segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pesquisadores da ULBRA encontram restos fossilizados de dinossauro carnívoro no RS.


Paleontólogos brasileiros divulgaram nesta última quarta-feira, dia 27, a descoberta de um pequeno dinossauro carnívoro no município de São João do Polêsine, encontrado em rochas Triássicas da chamada Formação Santa Maria na região Central do Rio Grande do Sul. Essa descoberta é resultado do projeto ULBRA Paleontologia, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e ao Museu de Ciências Naturais da ULBRA Canoas. Trata-se de dois indivíduos da mesma espécie, um deles menor (provável juvenil) coletado em fevereiro de 2009 e outro, maior, na presente ocasião. A idade geológica estimada desta descoberta é de 228 milhões de anos. Os restos fossilizados pertenceram a um pequeno dinossauro que teria apenas 50 cm (cinquenta centímetros) de altura e aproximadamente 1,3 metros de comprimento, devendo pesar em torno de 8 quilos. O material fóssil está bem preservado e os pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) acreditam que o fóssil represente um novo animal carnívoro que remonta à origem dos dinossauros.

O fóssil foi encontrado em uma expedição acadêmica liderada pelo paleontólogo Dr. Sergio Furtado Cabreira e coletado com o apoio dos paleontólogos Tiago Raugust da UFRGS, Dr. Sérgio Dias da Silva da Unipampa (campus de São Gabriel), biólogos Lúcio Roberto da Silva (ULBRA), André Augusto Brodt e Ana Luiza Ramos Ilha (Unipampa, São Gabriel). A descoberta aconteceu em novembro de 2009, quando uma pequena vértebra foi avistada pelo biólogo André Augusto Brodt, que acompanhava uma expedição de busca liderada por Cabreira. Ao retornar para realizar a coleta do material, os pesquisadores constataram tratar-se de um achado bastante importante. Os paleontólogos Tiago Raugust, Sérgio Dias da Silva e Rodrigo Carrilho (Unisalle, Canoas) consideram o achado extremamente importante porque os fósseis de dinossauros do período Triássico são raríssimos e não existe mais que uma dezena de achados em todo o mundo. Além disso, a maioria destes materiais é muito fragmentária e encontrar um novo fóssil quase que completo pode trazer muitas informações adicionais. O paleontólogo Sérgio Dias da Silva considera que o Rio Grande do Sul, e esta localidade em particular, tem muito a explicar sobre a diversificação inicial do grupo, já que este é o sexto tipo diferente de dinossauro Triássico encontrado no Estado. “Esse achado reforça a idéia de que esse grupo tão diverso e bem sucedido no Jurássico e Cretáceo (períodos geológicos subsequentes ao Triássico) se diversificou em vários grupos, ainda no Triássico, e apenas alguns poucos milhões de anos após o seu surgimento na Terra”, afirma Sérgio.

Fonte: http://www.ulbra.br/noticiasdoensino/2010/01/pesquisadores-da-ulbra-encontram-restos-fossilizados-de-um-novo-dinossauro-carnivoro-na-regiao-central-do-rs/

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A Paleontologia estuda períodos anteriores do surgimento do Homem na Terra. A ciência que estuda o surgimento do Homem e seu desenvolvimento é a arqueologia que analisa juntamente com a História os primeiros tempos da Humanidade, ao qual conhecemos como "Pré-História" !!!!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Curiosidades: Estádio Timbaúva

Quando se fala em futbeol em Porto Alegre, logo vem a lembrança de Grêmio e Internacional, mas como é sabido a capital do Rio Grande do Sul, possui outras agremiações de futebol, como o Porto Alegre (antigo Lami), Sport Clube São José e Sport Clube Cruzeiro. ALguns já extintos como o Americano, Sport Club Nacional (que entrou para a história do futebol gaúcho, ao sofrer as maiores goleadas aplicadas pelos dois principais clubes de Porto Alegre: o Grêmio e o Internacional), Renner entre outros clubes menores.
Mas não podemos de deixar de destacar a atuação do extinto Grêmio Esportivo Força e Luz, que fundado na década de 1920, trocando de denominação no final da décade 1940, se tornando Esporte Clube Corinthians Porto Alegrense. Sua ultima atuação no âmbito profissional se deu em 1972. Construído em 1934, o tradicional estádio da Timbaúva pertenceu inicialmente à Companhia Carris. Foi neste campo que dois craques do Força e Luz despontaram: o ponta-direita Dorval, vendido depois para o Santos de Pelé, onde se sagraria bicampeão do mundo em 1962 e 1963, e Airton Ferreira da Silva, zagueiro que o Grêmio comprou por 50 mil cruzeiros e dez degraus de arquibancadas. Um dos melhores jogadores do Grêmio de todos os tempos, o zagueiro carregou para sempre no apelido de Airton Pavilhão a marca do insólito negócio.

Fontes: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=88002&p_secao=3&di=2008-03-29

Publicações destacam destino dos negros na Alemanha nazista

Pouco se sabe sobre a pequena comunidade negra que viveu na Alemanha
na época do Terceiro Reich. A Deutsche Welle lança um olhar sobre suas
estratégias de sobrevivência durante o regime opressor de Hitler.

Entre 20 mil e 25 mil negros viviam na Alemanha durante o regime
nazista. Quando questionados sobre os negros no Terceiro Reich, os
alemães costumam falar sobre a mostra Afrika Schau. Em seu livro
Hitler's Black Victims (As vítimas negras de Hitler, em tradução
literal), o pesquisador norte-americano Clarence Lusane descreve
Afrika Schau como uma mostra itinerante iniciada em 1936.

Os responsáveis pelo "show" eram Juliette Tipner, cuja mãe era da
Libéria, e seu marido branco, Adolph Hillerkus. O objetivo do
"espetáculo" era mostrar a cultura africana na Alemanha.

Em 1940, a Afrika Schau foi retomada pela SS e por Joseph Goebbels,
que "esperava que isso fosse útil não só para propaganda e fins
ideológicos, mas também como maneira de reunir todos os negros no país
sob um mesmo teto", escreve Lusane. Para seus participantes, a Afrika
Schau tornou-se um meio de sobrevivência na Alemanha nazista.

Para a historiadora norte-americana Tina Campt, cuja pesquisa trata da
diáspora africana na Alemanha, "era possível que os negros nela
envolvidos a usassem para fins não previstos por quem a organizou. Se
por um lado a Afrika Schau desumanizou pessoas, por outro lado, para
os participantes, era uma oportunidade de ganhar dinheiro, como também
um local para se comunicar com outros negros".

Contudo, o show não teve sucesso e foi encerrado em 1941. Além disso,
ele não tinha condições de reunir todos os negros no país sob um
pavilhão, possivelmente porque ele só aceitava negros de pele mais
escura, segundo o estereótipo do que era considerado africano.

Os "bastardos da Renânia"

A maioria dos negros de pele mais clara que vivia na Alemanha durante
o Terceiro Reich era formada por mestiços, e um bom número deles eram
filhos dos soldados franceses negros das tropas de ocupação com
mulheres da Renânia.

A existência dessas crianças é e continua sendo de conhecimento
público, porque elas foram mencionadas no livro Minha Luta, de Hitler.
Na Alemanha nazista, eles foram descritos com o termo depreciativo
"bastardos da Renânia".

A Deutsche Welle conversou com o historiador alemão Reiner Pommerin
para descobrir o que aconteceu com estas crianças. "Publiquei um livro
nos anos 1970 sobre a esterilização dos mestiços. Foram crianças
geradas pelas forças de ocupação – principalmente as francesas",
disse.

Seu livro Esterilização dos bastardos da Renânia. O destino de uma
minoria negra alemã 1918 - 1937 enfoca a esterilização da minoria
negra na Alemanha nazista.

Sem plano de extermínio sistemático

Antes da publicação do livro, em 1979, essa informação era
desconhecida para o público. A esterilização de crianças birraciais
foi realizada secretamente porque violava as leis nazistas de 1938. Os
números exatos permanecem desconhecidos, mas estima-se que 400
crianças mestiças foram esterilizadas – a maioria sem o seu
conhecimento, disse Pommerin.

Hoje, o destino dos "bastardos da Renânia" ainda permanece em grande
parte desconhecido. Essa falta de conhecimento pode estar relacionada
à "falta de interesse público em relação a minorias", crê Pommerin. Já
Campt atribui isso ao sigilo por trás do programa de esterilização e à
natureza da Afrika Schau. "Isso tem a ver com o status do Afrika Schau
como espetáculo. Assim, ele foi criado como um espetáculo visual, que
deveria levar as pessoas a vê-lo como uma exibição", complementou.

Segundo Campt, a principal diferença entre a vivência dos negros e a
de outros grupos no Terceiro Reich é a falta de um plano sistemático
de extermínio nazista. Além disso, devido ao pequeno número de negros
que viviam no país, poucos estão dispostos a reconhecer que vale a
pena discutir sobre o destino dessa população.

Apoio a pesquisadores

Além disso, pesquisadores que trabalham nesta área recebem pouco ou
nenhum apoio na Alemanha. Nos Estados Unidos acontece o contrário. Lá
a pesquisa sobre minorias é bem financiada, devido ao legado do
Movimento pelos Direitos Civis.

"Estudiosos alemães negros que pesquisam há anos não necessariamente
obtêm reconhecimento com base em qualificações, com base em se estão
ou não trabalhando dentro de certo tipo de estrutura acadêmica para o
estudo das culturas de minorias", disse Campt.

Embora a publicação do livro de Pommerin sobre a esterilização dos
"bastardos da Renânia" não tenha recebido muito interesse por parte do
público, ele recebeu certa atenção do setor político alemão. Um membro
do Partido Social Democrata questionou se poderia obter os nomes das
vítimas, para que pudessem ser indenizadas.

Pommerin disse à Deutsche Welle que "(o político) pretendia destinar
para isso mais de 2 mil dólares. Eu sabia onde eles moravam, mas eu
não queria incomodar essas pessoas, porque eu poderia dizer que se
tratava mais de interesse político. E eu podia ver as câmeras de tevê
diante das casas nos lugarejos onde o dinheiro seria entregue. E, de
repente, a grande sensação na vila – aqui está alguém que foi
esterilizado".

Autor: Chiponda Chimbelu (rw)

Revisão: Carlos Albuquerque

© Deutsche Welle

Acesse a matéria em www.guiademidia.com.br indo na Agência de Notícias
alemã DW.Word
Agredeço a indicação do texto a professora Íris Germano
Extraído de: http://www.meionorte.com/edilsonnascimento,publicacoes-destacam-destino-dos-negros-na-alemanha-nazista,114519.html
Publicações destacam destino dos negros na Alemanha nazista

Pouco se sabe sobre a pequena comunidade negra que viveu na Alemanha na época do Terceiro Reich. A Deutsche Welle lança um olhar sobre suas estratégias de sobrevivência durante o regime opressor de Hitler.

Entre 20 mil e 25 mil negros viviam na Alemanha durante o regime nazista. Quando questionados sobre os negros no Terceiro Reich, os alemães costumam falar sobre a mostra Afrika Schau. Em seu livro Hitler's Black Victims (As vítimas negras de Hitler, em tradução literal), o pesquisador norte-americano Clarence Lusane descreve Afrika Schau como uma mostra itinerante iniciada em 1936.
Os responsáveis pelo "show" eram Juliette Tipner, cuja mãe era da Libéria, e seu marido branco, Adolph Hillerkus. O objetivo do "espetáculo" era mostrar a cultura africana na Alemanha.

Em 1940, a Afrika Schau foi retomada pela SS e por Joseph Goebbels,
que "esperava que isso fosse útil não só para propaganda e fins
ideológicos, mas também como maneira de reunir todos os negros no país
sob um mesmo teto", escreve Lusane. Para seus participantes, a Afrika
Schau tornou-se um meio de sobrevivência na Alemanha nazista.

Para a historiadora norte-americana Tina Campt, cuja pesquisa trata da
diáspora africana na Alemanha, "era possível que os negros nel envolvidos a usassem para fins não previstos por quem a organizou. Se por um lado a Afrika Schau desumanizou pessoas, por outro lado, para os participantes, era uma oportunidade de ganhar dinheiro, como também um local para se comunicar com outros negros".

Contudo, o show não teve sucesso e foi encerrado em 1941. Além disso, ele não tinha condições de reunir todos os negros no país sob um pavilhão, possivelmente porque ele só aceitava negros de pele mais escura, segundo o estereótipo do que era considerado africano.

Os "bastardos da Renânia"

A maioria dos negros de pele mais clara que vivia na Alemanha durante o Terceiro Reich era formada por mestiços, e um bom número deles eram filhos dos soldados franceses negros das tropas de ocupação com mulheres da Renânia.

A existência dessas crianças é e continua sendo de conhecimento público, porque elas foram mencionadas no livro Minha Luta, de Hitler.
Na Alemanha nazista, eles foram descritos com o termo depreciativo "bastardos da Renânia".

A Deutsche Welle conversou com o historiador alemão Reiner Pommerin para descobrir o que aconteceu com estas crianças. "Publiquei um livro nos anos 1970 sobre a esterilização dos mestiços. Foram crianças geradas pelas forças de ocupação – principalmente as francesas", disse.

Seu livro Esterilização dos bastardos da Renânia. O destino de uma
minoria negra alemã 1918 - 1937 enfoca a esterilização da minoria negra na Alemanha nazista.

Sem plano de extermínio sistemático

Antes da publicação do livro, em 1979, essa informação era desconhecida para o público. A esterilização de crianças birraciais foi realizada secretamente porque violava as leis nazistas de 1938. Os números exatos permanecem desconhecidos, mas estima-se que 400 crianças mestiças foram esterilizadas – a maioria sem o seu conhecimento, disse Pommerin.

Hoje, o destino dos "bastardos da Renânia" ainda permanece em grande parte desconhecido. Essa falta de conhecimento pode estar relacionada à "falta de interesse público em relação a minorias", crê Pommerin. Já Campt atribui isso ao sigilo por trás do programa de esterilização e à natureza da Afrika Schau. "Isso tem a ver com o status do Afrika Schau como espetáculo. Assim, ele foi criado como um espetáculo visual, que deveria levar as pessoas a vê-lo como uma exibição", complementou.

Segundo Campt, a principal diferença entre a vivência dos negros e a de outros grupos no Terceiro Reich é a falta de um plano sistemático de extermínio nazista. Além disso, devido ao pequeno número de negros
que viviam no país, poucos estão dispostos a reconhecer que vale a pena discutir sobre o destino dessa população.

Apoio a pesquisadores

Além disso, pesquisadores que trabalham nesta área recebem pouco ou nenhum apoio na Alemanha. Nos Estados Unidos acontece o contrário. Lá a pesquisa sobre minorias é bem financiada, devido ao legado do Movimento pelos Direitos Civis.
"Estudiosos alemães negros que pesquisam há anos não necessariamente obtêm reconhecimento com base em qualificações, com base em se estão ou não trabalhando dentro de certo tipo de estrutura acadêmica para o estudo das culturas de minorias", disse Campt.

Embora a publicação do livro de Pommerin sobre a esterilização dos "bastardos da Renânia" não tenha recebido muito interesse por parte do público, ele recebeu certa atenção do setor político alemão. Um membro do Partido Social Democrata questionou se poderia obter os nomes das vítimas, para que pudessem ser indenizadas.

Pommerin disse à Deutsche Welle que "(o político) pretendia destinar para isso mais de 2 mil dólares. Eu sabia onde eles moravam, mas eu não queria incomodar essas pessoas, porque eu poderia dizer que se tratava mais de interesse político. E eu podia ver as câmeras de tevê diante das casas nos lugarejos onde o dinheiro seria entregue. E, de repente, a grande sensação na vila – aqui está alguém que foi
esterilizado".

Autor: Chiponda Chimbelu (rw)

Revisão: Carlos Albuquerque © Deutsche Welle

Agradecimentos pelo texto à professora Íris Germano

Curso Aspectos Gerais do RS

O Memorial do Rio Grande do Sul está divulgando a programação do curso de atualização em cultura gaúcha, módulo: aspectos gerais do RS. As Inscrições abertas estão abertas.
A programação do curso pode ser acessada no seguinte endereço: http://arilson.memorial.sites.uol.com.br/Flyercoloridodefinitivo.pdf
O Certificado de 8 horas R$ 10,00 e para palestra única, valor R$ 2,00.
Fonte: Memorial do Rio Grande do Sul