A trilogia O Tempo e o Vento, do escritor brasileiro Erico Verissimo, é considerada por muitos a obra definitiva do estado do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil. Dividida em O Continente (1949) O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962), o romance representa a história do estado gaúcho, de 1680 até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará.
A obra de Verissimo é importantissíma na análise da História do Rio Grande do Sul, já que a primeira parte de O Tempo e o Vento foi publicada em Porto Alegre no ano de 1949 e narra a formação do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Cambará, Caré e Amaral. O ponto de partida é a chegada de uma mulher grávida na colônia dos jesuítas e índios nas Missões. Esta mulher dará à luz o índio Pedro Missioneiro, que depois de presenciar as lutas de Sepé Tiaraju através de visões e ver os portugueses e espanhóis dizimarem as Missões Jesuíticas, conhecerá Ana Terra, filha dos paulistas de Sorocaba Henriqueta e Maneco Terra, este filho de um tropeiro (Juca Terra) que ficou encantado com o Rio Grande de São Pedro ao atravessá-lo para comerciar mulas na Colônia do Sacramento e obtêm uma sesmaria na região do Rio Pardo.
Ana Terra terá um filho com o índio, chamado Pedro Terra. Logo que seu pai descobre sobre a gravidez, ele manda os irmãos de Ana matarem Pedro Missioneiro. Quando castelhanos invadem a fazenda da família Terra, matam pai e irmãos da moça e a violentam, mas ela conseguira esconder o filho, a cunhada e a sobrinha. Partem para Santa Fé, onde se passará o resto da ação de O Tempo e o Vento. Lá Pedro Terra cresce e tem uma filha, Bibiana Terra, que se apaixonará por um forasteiro, o capitão Rodrigo Cambará. Ana Terra e o capitão Rodrigo são até hoje considerados dois arquetipos da literatura brasileira.
Os sete capítulos de O continente podem ser lidos de diversas formas. Uma delas é a história da formação da elite riograndense, que culminará na Revolução Federalista de 1893/95. As lutas pela terra, as guerras internas (Farroupilha, Federalista) e externas (Guerra do Paraguai, Guerra contra Rosas) marcam definitivamente a vida e a personalidade daqueles gaúchos e ecoam de forma muito forte ainda hoje na identidade do Rio Grande do Sul.
Do ponto de vista histórico-literário, O continente está inserido no chamado Romance de 30, obras de cunha neo-realista que aliam a descrição denunciante do Realismo às investigações psicológicas das personagens e liberdades lingüísticas do narrador, frutos do Modernismo. Assim como O continente, muitas dessas obras são de cunho regionalista.
Os dois volumes de O continente são os mais lidos e conhecidos da trilogia. Parte de seu conteúdo teve adaptações para o cinema e a televisão. O sucesso do personagem Capitão Rodrigo nas telas levou a Editora Globo a publicar em separado o capítulo da obra a ele dedicado, Um certo Capitão Rodrigo.
A obra de Verissimo é importantissíma na análise da História do Rio Grande do Sul, já que a primeira parte de O Tempo e o Vento foi publicada em Porto Alegre no ano de 1949 e narra a formação do Estado do Rio Grande do Sul através das famílias Terra, Cambará, Caré e Amaral. O ponto de partida é a chegada de uma mulher grávida na colônia dos jesuítas e índios nas Missões. Esta mulher dará à luz o índio Pedro Missioneiro, que depois de presenciar as lutas de Sepé Tiaraju através de visões e ver os portugueses e espanhóis dizimarem as Missões Jesuíticas, conhecerá Ana Terra, filha dos paulistas de Sorocaba Henriqueta e Maneco Terra, este filho de um tropeiro (Juca Terra) que ficou encantado com o Rio Grande de São Pedro ao atravessá-lo para comerciar mulas na Colônia do Sacramento e obtêm uma sesmaria na região do Rio Pardo.
Ana Terra terá um filho com o índio, chamado Pedro Terra. Logo que seu pai descobre sobre a gravidez, ele manda os irmãos de Ana matarem Pedro Missioneiro. Quando castelhanos invadem a fazenda da família Terra, matam pai e irmãos da moça e a violentam, mas ela conseguira esconder o filho, a cunhada e a sobrinha. Partem para Santa Fé, onde se passará o resto da ação de O Tempo e o Vento. Lá Pedro Terra cresce e tem uma filha, Bibiana Terra, que se apaixonará por um forasteiro, o capitão Rodrigo Cambará. Ana Terra e o capitão Rodrigo são até hoje considerados dois arquetipos da literatura brasileira.
Os sete capítulos de O continente podem ser lidos de diversas formas. Uma delas é a história da formação da elite riograndense, que culminará na Revolução Federalista de 1893/95. As lutas pela terra, as guerras internas (Farroupilha, Federalista) e externas (Guerra do Paraguai, Guerra contra Rosas) marcam definitivamente a vida e a personalidade daqueles gaúchos e ecoam de forma muito forte ainda hoje na identidade do Rio Grande do Sul.
Do ponto de vista histórico-literário, O continente está inserido no chamado Romance de 30, obras de cunha neo-realista que aliam a descrição denunciante do Realismo às investigações psicológicas das personagens e liberdades lingüísticas do narrador, frutos do Modernismo. Assim como O continente, muitas dessas obras são de cunho regionalista.
Os dois volumes de O continente são os mais lidos e conhecidos da trilogia. Parte de seu conteúdo teve adaptações para o cinema e a televisão. O sucesso do personagem Capitão Rodrigo nas telas levou a Editora Globo a publicar em separado o capítulo da obra a ele dedicado, Um certo Capitão Rodrigo.
Fonte: Wikipédia
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