domingo, 15 de abril de 2012

1912 - A viagem sem fim do Titanic

Por Lucyanne Mano
Reprodução Blog Hoje na História
CPDOC/Jornal do Brasil
"Titanic,
cidade flutuante
que se submerge.
O perigo estava
sob o mistério negro
da névoa:
o iceberg.

Netuno,
tomado de
féro ciúme,
abalroa
um colosso
contra
outro colosso".
Jornal do Brasil





Na madrugada fria de uma segunda-feira, o Titanic, maior e mais luxuoso transatlântico até então construído, naufragou nas águas geladas do Atlântico Norte, na sua viagem inaugural iniciada cinco dias antes, quando partira do Porto inglês de Southampton.

O drama dos 2.208 passageiros começou instantes antes da meia-noite, quando o navio colidiu com um gigantesco iceberg. Após receber o pedido de socorro expedido pelo imponente Titanic, o navio Carpanthia, único a chegar a tempo de prestar socorro às vítimas, resgatou pouco mais de 700 pessoas com vida. Os demais passageiros e tripulantes, ou morreram durante a tentativa de abandonar o navio, ou foram sugados juntamente com o mesmo, engolido pelo mar, após formar um ângulo de 90º com a superfície da água e partir-se ao meio.

Peritos em acidentes marítimos apontaram falha humana e responsabilizaram o capitão Smith pelo desastre. Ambicionando encurtar o trajeto e quebrar o recorde de tempo da travessia do Atlântico Norte, o comandante fez o barco navegar em velocidade acima da recomendada numa região repleta de icebergs. A chegada do navio em Nova York estava prevista para o dia seguinte ao da catástrofe. A tragédia ocupou as páginas dos jornais de todo o mundo. Circularam as mais fantasiosas versões dos acontecimentos, uma vez que a apuração dos fatos ficou restrita aos relatos dos sobreviventes. Somente a partir dos anos 80, após uma primeira equipe mergulhar até os destroços do Titanic, foi possível apurar detalhes técnicos do naufrágio.

As lições da sinistra experiência

Reprodução Blog Hoje na História  CPDOC/Jornal do Brasil
Durante a lenta agonia, o desespero dos passageiros foi agravado ao se constatar que o mais ousado projeto da engenharia naval da época menosprezara todas as questões de segurança: não havia equipamentos salva-vidas nem botes suficientes para todos a bordo.

A partir desta tragédia, e para evitar a retração na indústria do transporte marítimo as normas de segurança foram reforçadas com a obrigatoriedade de os navios manterem os sistemas de comunicação funcionamento contínuo, e comportarem equipamentos de resgate suficientes para todos os passageiros e tripulantes.

Fonte: Blog Hoje na História CPDOC/Jornal do Brasil. Disponível em: http://jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=8049

2 comentários:

  1. A grandeza, a superioridade e o poder de criação do ser humano pareciam ser infalíveis. Só pareciam...

    Além de representar a capacidade humana, a construção do navio desafiava a força Divina. Porém, o que parecia ser improvável, ou até impossível, aconteceu, e talvez seja por essa frustração que o naufrágio do Titanic é tão marcante. Bela postagem companheiro.

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  2. Obrigado pelo comentário. Realmente o Titanic representou um marco para o Séc. XX e sua frustação uma lição a Sociedade Ocidental

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