segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ditaduras na América Latina

27 de junho de 1973 - Instalada a ditadura no Uruguai
 por: Lucyanne Mano
A ditadura do Uruguai. Jornal do Brasil: Quinta-feira, 28 de junho de 1973.

O Presidente do Uruguai Juan Maria Bordaberry, com o apoio das Forças Armadas, assumiu poderes absolutos no país, dissolveu o Parlamento, implantou a censura aos meios de comunicação e criou um Conselho de Estado, composto de 10 civis e 10 militares, sob a chefia do Vice-Presidente Jorge Sapelli, com o objetivo de reformar a Constituição.Tropas foram aquarteladas no Palácio Legislativo, cercado por tanques e soldados armados de fuzis automáticos e de metralhadoras.As emissoras de rádio particulares foram ocupadas por militares, e as escolas de nível primário e superior tiveram as férias antecipadas. A Convenção Nacional dos Trabalhadores, em represália, decretou greve geral por tempo indeterminado.Em discurso, Bordaberry culpou o congresso pelo golpe, alegando sua recusa em atender os pedidos de suspensão das imunidades e de julgamento político do senador esquerdista Enrique Erro, acusado de manter ligações com os guerrilheiros tupamaros.O declínio econômico do Uruguai combinado com o clima da Guerra Fria e do impacto da Revolução Cubana levou ao surgimento do grupos de guerrilha urbana mais ativos e violentos entre os que atuaram na America Latina durante as décadas de 60 e 70.



A importãncia dos partidos políticos

O país tornou-se independente em 1828. Em 1837 nasceram os dois grandes partidos políticos uruguaios que marcaram a história do país: Blancos e Colorados. Estes partidos se alternaram pacificamente no poder por muitas décadas, mas acabaram se hostilizando, enquanto em 1971 a esquerda se unificou, e surgiu a Frente Ampla. Toda esta tensão culminou com o golpe de Estado. Bordaberry foi afastado do governo em junho de 1976, e os militares continuaram no poder até 1985, quando foi restaurada a democracia depois de 12 anos de ditadura.

26 de junho de 1968 - Passeata dos Cem mil e uma só voz

por: Lucyanne Mano

26/06/1968: Passeata dos Cem Mil. Evandro Teixeira/AJB


O ano de 1968 foi marcado por sucessivos episódios de protesto popular contra a ditadura militar em vigor no país. Como a grande maioria dos órgãos representativos da sociedade civil encontrava-se sob interdição, o movimento estudantil foi a grande liderança dessa oposição.
Jornal do Brasil: 27 de junho de 1968



E foi uma dessas manifestações, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, a imponente prova que evidenciou o descontentamento crescente com o governo.Liderada por Vladimir Palmeira, a passeata, em que se reivindicava por liberdade aos presos políticos e pelo fim da repressão, recebeu maciça adesão de intelectuais, artistas, padres, mães, cidadãos comuns, reunindo uma multidão que a fez entrar para a História como a Passeata dos Cem Mil. O protesto estudantil não foi somente contra a ditadura, mas também em oposição à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. Questionava-se a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.Alguns momentos mais marcantes da passeata: Vladimir Palmeira lembra de Edson Luis em um de seus três discursos; Padres participam levando faixas de apoio à reivindicações dos estudantes; Estudantes queimam a bandeira americana em frente ao Palácio Tiradentes.

Extraída de: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=27210
Fonte:  Blog Hoje na História

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