Imagem: Divulgação 5° SIMP |
O Esquecimento passou a ser objeto das preocupações contemporâneas a partir de algumas reflexões teóricas relacionadas sobretudo com o Holocausto e a memória.
Muitas vezes abordado como patologia moral, foi vinculado aos acontecimentos dos anos 1980 referentes aos desvelamentos dos processos do genocídio judaico, encontrando na legislação internacional sobre a imprescritibilidade de crimes contra a humanidade, a expressão mais clara de um “dever de memória”.
A 5ª edição do Seminário Internacional em Memória e Patrimônio terá como tema central a questão do esquecimento e seu lugar nas sociedades contemporâneas.
Objetiva-se com esse evento,
- Propor uma reflexão sobre o Esquecimento como um fenômeno social e cultural, buscando entender suas diferentes manifestações e lugares nas sociedades contemporâneas.
- Analisar formas de esquecimento sob o ponto de vista do sujeito e de sociedades, refletindo sobre as diferentes formas e estratégias usadas por grupos para neutralizar, encobrir ou mesmo suportar o passado.
- Compreender as situações contemporâneas de saturação memorial (no sentido de um excessivo peso do passado) não como antípodas mas como formas subliminares de esquecimento.
- Conhecer algumas políticas de memória e esquecimento no Brasil contemporâneo com ênfase na discussão atual sobre a recuperação das memórias do período militar, anistia e revisão da lei de anistia.
- Analisar o papel que cumprem os Memoriais e Museus de Memória no Brasil, América Latina e Europa, buscando entender como esses lugares se transformam também em formas de expressões de busca pela justiça e direito ao passado.
- Conhecer, através de casos como os de escavações de lugares da escravidão e de locais de enterramento clandestino de presos políticos dos regimes militares, o lugar do conhecimento e prática da Arqueologia como instrumento de desvelamento do esquecido.
O V SIMP traz o tema do Esquecimento em suas múltiplas abordagens e em sua relação com eventos coletivos dolorosos e traumáticos, processos contemporâneos de superação do esquecimento como forma de justiça e recuperação da verdade e intervenção do conhecimento científico revelando os vestígios materiais desse passado submerso como é o caso da Arqueologia da escravidão e forense.
Texto extraído de: http://simp.ufpel.edu.br/apresentacao/introducao
Maiores informações em http://simp.ufpel.edu.br/home
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