Fonte da imagem: www.acordabonita.com |
Assim como na virada da década de 1950 para 1960, o Brasil vivia tempos de crise política e econômica. Passados 50 anos do Golpe Cívil-Militar. Muita gente tem tido a mesma impressão que a minha que vivemos guardadas as devidas proporções, uma conjuntura nacional muito semelhante. O que vemos é um país que está em efervescência causada principalmente por dois motivos: um crescimento artificial da economia e social além de uma deformidade política. Vimos um governo que implementou políticas populescas que não resolveram os problemas reais. O Brasil é um país com uma enorme capacidade econômica, com desperdiço de dinheiro público e um Estado Nacional que descumpre a lei. Um país que não aguenta mais o caos da inflação, da educação, segurança e saúde.
E investimentos de uma copa que nos deixará diversos elefantes brancos, fruto do escárnio da classe política ao povo brasileiro.
Desde o ano passado, as ondas de manifestações que ao contrário do que a mídia do centro do país apregoa, iniciaram aqui no Rio Grande do Sul, particularmente em Porto Alegre, e vem ao meu ver mostrando uma ruptura daquela ideia errônea de que o povo brasileiro é pacifico, brando e que não há reações populares mesmo, que o povo é acomodado por natureza. As manifestações que assolam o país são frutos de um crescimento da vontade da participação popular. Participação que nunca foi de interesse dos poderosos deste país, os mesmos que expulsaram intelectuais como Paulo Freire por exemplo com a implantação da Ditadura na década de 1960.
O que me parece nítido é que há interésses como diria Leonel Brizola em acabar com estas manifestações. Para isso são usadas duas táticas: a infiltração de baderneiros e a supervalorização destes por parte da grande mídia. Quantos são os travestidos em lutadores pela justiça e ordem social que todos os dias estão incutindo a falsa ideia de que só há quebra-quebra, que jovens ligados a movimentos sociais são bandidos, irresponsáveis e tantos outros adjetivos.
O grande problema é que a democracia está em xeque versus uma "instabilidade política e social. A ditadura implantada há meio século atrás, teve como pretexto inicial exatamente este tipo de argumento. A morte do cinegrafista da TV Bandeirantes não pode ser o estopim de uma era de repressão e da extinção da liberdade, claro que lamentamos a morte deste profissional mas também refutamos a criminalização das manifestações populares.
Penso que a investigação de quem financia os infiltrados é salutar, não somente para as próprias manifestações, mas principalmente para a democracia.
E se você não se deu conta. Os mulitares estão quietos. Isso me preocupa, pois sempre as forças armadas neste país desempenharam o papel de salvadores da pátria. Os mesmos que retiraram os nossos direitos com o apoio de uma elite retrógrada. Evidentemente que não estou afirmando que todos os militares apoiaram a desapropriação da democracia. Houveram homens como Teixeira Lott e tantos outros militares que janais compactuaram com a ausência das nossas liberdades.
E se você não se deu conta. Os mulitares estão quietos. Isso me preocupa, pois sempre as forças armadas neste país desempenharam o papel de salvadores da pátria. Os mesmos que retiraram os nossos direitos com o apoio de uma elite retrógrada. Evidentemente que não estou afirmando que todos os militares apoiaram a desapropriação da democracia. Houveram homens como Teixeira Lott e tantos outros militares que janais compactuaram com a ausência das nossas liberdades.
Os trovões dos falsos moralistas não podem prenunciar os ventos da intolerância nem mesmo a enxurrada do autoritarismo e a crescente espoliação do povo brasileiro em nome de uma segurança nacional.
______________
* Professor e historiador.
______________
Nenhum comentário:
Postar um comentário