cumprimentar. Gosto dele! Rechochudo, muito carinhoso, carente e com roupas sempre sujas e rasgadas. Ele trabalha: vende picolé na praça. Sustenta a sua família. Sua mãe morreu com Aids. Não chegou a conhecê-la direito. Deve ter vagas lembranças de algum afago. Tem algum grau brando de retardo. Veio contente me dizer que "D" com "A" faz o som de "DÁ". Ele tem 12 anos.

A mãe do Robson* era sempre zoada pelos colegas: "Maluca! Maluca!", ouvia-se. Sua mãe desenvolveu uma patologia psiquiátrica, ou seja, é doida. Fala sozinha, vê vultos escuta vozes, grita e outras coisas comuns aos dementes! Robson foi criado por sua mãe num minúsculo barraco de um cômodo de paredes de papelão e chão de terra batida no alto do morro.Devido à criação e ao contato com o mundo através da mãe, Robson desenvolveu uma patologia social: não é biologicamente doido (segundo o especialista médico), mas comporta-se com tal. Além disso, é analfabeto. Está no 6o ano. Não me pergunte como! Após apartar a briga e acalmá-lo pude retomar a chamada.

Karina* acha que será modelo. Está muito preocupada em ouvir seu MP3 escondido para prestar atenção na aula. O MP3 veio pra escola; já seu caderno, não.

Romenique* - havia tomado seu o boné Nike na aula passada, era tempo de devolvê-lo. Ao procurá-lo no armário e pensando tê-lo perdido, alguns almofadinhas da classe média empobrecida começaram a zoação. Romenique chorou feito bebê. Aquilo me angustiou. Mas, ao encontrá-lo escondido entre os livros, assisti a uma "festinha de cachorro quando chega o dono". Imagino como deve ser acordar num barraco de terra batida, olhar pro boné da Nike e sentir que sou algo nessa vida, que sou alguém.

André* está dormindo sobre o caderno. Anda muito cansado: é explorado como funcionário "fantasma" (sem carteira e direitos trabalhistas) em uma grande rede de supermercados e, à noite, é fogueteiro do tráfico.

Vários tomaram falta, pois o exército de 40 não dava trégua: um barulho infernal - risadas, gargalhadas, xingamentos, gritos. Retomei a chamada rouco, depois de impor ordem. Em vão, agora é no imenso corredor. Algo ocorreu. Uma imensa algazarra. Incontrolável. Uma escola gigantesca sem inspetores. Motivo: não há mais inspetores no quadro do funcionalismo. Argumento da prefeitura:é dever do professor a impor a ordem no seu ambiente de trabalho. Verdadeiro motivo: corte de custos com pessoal ou, no linguajar eufemístico economês, racionalização do sistema produtivo. Dúvida: qual o motivo que leva escolas privadas sérias, cujo objetivo primordial é o lucro, a ter um elevado número de inspetores por unidade escolar?

Tento continuar. Irineide* é inteligente, porém, rebelde. Tem traumas. Faz tratamento psicológico. Foi espancada pelo pai recentemente. Achamos que a mãe encobre um estupro paterno. Irineide faltou, mas sua falta é justificada. Está em isolamento tratando-se de tuberculose. Seu primo morreu recentemente desse mal. A tuberculose afeta principalmente os maus nutridos e ou que vivem em ambientes com péssimas condições de higiene.

Maicon* é magro e cabisbaixo. Mal escuto o seu "Presente!". Ele adotou essa postura passiva depois de assistir seu pai ser humilhado, agredido e preso pela polícia.

Robinho* veio dançar e cantar uma rima de funk pra mim. Ele é descolado. Gosto dele. Bom menino. Porém, está ficando meio violento com os colegas. A mãe diz que é a influência do tráfico: seu barraco fica do lado da boca e ela tem que vigiá-lo, pois, volta e meia, ele foge para ficar com os seus amigos armados. São os seus ídolos do momento. Lembro que o meu era o Homem-Aranha.

Matheus* e tantos outros da classe média empobrecida não têm atenção e acompanhamento familiar. São maneiros, mas preferem a bola ao caderno. Sonham que terão a sorte do Romário. Lembro que eu também preferia a bola ao caderno, mas meus pais me direcionavam e exigiam estudo.

São tantos esses alunos que viram números frios nas mãos desse economista... São tantos professores que viram números frios nas mãos desse economista... E ele ainda afirma em seu artigo que não conhece quem não possa aprender e quem não consiga ensinar.

Convido Gustavo Ioschpe a conhecer-nos verdadeiramente.

Prof. Hélcio

* Nomes fictícios; alunos fictícios. Reproduzo situações similares que coleciono na memória a partir de experiências vividas como professor da rede privada e pública. Situações que são amplamente capazes de ainda ocorrerem no cotidiano escolar.
 
Fonte: Site CMI Brasil
Artigo Disponível em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/06/473635.shtml

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Falando em analfabetismo...

O poeta Mário Quintana afirmou que: "O pior analfabeto é aquele que sabe ler, mas não lê”. Pois hoje no programa Polêmica apresentado pelo jornalista Lauro Quadros na Rádio Gaúcha, o tema da leitura foi o palco das discussões, em cima da seguinte pergunta: "O que é pior: Tiririca, que não sabe ler ou quem sabe, mas não lê?" Penso ser o assunto de grande relevância para a sociedade como um todo, em especial para esta geração que vem depois da minha!
Como professor, vejo diariamente que há muitos alunos, que leêm, mas não conseguem compreender o que está escrito. Pedir uma redação, para muitos é uma coisa de outro mundo.
Certa vez, perguntei numa turma de Ensino Médio, quantos liam livros naquela classe, e a resposta foi somente de 2 alunos num universo de 40 discentes.
Esta é uma realidade dura! Cada vez mais os jovens leem menos!
Para nós, docentes de História é fundamental a leitura, pois como entender os processos históricos sem uma leitura prévia?
E quando falo de leitura, não é somente a decodificação de caracteres, mas também a interpretação de imagens, de músicas e de outras formas de comunicação.
No programa há uma enquete respondida por seus ouvintes, ao qual 21% apontaram que o pior é Tiririca, que não sabe ler  e uma esmagadoora maioria apntou que apior situação é de quem sabe, mas não lê - 79%  isso num universo de 124 pessoas.
Vale ao menos refletirmos sobre esta situação, seja professores e inclusive os discentes do Ensino Fundamental e Médio.
Reflitamos!
Mais:
Confira o programa Polêmica do dia 09/02/2011, clique aqui

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Feliz Aniversário Rádio Gaúcha

Fundada em 08 de fevereiro de 1927, a segunda emissora de rádio mais antiga do Rio Grande do Sul, comera hoje 84 anos. Sua primeira razão social era "Rádio Sociedade Gaúcha", uma sociedade fundada por Alcides Cunha, Carlos Freitas, Leovegildo Velloso, Gabriel Fagundes Portella, Ivo Barbedo, Olavo Ferrão Teixeira e José Baptista Ferreira.
Atualmente pertence ao Grupo RBS, alías é a semente do grupo fundado pelo radialista e jornalista Mauricio Sirotsky Sobrinho.

Junho de 1957

Um desafio coloca-se à frente de Maurício Sobrinho, que do nome artístico omite então o sobrenome Sirotsky. Deixando o posto – muito confortável, diga-se de passagem – de principal animador de auditório na principal rádio do estado, a Farroupilha, ele começa a transição de empregado para patrão.

Arnaldo Ballvé e Maurício Sobrinho
Junto com Arnaldo Ballvé, proprietário das Emissoras Reunidas, um grupo, na época, de 15 estações de rádio do interior gaúcho, Maurício é o nome mais conhecido da nova composição acionária da PRC-2 – Rádio Gaúcha, assumindo ainda o cargo de diretor da emissora. A relação entre os dois começara em 1946, quando Ballvé montou a Rádio Passo Fundo, colocando na gerência Maurício, então um dos locutores da Propaganda Sonora Guarany, o serviço de alto-falantes que funcionava no centro da cidade. Em junho de 1950, criam juntos a Rádio Publicidade, voltada à representação comercial, em Porto Alegre, das Emissoras Reunidas e outras estações do interior do Rio Grande do Sul. Sete anos depois, sem a participação de Ballvé, Maurício Sobrinho, com outros sócios, inaugura a Mercur Publicidade, negociando, em seguida, sua parte na agência em troca de títulos para participar da compra da Gaúcha, até então controlada pela Comercial, Industrial, Representações, Exportações e Importações S.A. (Cirei), que, por sua vez, adquirira a estação dos herdeiros de Arthur Pizzoli. A PRC-2, embora não possua grandes dívidas, fatura pouco mais da metade do que gasta para se manter funcionando. No negócio em que é sócio minoritário, Maurício começa a se transformar no principal empresário do setor de comunicação de massa do Sul do país, à medida em que vai criando a Rede Brasil Sul. Nos primórdios da RBS, mescla esforço, aproveitamento dos recursos existentes, prestígio pessoal e uma certa dose de intuição e ousadia.

No dia 3 de julho, às 21h35, os novos proprietários da Gaúcha anunciam ao microfone da PRC-2 a sua integração às Emissoras Reunidas, formando no futuro, como registram os jornais, “a primeira grande cadeia fixa do Rio Grande do Sul”, o que nunca vai se efetivar. Conforme registro da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, duas semanas depois, no dia 18, uma assembléia dos acionistas da Rádio Sociedade Gaúcha S.A. efetiva a reestruturação societária. Arnaldo Ballvé fica com 51% do negócio, com o restante dividido em três partes iguais entre Frederico Arnaldo Ballvé, Maurício Sobrinho e Nestor Rizzo.

Rádio Gaúcha, embrião do Grupo RBS
Em 1957, Maurício Sobrinho adiquire o restante da Rádio Gaúcha e dando o pontapé inicial do Grupo RBS. que é formado por um conglomerado de empresas de comunicação.
Candido Norberto

A  Gaúcha além de ser a emissora mais antiga do RS é uma rádio  com feitos históricos para o rádio  no estado, como o fato de ter sido reconhecida a primeira emissora do Rio Grande do Sul a transmitir uma Copa do Mundo de Futebol, a Copa de 1950, realizada no Brasil.
Com tudo isso, resta somente dizer "Parabéns Rádio Gaúcha"






Mais:
Retrospectiva dos 84 anos da Rádio Gaúcha

Fonte:
Blog Caros Ouvintes - 80 anos da Rádio Gaúcha. Disponível em: http://www.carosouvintes.org.br/blog/?p=4148
Blog História do Rádio Joseene - História da Rádio Gáucha. Disponível em: http://historiadoradiojoseense.blogspot.com/2010/06/historia-da-radio-gaucha.html
Dóris Fagundes Haussen. Rádio brasileiro: uma história de cultura, política e integração. Disponível em: http://www.pucrs.br/famecos/radiofam/downloads/radio_brasileiro.pdf

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Exposição MHR - Acervo e História


Fonte: Blog Curso de História da UPF
Disponível em: http://historiaupf.blogspot.com/2011/02/exposicao-mhr-acervo-e-historia.html

Documento que teria apressado final da 2ª Guerra é divulgado na Grã-Bretanha

Os nazista acreditavam que mensagens criptografadas
pela máquina Enigma não poderiam ser decodificadas
Um documento mostrando que os nazistas tinham sido enganados por um espião duplo em um momento decisivo da 2ª Guerra Mundial foi divulgado na Grã-Bretanha.

O memorando em alemão, interceptado e decodificado por agentes britânicos, confirmou que os alemães tinham acreditado em informações falsas recebidas de um espião espanhol e haviam concentrado suas tropas na região de Pas de Calais, na França, na expectativa de uma invasão britânica.
Isso permitiu que os britânicos seguissem em frente com a planejada invasão da Normandia, em junho de 1944, confiantes de que milhares de tropas alemãs estariam de prontidão em outro local, incapazes de reagir.
Segundo historiadores, a informação contida no memorando salvou vidas e teria apressado o final da 2ª Guerra.

'Nenhum James Bond'
O documento, publicado em primeira mão pela BBC, revela a importância do papel desempenhado pelos especialistas britânicos que trabalhavam para decodificar mensagens secretas alemãs no famoso centro de Bletchley Park, no condado de Buckinghamshire.
Outra figura de destaque no incrível plano armado pelos britânicos para enganar Hitler nos dramáticos momentos que antecederam a invasão da Normandia foi um espanhol, Juan Pujol Garcia.
Pujol, conhecido pela inteligência britânica como Garbo, um homem de negócios de aparência comum, foi um dos mais eficientes espiões duplos da 2ª Guerra.
"Ele não era nenhum James Bond", disse Amyas Godfrey, especialista do Royal United Services Institute, envolvido em um projeto para disponibilizar digitalmente documentos históricos do arquivo de Bletchley Park.
"Era um baixinho calvo, tedioso e soturno, mas enganou completamente os alemães. Eles achavam que as informações que ele enviava eram absolutamente precisas".
Os nazistas consideravam Pujol - a quem deram o codinome Alaric Arabel - um dos seus mais importantes informantes. Eles acreditavam que o agente comandava uma rede de espiões e enviava informações cruciais para Berlim através de seu homem de confiança em Madrid.
Na verdade, o espanhol trabalhava para os britânicos e quase toda a sua suposta rede de informantes era fictícia.
Para não ser desmascarado, Pujol enviava aos alemães várias informações genuínas. Mas no que se refere à aguardada invasão da França pelos aliados, a coisa era diferente.
Quando se preparavam para o crucial Dia D, o dia em que ocorreria a invasão, os britânicos puseram em ação a Operação Fortitude, um complô para confundir os nazistas sobre o local exato da invasão. Pujol era parte integral dessa operação.

Pistas Falsas
A partir desse momento, o espanhol passou a enviar informações fictícias, levando os alemães a acreditar que ataques críticos ocorreriam, com grande probabilidade, na região costeira de Pas de Calais.
Ele disse também que 75 divisões haviam sido reunidas na Inglaterra antes do Dia D, dando a entender que muitas tropas adicionais deveriam ainda desembarcar na França.
Os alemães acreditaram nas informações. O documento reproduzido pela BBC mostra que os relatos foram transmitidos ao alto comando nazista pelo contato alemão de Pujol.
Como resultado, tropas alemãs foram mantidas na região de Calais à espera dos ataques, impedidas de oferecer suporte na defesa da Normandia.
Tão importante quanto o fato de que tropas alemãs estavam concentradas longe do local da invasão foi o fato de que os britânicos sabiam que os alemães haviam sido enganados.

Enigma

Berlim não sabia que o código de sua máquina Enigma, usada para criptografar comunicados secretos enviadas pelos alemães, havia sido decifrado por especialistas poloneses.
Em Bletchley Park, cerca de dez mil pessoas trabalhavam decifrando as mensagens.
Quando o documento divulgado agora foi decifrado, os aliados tiveram a certeza de que podiam prosseguir com o plano de invasão, já que milhares de tropas alemãs estariam fazendo guarda em Calais.
"O século 20 poderia ter sido muito diferente se não fosse por isto", disse Kelsey Griffin, diretor de operações do museu de Bletchley Park.
"Nós tínhamos um exército de intelectuais desarmados aqui".
Vários documentos estão arquivados no centro, intocados, há muitos anos.
O museu espera que, ao serem publicados na internet, os arquivos ajudem historiadores e público em geral a conhecer outros episódios empolgantes da 2ª Guerra Mundial.

Fonte: BBC Brasil.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

População se une no Egito para evitar destruição do Museu do Cairo

Mesmo assim, saqueadores invadiram o prédio pelo telhado, quebraram objetos, roubaram a lojinha de presentes e danificaram duas múmias.


Em meio aos protestos no Egito, vândalos danificaram parte de um patrimônio da humanidade. E o estrago poderia ter sido bem maior.

O alvo dos manifestantes era o prédio do Partido Nacional Democrático, de Hosni Mubarak, mas quando as chamas aumentaram, a multidão se assustou e a maioria temeu pelo pior.
O Museu do Cairo, que guarda uma das maiores coleções culturais do mundo, estava no caminho do fogo. Dentro dele há cem mil peças. Algumas, consideradas símbolos do Egito.
Do lado de fora, uma cena impressionante: em uma cidade quase sem segurança, os próprios manifestantes se deram os braços para formar uma barreira humana contra a destruição da história.
Mesmo assim, saqueadores conseguiram entrar pela parte de cima do prédio. Eles quebraram objetos, roubaram a lojinha de presentes e danificaram duas múmias que faziam parte da coleção de objetos retirados da tumba de Tutancâmon.
Horas depois, o exército egípcio apareceu para proteger o prédio e as peças históricas. Outros museus também foram invadidos: um próximo ao Canal de Suez e um perto das pirâmides.
Não se sabe ainda o que foi roubado ou destruído.
Os tesouros egípcios da época dos faraós são patrimônio da humanidade porque contam um pouco da história da civilização.
No Egito, surgiram avanços na matemática, engenharia e na escrita, por exemplo. Em Nova York, é possível encontrar uma parte desse tesouro no Museu Metropolitan.
Por tudo isso, especialistas do mundo inteiro ficaram preocupados com o que viram nas imagens registradas no Cairo.
Bob Brier, especialista em múmias, diz que no Museu do Cairo está depositada a história do Egito e que dói ver as peças que pertenceram ao faraó Tutancâmon destruídas
Poderia ter sido pior, não fossem os moradores do Cairo, que se uniram para proteger seus tesouros. Pelo menos eles já fizeram história.

Fonte: Site Jornal Nacional - TV Globo
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/populacao-se-une-no-egito-para-evitar-destruicao-do-museu-do-cairo.html