Por Camila Petroni*
"Quando Walter Benjamin se matou, aos 48 anos, em [27 de] setembro de 1940, fugindo da polícia francesa do regime de Vichy (pró-Hitler) e barrado na fronteira com a Espanha pela polícia franquista, vivia exilado e desempregado em Paris. Sem jamais ter conseguido um posto de professor na universidade, mantinha-se como crítico literário, com um pequeno auxílio do Instituto de Pesquisa Social, embrião da escola de Frankfurt.
Fonte da Imagem: Site Artecontexto |
Havia publicado poucos livros, alguns artigos, várias resenhas, mas as portas se fechavam cada vez mais para ele em razão de sua origem judaica alemã. Era conhecido num pequeno círculo de amigos, em sua maioria escritores que fugiram do nazismo: Brecht, Adorno, Scholem, e, em Paris, também Bataille e Klossovski.
Quando, em compensação, Benjamin caiu em domínio público, 70 anos mais tarde, sua fama não cessava de crescer. Por mais justificado que seja, tal fenômeno deve nos deixar desconfiados. Teria Benjamin se transformado em mais um "bem cultural", um "Kulturgut", isto é, uma mercadoria cultural, cujo valor de fetiche ele não se cansou de denunciar?"
Trecho de artigo de Jeanne Marie Gagnebin, intitulado "Walter Benjamin na era da reprodutibilidade técnica", publicado em 2012 (para acessar, é preciso fazer um rápido cadastro): http://www1.folha.uol.com.br/ ilustrissima/ 1164782-walter-benjamin-na-era- da-reprodutibilidade-tecnica.s html
* Integrante da Equipe Historia E Historiografia Brasil
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