A aparente solenidade nas votações realizadas durante a da República Velha encobria a rotina de fraudes, atestada por resultados de votações só alcançados muitas décadas depois por ditadores africanos ou por um Saddam Hussein. Em 1902, por exemplo, Rodrigues Alves venceu Quintino Bocaiúva – um dos principais ativistas do movimento republicano – com 93% dos votos. Afonso Pena, em 1906, conquistou 98% dos eleitores. A proeza foi repetida em 1914 por Venceslau Brás (91%), em 1918 novamente por Rodrigues Alves (99%) e em 1926 por Washington Luís (99%).
A busca por eleições limpas, que conseguissem refletir a vontade da população, foi o que norteou – nem sempre com sucesso – as mudanças no processo eleitoral brasileiro. O gráfico abaixo mostra as principais escalas da viagem da cédula entre a infância da República e a maturidade democrática. Além de cientistas políticos, VEJA.com buscou também a opinião de personagens históricos. As principais informações foram fornecidas por Jairo Nicolau, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), autor do livro "História do Voto no Brasil" e criador do blog http://eleicoesemdados.blogspot.com
Para navegar pela página, clique sobre as ilustrações:
Texto extraído do Blog História Pensante.
Fonte: Revista Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário