Leonardo da Vinci, grande pintor da Renascença, que morreu em 2 de maio de 1519, aos 67 anos, teve uma enorme influência sobre a história da arte. Seu estilo e suas contribuições à iconografia marcaram uma guinada na pintura por conta de sua técnica do sfumato – técnica em que sucessivas camadas de cor são misturadas de forma a passar ao olho humano a sensação de profundidade, forma e volume.
Gênio de múltiplos talentos – desenho, pintura, escultura, arquitetura e urbanismo – o autor de Última Ceia e Mona Lisa, pressentiu igualmente diversas invenções, como o avião, o paraquedas ou o submarino, e se interessou pela concepção de máquinas de guerra, a botânica, a geologia, a anatomia e a hidráulica.
Mona Lisa, ou Gioconda, sua obra mais famosa. Reprodução Opera Mundi |
Filho ilegítimo de um notário e de uma jovem camponesa, Leonardo veio à luz do dia em 15 de abril de 1452 em Vinci, uma pequena cidade a 30 km de Florença. Aprende com o mestre Verrocchio, a partir de 1470, o desenho, a pintura, a matemática, a perspectiva, a escultura, a arquitetura.
Em 1472, torna-se membro da corporação dos pintores de Florença. Pinta seu primeiro quadro, A Madona com um Cravo (Neue Pinakothek, Munique) em 1476, último ano que passa no ateliê de Verrocchio.
Inicia sua carreira solo pintando retratos e cenas religiosas a pedido de nobres e mosteiros da região. Pinta, em 1481, A Adoração dos Magos para Laurêncio de Médicis, o Magnífico. Da Vinci busca então um mecenas para cobrir suas necessidades. Soube que o Duque de Milão, Ludovico Sforza, desejava erigir uma estátua equestre em homenagem ao seu pai. Parte para lá em 1482 e se dedica à criação dessa obra por 16 anos. Construiu um modelo, mas, por falta de bronze, não pôde concretizá-la.
Jesus e seus apóstolos em "A Última Ceia". Reprodução Opera Mundi |
Já designado “Mestre das Artes” pelo duque, pinta a Última Ceia sobre o muro do refeitório do convento Santa Maria das Graças. O retrato de Cecília Gallerani, a amante do duque, A Dama com o Arminho (Museu de Cracóvia) e A Virgem aos Rochedos (Museu do Louvre) são as telas do final de seu período milanês. A queda de Sforza leva Da Vinci a deixar Milão. Viaja a Veneza e depois a Mântua, onde pinta o perfil da Duquesa Isabel d’Este (Museu do Louvre). É nessa época que pinta seu mais célebre quadro: o retrato de Mona Lisa ou A Gioconda.
Da Vinci muda-se para Roma em 1513 antes de partir para a França três anos mais tarde. Francisco I instala o grande mestre no castelo de Cloux, perto de Amboise e o nomeia "primeiro pintor, engenheiro e arquiteto do rei".
Após sua morte, é enterrado na capela Santo Humberto, na muralha do Castelo de Amboise. Artista em permanente ebulição, deixou numerosas obras inacabadas. Sobre a pintura, costumava dizer: “O bom pintor tem essencialmente duas coisas a representar: o personagem e seu estado d’alma”
Fonte: Opera Mundi. Disponível em: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/11606/hoje+na+historia+1519++morre+leonardo+da+vinci+muito+mais+do+que+um+pintor.shtml
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