Por Simoni Helfer, vulgo Gordeenha.
A história do rádio no Rio Grande do Sul começa em 1924, quando um grupo de radioamadores trouxe a Porto Alegre um aparelho transmissor feito na capital Argentina, Buenos Aires, inaugurando assim a primeira rádio sul-rio-grandense, que recebeu o nome de Rádio Sociedade Riograndense.
A Rádio Sociedade Rio-Grandense foi desenvolvida nos mesmos padrões da primeira rádio brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada um ano antes em 1923 e criada por Roquette Pinto, o “pai da radiodifusão brasileira”. A rádio que funciona até hoje, foi doada por seu fundador ao Governo Federal (mais precisamente ao Ministério da Música, Educação e Cultura) e alterou seu nome para Rádio MEC.
Já a Rádio Sociedade Riograndense não existe mais, acabou em um breve período de tempo, encerrou suas atividades com pouco menos de dois anos de vida, pois não conseguiu se sustentar por meio das mensalidades de seus associados.
Algum tempo depois, em 1925, surge a primeira emissora baseada com moldes comerciais: a Rádio Pelotense, sediada na cidade de Pelotas. Sua programação era inspirada nas transmissões das rádios argentinas, pois aqui se ouvia muito o que era transmitido nas rádios da nossa vizinha Argentina. “É uma questão que herdamos da vizinhança. Ao longo das décadas de 20 e 40, ouvimos muito as emissoras argentinas. Hoje, o rádio argentino já não tem a mesma qualidade, mas durante muito tempo foi referência, e isso certamente nos influenciou” afirma Armindo Antônio Ranzolin, director-geral da Rádio Gaúcha.
No início foi difícil a implantação do rádio como meio de comunicação, pois havia poucas pessoas que dispunham de um aparelho radiofônico, assim alguns donos de emissoras decidiram alugar rádios receptores. As famílias então pagavam um valor mensal e tinha acesso à programação através dos aparelhos alugados. Foi a partir disso que o negócio começou a criar forma.
A Rádio Pelotense, ainda em funcionamento, é considerada, portanto, a mais antiga emissora de rádio comercial do Rio Grande do Sul.
Podemos destacar ainda a Rádio Gaúcha, fundada em 1927, e a Rádio Guaíba criada em 1957. Ambas são referência para o restante das emissoras do Brasil. Um exemplo é na transmissão de jogos futebolísticos, onde os narradores fazem o duplex, que consiste em transmitir dois jogos de futebol ao mesmo tempo. O caso mais conhecido é quando a dupla Grenal joga no mesmo dia e horário.
Concluindo, podemos afirmar que o modo de operar das rádios gaúchas é diferente, traz consigo um modo só nosso de fazer rádio. De acordo com radialista da Band AM e presidente da Associação de Cronistas Desportivos Gaúchos, João Garcia “o nosso radiojornalismo é de opinião. O de São Paulo também tem opinião, mas tem muito mais informação, enquanto o rádio do Rio é informativo. Mas o tipo de rádio que nós fazemos é realmente único. Se a gente observar, a maioria das nossas entrevistas é ao vivo, e as intervenções dos repórteres são rápidas. Em emissoras do Rio e de São Paulo é diferente: há muita entrevista gravada. Essa é uma característica que distingue o nosso rádio, além do forte viés investigativo”.
Em questão de rádio não somos nem piores, nem melhores, apenas singulares.
Referencial
A rádio no Rio Grande do Sul, disponível em http://www.aminharadio.com/
Rádio MEC, disponível em lhttp://pt.wikipedia.org/wiki/radio_MEC
A história do rádio no Rio Grande do Sul começa em 1924, quando um grupo de radioamadores trouxe a Porto Alegre um aparelho transmissor feito na capital Argentina, Buenos Aires, inaugurando assim a primeira rádio sul-rio-grandense, que recebeu o nome de Rádio Sociedade Riograndense.
A Rádio Sociedade Rio-Grandense foi desenvolvida nos mesmos padrões da primeira rádio brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada um ano antes em 1923 e criada por Roquette Pinto, o “pai da radiodifusão brasileira”. A rádio que funciona até hoje, foi doada por seu fundador ao Governo Federal (mais precisamente ao Ministério da Música, Educação e Cultura) e alterou seu nome para Rádio MEC.
Já a Rádio Sociedade Riograndense não existe mais, acabou em um breve período de tempo, encerrou suas atividades com pouco menos de dois anos de vida, pois não conseguiu se sustentar por meio das mensalidades de seus associados.
Algum tempo depois, em 1925, surge a primeira emissora baseada com moldes comerciais: a Rádio Pelotense, sediada na cidade de Pelotas. Sua programação era inspirada nas transmissões das rádios argentinas, pois aqui se ouvia muito o que era transmitido nas rádios da nossa vizinha Argentina. “É uma questão que herdamos da vizinhança. Ao longo das décadas de 20 e 40, ouvimos muito as emissoras argentinas. Hoje, o rádio argentino já não tem a mesma qualidade, mas durante muito tempo foi referência, e isso certamente nos influenciou” afirma Armindo Antônio Ranzolin, director-geral da Rádio Gaúcha.
No início foi difícil a implantação do rádio como meio de comunicação, pois havia poucas pessoas que dispunham de um aparelho radiofônico, assim alguns donos de emissoras decidiram alugar rádios receptores. As famílias então pagavam um valor mensal e tinha acesso à programação através dos aparelhos alugados. Foi a partir disso que o negócio começou a criar forma.
A Rádio Pelotense, ainda em funcionamento, é considerada, portanto, a mais antiga emissora de rádio comercial do Rio Grande do Sul.
Podemos destacar ainda a Rádio Gaúcha, fundada em 1927, e a Rádio Guaíba criada em 1957. Ambas são referência para o restante das emissoras do Brasil. Um exemplo é na transmissão de jogos futebolísticos, onde os narradores fazem o duplex, que consiste em transmitir dois jogos de futebol ao mesmo tempo. O caso mais conhecido é quando a dupla Grenal joga no mesmo dia e horário.
Concluindo, podemos afirmar que o modo de operar das rádios gaúchas é diferente, traz consigo um modo só nosso de fazer rádio. De acordo com radialista da Band AM e presidente da Associação de Cronistas Desportivos Gaúchos, João Garcia “o nosso radiojornalismo é de opinião. O de São Paulo também tem opinião, mas tem muito mais informação, enquanto o rádio do Rio é informativo. Mas o tipo de rádio que nós fazemos é realmente único. Se a gente observar, a maioria das nossas entrevistas é ao vivo, e as intervenções dos repórteres são rápidas. Em emissoras do Rio e de São Paulo é diferente: há muita entrevista gravada. Essa é uma característica que distingue o nosso rádio, além do forte viés investigativo”.
Em questão de rádio não somos nem piores, nem melhores, apenas singulares.
Referencial
A rádio no Rio Grande do Sul, disponível em http://www.aminharadio.com/
Rádio MEC, disponível em lhttp://pt.wikipedia.org/wiki/radio_MEC
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