O Museu de Percurso do Negro é um projeto que se desenvolveu a partir das reivindicações da comunidade negra de Porto Alegre, onde sua falta de representatividade no patrimônio cultural remete à invisibilidade social desta parcela da população. A proposta do projeto é estabelecer, no centro histórico da cidade, visualização e fruição de espaços marcantes para a etnia negra do ponto de vista da memória, da identidade e da cidadania, gerando percursos através da construção de marcos esculturais. Os marcos referendam a passagem dos ancestrais por lugares territorializados. Os percursos são acompanhados por jovens monitores, capacitados em oficinas com eixos temáticos que enfatizam a cultura negra. A primeira etapa do Museu de Percurso do Negro faz parte do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura (MINC), que é executado com recursos da União, de estados e de municípios, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e cooperação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da UNESCO. Seu conceito é inovador. Busca a sustentabilidade dos sítios históricos, motivando seus usos econômico, cultural e social. São estimuladas atividades econômicas associadas aos centros históricos, fortalecendo as estruturas turísticas locais. Simultaneamente, incentiva municípios e estados a colaborarem na captação de novos financiamentos e a cultivarem na sociedade uma postura de zelo com os bens históricos e culturais.
Nesta 56ª , o Museu convida a comunidade para prestigiar o lançamento do livro "Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre". (ver convite abaixo)
Para conhecer mais sobre o Museu, basta acessar o seu blog: http://percursodonegro.blogspot.com/
Texto: Postagem Blog do Percurso do Negro em Porto Alegre publicado em novembro de 2010.
Muito boa essa iniciativa. Já estou farto de ver a produção de ações que somente mostram italianos e alemães como fundadores da cultura brasileira. Falam tanto em Holocausto Judeu, mas pouco se ouve a respeito do Genocídio Africano desde que o Ocidente decidiu conquistar o mundo a partir do século XIV. Sem falar dos milhares de palestinos que morrem diariamente em Jerusalem contra a ocupação israelense. Sou contra qualquer tipo de violência, mas, às vezes, aos povos oprimidos essa é a única alternativa de luta pela sobrevivência.
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